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Estudo Dirigido Sobre Trabalho e Educação

Por:   •  26/9/2018  •  Resenha  •  1.341 Palavras (6 Páginas)  •  324 Visualizações

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Estudo dirigido

Primeira questão

 O autor Marcos Peres, faz menção de três (3) modelos de produção industrial que visavam, por exemplo, o controle de gastos, a elevação da produtividade, em direção a um considerável retorno financeiro para as indústrias. A saber: o modelo Taylorista, Fordista e Toyotista.

 O primeiro modelo centrava-se no parcelamento de tarefas, na divisão do trabalho, em uma perspectiva de suprimir gestos desnecessários dos funcionários, na intenção de aumentar a produtividade. Logo, os trabalhadores executavam suas funções de maneira estritamente repetitiva, sem desperdício de tempo, e suas capacidades intelectuais jamais eram consideradas, antes apenas o aspecto de resistência física.

O Fordismo, representado por Henry Ford, não só aplicou as concepções do Taylorismo, mas reforçou a ideia de produção em massa, que tencionava a redução de custos e o preço das vendas dos veículos, assim como possibilitou o achatamento dos salários a partir do grande número de oferta de empregos. O trabalho em massa possibilitava péssimas condições de trabalho e de remuneração, o trabalho era repetitivo e intenso. Outra característica presente no Fordismo era a linha de montagem. A linha de montagem ditava o ritmo de trabalho dos operários, em que estes ficavam dispostos um ao lado do outro e em frente à uma esteira na qual passavam os automóveis, “obrigando” os trabalhadores a realizarem tarefas individuais e sucessivas.

Tanto o taylorismo quanto o Fordismo possibilitaram que as indústrias adeptas as suas concepções, dominassem o mercado. Entretanto, para conquistar o mercado era necessário atuar com custos de produção cada vez mais baixos, isto é, não se destinavam recursos para melhoria das condições de trabalho dos operários, gerando desta maneira uma crise estrutural.

Tal crise, atrelada às lutas por melhores condições de trabalho (que emergiu na época) evidenciou a necessidade de se repensar tais modelos e pensar em estratégias para incluir a participação da classe operária na organização do trabalho produtivo, fazendo emergir o modelo Toyotista.

O toyotismo, teve como grande característica a possibilidade do operário participar das decisões organizacionais do processo produtivo, considerando o trabalhador polivalente e multifuncional, capaz de trabalhar com diversas máquinas simultaneamente e em diversas operações, agregando a flexibilidade profissional, a cooperação entre funcionários e o aumento da produtividade e eficiência em prol do capitalismo. Também fazem parte das características do toyotismo a eliminação de desperdícios, a qualidade total e a eliminação da produção em massa (produção flexível passa a ser considerada).

 É preciso elucidar que em todos os modelos, ainda que forma explícita ou implícita, havia a ânsia pela rentabilidade. Nos dias atuais não é diferente, apesar das leis trabalhistas e dos vastos estudos que corroboram a importância da valorização dos profissionais que atuam nas organizações, ainda podemos encontrar resquícios dos três (3) modelos elucidados pelo autor. O desejo por lucratividade é objetivo evidente do sistema capitalista e, consequentemente, continua sendo o centro de muitas organizações que mesmo ao conceder recompensas, mecanismos de motivação e condições de trabalho mais satisfatórias, parecem inibir sutilmente suas verdadeiras intencionalidades de dominação e elevado alcance financeiro.

Questão 2

Podemos considerar que as organizações de hoje apresentam posturas de administração e gestão de pessoas bem peculiares. Não há um padrão a ser seguido por todas ou modelos bem definidos ou nomeados, como os apresentados no texto de Peres. No entanto, de certo as organizações de hoje esperam muito mais de seus funcionários, assim como os funcionários esperam mais das organizações. Ou seja, um funcionário meramente tecnicista, que não pensa, não se atualiza, não resolve problemas etc, geralmente fica atrás no mercado e não alcança os melhores cargos. Assim como as instituições que não valorizam o profissional, não os concede perspectiva de crescimento, ou exploram suas forças de trabalho, também não satisfazem os anseios de muitos trabalhadores, os deixando insatisfeitos e com o desempenho comprometido.

Dessa forma, os modelos taylorista, fordista e toyotista trouxeram contribuições significativas para nos fazer repensar os processos de trabalho atuais. Pois, acreditamos que um modelo, uma nova concepção sempre surge em detrimento da análise de outro (a), de suas carências, dos pontos fracos, do que poderia ser melhorado em função dos objetivos que se almeja. Tanto é que até hoje, em diversos cursos universitários, nos deparamos com disciplinas que exploram, mencionam os modelos taylorista, fordista e toyotista, nos fazendo refletir se os mesmos ainda se aplicam ao contexto moderno, se seriam eficientes, ou ainda se há resquícios dos mesmos nos espaços de trabalho que vivenciamos. Além disso, trazendo à tona experiências particulares, já vivenciamos experiências de estágios limitadoras, nas quais não podíamos pensar junto, fazer parte do processo de construção do trabalho, estando fadadas apenas a obedecer ao regime de gestão autocrático adotado pelo instituição/gestor. Assim como, já vivenciamos experiências nas quais podíamos opinar, éramos instigadas a isso e a agregar valor ao trabalho. Dessa forma, conseguimos perceber muitas características do taylorismo/fordismo na educação formal, seja no ambiente escolar, seja num ambiente universitário, a repetição, a produção em massa de sujeitos não pensantes é uma realidade ainda muito frequente. Embora, também seja possível visualizar características do toyotismo no contexto escolar, como a exigência cada vez maior de qualificação profissional e a gestão democrática, que compartilha as responsabilidades e decisões com todos os sujeitos que constituem o espaço, tirando esse “poder” das mãos do(a) “diretor(a)” e atribuindo valor aos sujeitos que outrora eram meros executores.

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