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ESCOLA E SUA FUNÇÃO SOCIAL: A IMPORTÂNCIA DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

Por:   •  7/6/2018  •  Artigo  •  5.437 Palavras (22 Páginas)  •  228 Visualizações

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ESCOLA E SUA FUNÇÃO SOCIAL: A IMPORTÂNCIA DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

RESUMO: O tema deste artigo é “Escola e sua Função Social: a importância do Programa Mais Educação”. Dentro desta perspectiva, aborda-se no decorrer as faces da educação, as políticas que garantem a sua função social e a importância do referido programa. Através de pesquisa teórica e entrevistas, obteve-se o papel da escola na sociedade atual, suas metodologias e as mudanças necessárias, assim como uma análise referente ao Mais Educação, programa do governo que divide opiniões desde sua criação. Obteve-se, assim, que se faz-se necessário uma revolução na educação, que permita a emancipação do discente, atuando este como agente de sua formação de acordo com suas ambições e desejos, e não mais ajustado aos preceitos da comunidade social, e também a criação de outras políticas que garantam as instituições de ensino melhores condições de atendimentos aos alunos, pois sabe-se que nem todas as escolas conseguem atender devidamente seus alunos com as políticas já existentes, porque nem sempre são suficientes devido à precariedade da comunidade em que estão inseridas.

PALAVRAS-CHAVE: Escola. Função social. Programa Mais Educação.  

1 INTRODUÇÃO

Para melhorar a educação no país, e garantir que ela exerça sua função social, o governo tem criado fundos, planos e leis. Dentre estes tem-se o Programa Mais Educação, que constitui-se como uma estratégia do Ministério da Educação para transformar a jornada escolar em um tempo maior, ampliando-a para uma Educação Integral.

O Programa aderido por inúmeras escolas causa divergências de opiniões entre professores e familiares, assim como ao próprio governo que já chegou a excluí-lo de suas prioridades e agora volta a implantá-lo nas redes de ensino. Logo, considerando a diversidade de opiniões referente ao programa e de sua volta ao ensino, é válido conhecer a real importância deste, visto que cabe a cada instituição de ensino decidir por sua implementação.

Em decorrência, este artigo tem como objetivo refletir sobre a importância do Programa Mais Educação, estando dispostos nos seguintes tópicos: As faces da educação; Políticas que garantem a função social da educação, O Programa Mais Educação, Metodologia; Resultados, Considerações finais; e Referências. .

2 AS FACES DA EDUCAÇÃO

A educação atual no Brasil é uma educação de necessidades, que visa suprir as carências da demanda da sociedade, preparando os discentes para atuar no meio social em que vivem, não lhe permitindo, nem mesmo viabilizando alternativas para sua escolha. Não se passa por uma educação libertadora, como se é ressaltado nas escolas, mas sim por uma educação tecnicista, que promove a formação dos educandos conforme a realidade em que este se encontra, e para que permaneça nela, ou que se direcione para a área da sociedade que clame por mão de obra. É essa a função social da escola, a de suprir carências da sociedade de modo que contribua com seu desenvolvimento.

        A partir da década de 30, a educação no Brasil, passou a ter como base a concepção de Anísio Teixeira, que trazia a educação voltada ao aluno, e o professor como mediador do conhecimento, invertendo o panorama que existia na educação tradicional, em que a centralização se dava na figura do docente e não do discente (TEIXEIRA, 1956). Entretanto, essa nova visão acabou resultando em uma inversão de valores não tão benévola a educação como se previa, perdendo-se o papel do educador na construção do conhecimento e do educando no caminho do aprendizado, carecendo de uma nova concepção educacional.

        Paulo Freire (2003) trouxe, então, a visão de educação dialógica, em que haveria diálogo entre educador e educando, estando os dois centralizados, com troca mútua de informações, viabilizando a elaboração do saber, a qual passou a ser contestada atualmente por Dermeval Saviani (2000), que afirma não ser possível utilizar-se desta na sociedade em que nos encontramos, considerando que a escola é um ambiente do governo, com fins educacionais e controladores dos cidadãos dessa sociedade, não permitindo espaço para o aluno ser agente de sua educação.

        Passa-se uma imagem de educação libertadora, emancipatória, ao passo que permite ao aprendiz fazer escolhas, e construir seus conhecimentos. Contudo, é a educação tradicional, que ainda vigora no ambiente educacional. E tomando como base as concepções de Ivo Tonet, não chega nem a ser uma educação voltada para a cidadania, tendo em vista que a formação não tem se dado para um cidadão crítico e autônomo que atuará no meio social de modo crucial, mas apenas como individuo capaz de atuar em uma área, suprindo deficiências do meio coletivo, não propondo a educação como libertadora, emancipatória ou cidadã, mas como mera reprodutivista.

Conforme Bujes (2011), é impossível esta narrativa imposta pela modernidade. O desafio da educação escolar passa, então, a ser o de permitir ao aluno fazer escolhas, e construir seus conhecimentos não pautados na necessidade da sociedade, mas em sua vontade. É dar ao discente o poder de escolher qual caminho seguir sem ser influenciado pelo meio social e a demanda de mão de obra como ocorre atualmente, transformando o aluno passivo de educação em ativo, oportunizando a formação autônoma deste.

Costa (2011), com base nos trabalhos de Foucault, relata que há uma relação de poder, sendo os grupos que se encontram em posição superior de poder os que definem o que deve ser ensinado, mas que os questionamentos devem ir além do binarismo dominadores e dominados, refletindo sobre a capacidade deste de produzir subjetividades e identidades.

Gadotti (2000) ressalta que:

Educar para um outro mundo possível é fazer educação, tanto formal, quanto não-formal, um espaço de formação crítica e não apenas de formação de mão-de-obra para o mercado; é inventar novos espaços de formação alternativos ao sistema formal de educação e negar a sua forma hierarquizada duma estrutura de mando e subordinação; é educar para articular as diferentes rebeldias que negam hoje as relações sociais capitalistas; é educar para mudar radicalmente nossa maneira de produzir e de reproduzir nossa existência no planeta.

Pode-se dizer         que a educação passou por diferentes concepções, transformando-se a cada novo pensamento que surgia. Todavia, continua a trazer a visão tradicional como base do processo de ensino-aprendizado. Inclusive, com o desenvolvimento e o crescimento da tecnologia, a sociedade passou a ter maior contato com diversos recursos tecnológicos para diferentes finalidades e migrar para outros ambientes de aprendizado.

A educação escolar, por vezes, tentou impedir que houvesse esta inserção cultural do uso da tecnologia, que vem ocupando grande parte do tempo da maioria da população. Entretanto, de nada adianta, visto que, a tecnologia se insere cada vez mais não só no cotidiano, mas, também, no momento de aprendizado seja ele escolar ou não, obrigando a educação escolar a passar por reformulações para continuar a atender as necessidades da sociedade.

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