DESAFIOS E POSSIBILIDADE DE IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR
Por: jessi_kmile • 27/4/2021 • Trabalho acadêmico • 1.505 Palavras (7 Páginas) • 121 Visualizações
DESAFIOS E POSSIBILIDADE DE IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR
Com base nesta temática damos inicio a um assunto que gera ainda bastante discussão, a igualdade de gênero, que tem início desde o nascimento do indivíduo mas que ganha maiores questionamentos na fase da adolescência período que a infância propriamente dita termina dando lugar a experiências novas, assim como o de assumir seu papel fundamental na sociedade a partir da vida adulta. Sabe-se que a adolescência tem como determinante a cultura, a sociedade na qual encontra-se inserido, partimos de um determinado contexto o qual já está pré-estabelecido socialmente.
Meninos e meninas tem período de amadurecimento diferentes, necessidades e capacidades físicas bastante distintas e requerem condições e atenção específicas para cada gênero, entretanto, o maior desafio quando falamos em colocar em pé de igualdade os dois gêneros, independente de idade, é a construção histórica e a nossa bagagem social, a cultura na qual vivemos gera expectativas de como os adolescentes devem agir e do seu papel na sociedade. (FREITAS; PINTO; FERRONATO, 2016)
Durante as mudanças atrelada a adolescência como a puberdade, alterações evidentes na estrutura física e a maturidade sexual, chegamos a um dilema em relação ao controle de suas emoções as quais determinaram o progresso de desenvolvimento. Segundo Bee (1997) o grupo de amigos desempenha um papel social importante durante a adolescência, pois auxilia na transição progressiva da vida familiar para a vida independente do adulto. Estes círculos de amizades podem contribuir favoravelmente ou não na construção da identidade do indivíduo através das rodas de conversa que duram horas e abrangem os mais diversos assuntos assim como discussões sobre a igualdade de gênero o que ainda gera muitas dúvidas durante a adolescência, pois ainda nestes grupos de amizade é perceptível como muitos jovens do sexo masculino acreditam serem os dominantes da razão/poder enquanto as do sexo oposto muitas vezes deixam de lado o senso crítico em submissão ao que lhes é imposto, salvo algumas que a partir de sua identidade e ou estrutura familiar distinta, que a partir desta então tem um conhecimento não associado ao que o meio cultural impõe, e se manifeste contraria as imposições, o que é aceitável durante a fase da adolescência quando as percepções de mundo são mais amplas e suas emoções estão mais afloradas.
Em contrapartida a busca pela identidade e autonomia vem relacionada muitas vezes pelas organizações familiares à medida que existem trocas, a grande características dos jovens, hoje, é que são sem autonomia, esperando que os pais e professores digam o que fazer, isto é falta de maturidade emocional de uma estrutura que precisa ser mais consolidada com estímulos familiares a partir da educação e seus princípios básicos e como isto nem sempre vem acontecendo, sobra para a escola muitas vezes designar orientações cabíveis aos jovens. É necessário desenvolver a autonomia destes jovens adolescentes, estimulando-os a criar, gerar conhecimento.
A partir deste pensamento levanta-se a importância do ambiente escolar que faz parte do cotidiano dos jovens e que ocupa grande período de seu dia. A escola não é a única instituição que participa desse processo de aprendizado, mas é uma das mais importantes, sobretudo na adolescência. (RIBEIRO, 2016)
Quando incluímos o assunto igualdade de gênero na escola, o esperado é que hajam mediadores, profissionais de ensino que possam desestabilizar, quebrar padrões existentes e criar condições através de suas visões, discursos e práticas associadas à sexualidade, questionando o senso comum e as construções sociais baseadas nas diferenças biológicas. Sendo muito importante esta iniciativa no ambiente escolar uma vez que por meio dela além de gerar conhecimento, abre espaço para uma geração com nova identidade de pensamento e que contribui na formação de jovens integrantes para a sociedade.
Há diferentes aspectos ligados a igualdade de gênero no ambiente escolar. Em primeiro lugar a reflexão sobre as diferenças entre sexo feminino e masculino pertencentes a sociedade como um todo, além disso para todos os alunos é importante aprender, conviver e se relacionar com quem é diferente – sexo oposto - e não ter preconceito, tratar-se de igual para igual. O segundo aspecto e talvez o de maior importância na discussão é que o gênero da significado às relações de poder, é um campo primário no interior do qual, ou por meio do qual, o poder é articulado. (JAKIMIU, 2011)
O outro aspecto para igualdade de gênero é a compreensão de que cada ser humano é diferente. A tolerância e o respeito ao ser humano na sua diversidade são cada vez menores, e todos sentem-se no direito de opinar sobre assuntos que não conhecem.
O interessante é que o maior exemplo de tolerância começa justamente em casa, na educação dos jovens. Incluir que existe diferenças sexuais físicas, mas que no ponto de vista do aprender são insignificantes e que estes jovens são seres humanos que irão aprender, encontrar o seu caminho e sua aptidão indiferente de ser homem ou mulher. Aprender é uma capacidade do cérebro humano, que é uma ferramenta magnifica, apropriando-se assim da redução de desigualdade de gênero no âmbito escolar.
No entanto quando não existe troca familiar satisfatória neste sentido, a escola a partir da educação formal, assume papel primordial, ao abordar o significado e contexto das relações de gênero que se estabelecem no cotidiano escolar com o objetivo de estimular a produção científica e a reflexão crítica acerca das desigualdades existentes entre mulheres e homens em nosso país e, sobretudo, promover a paridade e a igualdade de gênero. (JAKIMIU, 2011)
Para compreender melhor o que são essas desigualdades de gênero e de onde elas surgem é bom sempre relembrar que a sociedade é parte integrante de todo o contexto histórico criado de que o homem leva vantagem sobre as mulheres, nas mesmas condições. O machismo representado pela sociedade e até mesmo nas mais diversas instituições sociais, nos valores, nas concepções de poder, na divisão dos comportamentos, nas cores e na distribuição dos brinquedos às crianças. É o patriarcalismo estratificado em todos os segmentos de nossa cultura. (NUNES, 2002)
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