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A Alienação Parental

Por:   •  9/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.329 Palavras (10 Páginas)  •  370 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A alienação parental não é muito conhecida entre as pessoas, no entanto é muito mais frequente do que se imagina, isso ocorre devido à ruptura do laço matrimonial. Com essa situação um dos pais aproveita para colocar a criança contra o ex-parceiro, contando lhes inverdades para tentar denegrir a imagem do outro.

Ao longo da história nota se que o contexto familiar tem se revelado com algumas modificações, no passado era notório uma supremacia masculina como chefes da família, o poder patriarcal se estendia por todo o contexto da família, desde administração dos bens até sobre a forma de agir com esposa e filhos, tudo que os mesmos faziam teria ser permitido pelo homem da casa, até as decisões de cunho pessoal (casamento), (Neder & Cerqueira Filho, 2007, p. 128).

No Brasil eram pautados dois modelos de família na qual a primeira era representada obrigatoriamente por mãe, pai e filhos, e a sua base era o matrimonio. A segunda era a família burguesa sempre muito rígida e cheia de valores moralistas, a qual era embasada pelos conhecimentos científicos (Neder & Cerqueira Filho, 2007, p. 29).

Não esquecendo também que a igreja teve uma parcela de contribuição no contexto familiar, em busca da não de dissolução desse núcleo a mulher foi intitulada como a dona de casa responsável pelos afazeres do lar e cuidar dos filhos, além de ser totalmente submissa ao esposo, que por sua vez tinha todo o domínio da família. Quanto ao divórcio, as mulheres separadas eram discriminadas socialmente.

Tanto para o homem quanto para a mulher o processo de separação não era visto com bons olhos, mas as mulheres sofriam muito mais do que os homens, elas se tornavam invisíveis pra sociedade não poderiam ser vistas próximas a mulheres casadas, pois era considerada uma má influencia essas mulheres dificilmente tinham uma nova oportunidade para reconstituir suas vidas conjugais (Priore, 2005, p. 269).

Com o passar dos anos o advento do capitalismo trouxe novas ideias, propostas de ver o grupo familiar, surgiram outras perspectivas como a pílula anticoncepcional que deu mais liberdade sexual para que a mulher pudesse se relacionar com quem ela quisesse. A mídia (cinema) e outras novas formas de interação também contribuíram para que houvesse uma nova maneira de se relacionar. Nesse momento o diálogo passa a fazer parte dos relacionamentos, a mulher já trabalha fora, assim dividindo com o seu companheiro as responsabilidades financeiras e também a educação dos filhos que anteriormente era responsabilidade apenas dela, com todos esses eventos as famílias vão se reduzindo, pois os casais escolhem ter menos filhos, isso é possível devido ao uso dos até então desconhecidos modos contraceptivos (Priore, 2005, p.311).

Com todas essas mudanças os moldes familiares também sofreram alterações, os homossexuais passaram a ter voz e lutar pelos os seus direitos, e as mulheres não são mais subjugadas financeiramente aos seus cônjuges, tendo assim a liberdade de tomar decisões inclusive no que diz respeito ao processo de divórcio, isso implica que cada vez mais tanto homens quanto mulheres se separam de formas despreocupadas não gerando nenhum tipo de culpa.

Para Bauman a sociedade tem estado cada vez mais frágil, e descompromissada com os seus relacionamentos, causando assim instabilidade em suas relações que são cada vez mais objetais, quanto ao sexo representa apenas números de momentos prazerosos e não um elo de compromisso. (Bauman, 1998).

Perante o quadro de aparato social que a mulher alcançou a falta de compromisso nos relacionamentos e a não obrigação com o sentimento do outro faz com que surjam divergências nas relações ao ponto que um dos parceiros não aceite a separação. Com isso quem acaba sendo atingindo são os filhos que por muitas vezes tem o seu direito infantil violado, direito esse de viver em um ambiente harmonioso para que possa se desenvolver.

 Se tanto no começo quanto no final das relações há crianças envolvidas  é necessário que os pais desenvolvam um senso de responsabilidade para oferecer a seus filhos condições físicas, sociais e psicológicas para seu desenvolvimento. Mas o que se vê é uma realidade completamente diferente os filhos são usados para prejudicar o ex - companheiro e quando tais atos não são mais toleráveis à parte prejudicada busca por ajuda na intenção de amenizar a situação presente, com isso tenta se apaziguar os comportamentos das partes na intenção de proporcionar melhores condições de vivência para criança com ambas às partes.

CONTEÚDO

A Síndrome de Alienação Parental e Implantação de falsas Memórias surgem da chamada separação litigiosa que consiste em um desacordo por uma das partes do casal em conceder a separação.

Nesse processo as partes envolvidas são denominadas Alienador que é o cônjuge que promove a campanha de desmoralização do outro denominado Alienado e Vitima que é a criança motivo da disputa.  

A Síndrome da Alienação Parental tem despertado maior atenção, devido a sua prática recorrente. Isso ocorre, pois sua origem esta ligada a intensificação das estruturas de convivência familiar, consequência de uma maior aproximação dos pais com os filhos.

Nos antigos moldes era natural que nos casos de separação do casal, a guarda dos filhos era dada a mãe. Com às novas configurações das estruturas de convivência familiar, nos deparamos com uma postura por parte dos pais por ocasião da separação, de requerer seus direitos de conviver mais próximos aos filhos, não contentando se apenas com encontros semanais pré-determinados em geral em finais de semana alternados, o que não contribuía para um estreitamento e manutenção dos vínculos afetivos entre pais e filhos.

A ruptura do vinculo conjugal costuma gerar no alienador um sentimento de abandono e rejeição, traduzindo se em sentimento de vingança, principalmente se a separação é motivada por traição.  

O alienador passa então a criar situações que desabonem a conduta do alienado perante a vitima, criando situações que levam a um descrédito e consequentemente a vitima passa a odiar e rejeitar o alienado.

O processo da Síndrome de Alienação Parental consiste em uma verdadeira Programação de uma criança para que esta odeie o genitor sem qualquer justificativa.

Identificação do quadro seus efeitos e consequências.

A principio a informação é o fator primordial para a identificação do quadro, em seguida ter em mente que isso é um problema psicológico e que, portanto exigirá atenção especializada para cada uma das partes envolvidas e intervenção imediata.

A vitima costuma assumir uma postura de submissão em relação ao que o alienador determina, por temer que caso desobedeça poderá sofrer ameaças e castigos. Passa a existir uma situação de dependência e submissão por parte da vitima para com o alienador, como prova de lealdade e receio de ser abandonada pelo amor dos pais.

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