O Estudo Do Meio Segundo A BNCC

                                        ESTUDO DO MEIO SEGUNDO A BNCC

Ficar na sala de aula falando e ensinando sobre o mundo pode não ser o meio mais atraente e eficaz de construir esses saberes. Que tal os estudantes aprenderem sobre o mundo no contato com o mesmo? Se vocês estão estudando a poluição dos rios, por exemplo, que tal visitar as margens de um rio poluído? Essa é a ideia do estudo do meio (também conhecido como saída de campo e viagem pedagógica): conhecer as coisas no contato com elas mesmas.  Um estudo do meio exige um objetivo e um planejamento pedagógico. Ele precisa estar conectado a temáticas e a um plano de estudos que faça sentido para os estudantes. O objetivo de uma saída de estudo do meio precisa ser a aprendizagem do aluno. Segundo, Piza (1992), o estudo do meio é uma das possibilidades de ações pedagógicas que a escola pode fazer uso visando a “atingir os objetivos que o mundo contemporâneo exige de cada um de nós” (PIZA, 1992).  

Etapas a serem atingidas:

1. Introdução do tema/assunto, com a preparação em classe pelos professores das diversas matérias, dentro de um plano integrado de ensino
2.  É a saída de campo em si. Nesta fase o aluno vai aos locais vivenciar, observar e conhecer o meio, em contato com documentos, prédios, pessoas, materiais, animais, entrevistas, análises, etc. É o momento da prática procedimental que se formata numa excursão, visita técnica ou viagem;
3.  Elaboração dos conhecimentos. De volta à escola, o estudante explora os resultados por meio da apresentação de suas conclusões e isso pode ocorrer em forma de seminários, dramatizações, portfólios, relatórios, áudio visuais. É também o momento da avaliação do aprendizado. Portanto o Estudo do meio, mesmo que tenha como momento marcante e central a “saída de estudos”, não têm nessa o seu princípio ou fim, mas um meio para atingir objetivos de aprendizagem, visando a compreensão de temáticas já pré-elaboradas e que serão novamente retomadas em sala de aula após a experiência da visitação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

 O estudo do meio é uma metodologia ativa que tem um potencial infinito para o trabalho pedagógico, pois todos os lugares/ambientes podem tornar-se espaço pedagógicos. Além disso, possibilita uma apropriação de conhecimento muito mais eficiente, por tratar-se de uma experiência/vivência tangível, não apenas da ordem da imaginação, mas do concreto, possibilitando até mesmo a inclusão de pessoas com grandes déficits cognitivos. Porém o professor precisa compreender que o estudo do meio não é apenas o momento da “saída”, mas é o todo de um projeto/planejamento, que perpassa a introdução, preparação, viagem pedagógica e/ ou conclusões. Esse método pode e deve ser empregado em todos os níveis da educação, desde a educação infantil até o ensino superior

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da Educação, 2017.

PIZA, D. de T. Estudo do meio como processo pedagógico. Revista Turismo em Análise. São Paulo: ECA-USP, v.3, N1, pág.72, Maio/92

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