Resenha Sobre avaliação na educação infantil

Resenha sobre Avaliação na Educação Infantil

Em primeiro lugar é preciso considerar que o processo de aprendizagem não se dá por igual em nenhuma fase humana, devido às variantes em cada pessoa, em cada lugar e dependendo do profissional e o modo que ele ensina. Não se pode comparar Pedrinho, que já teve acesso a um tablet e por curiosidade aprendeu a manuseá-lo, com Joaquim, que por sua vez jamais viu esse objeto. Embora pareça uma questão “boba” a comparação é válida para ilustrar o que disse há pouco. E em se tratando de crianças, nem tudo é aplicável a todos. Desta forma, creio que o olhar do pedagogo e as troca de

informações com os demais profissionais envolvidos com a atividade pedagógica, fazem toda a diferença.

Concordo com a Zilma Ramos de Oliveira, citada no texto de apoio, quando ela diz que "a observação e o registro permitem a avaliação contínua e processual. Por meio deles, docentes e coordenadores pedagógicos acompanham o que está sendo construído no dia a dia das turmas". É preciso ainda entender que a avaliação não pode ser encarada como instrumento de reprovação ou aprovação do aluno, mas sim como um componente da prática pedagógica que melhor se adequa àquela realidade escolar. Para ser útil, precisa ser contínuo.

Destaquei bastante a avaliação por comparação, porque ela é muito frequente na educação infantil, induzindo muitas vezes ao erro, comparando o resultado de duas crianças, quando uma delas não atingiu o que esperávamos. Admitir que cada criança age e reage de um modo particular é só o ponto de partida para a avaliação por observação. “É preciso fazer a comparação dos resultados que esta mesma criança vem tendo ao longo de ‘X” meses/semanas/dias para tentar chegar a algum tipo de conclusão”.

Não somente o que Joaquim aprendeu, mas o que deixou de praticar ou expressar são sinais que interferem nos resultados que pretendo chegar. A relação agressiva de Pedrinho para com a coleguinha também diz muito sobre ele. Igualar toda a criançada com uma atividade que vai dizer quem foi bem e quem foi mal, pode prejudicar (e retrair) o aluno que é tímido e tem mais intimidade com a escrita. E o professor corre o risco de não perceber os talentos que poderiam ter sido potencializados como, por exemplo, a fala, a escrita e o raciocínio-lógico.