A DISCIPLINA DE NEUROFISIOLOGIA
Por: Lepecosta • 15/8/2019 • Trabalho acadêmico • 2.042 Palavras (9 Páginas) • 170 Visualizações
[pic 1] | FACULDADE IPORÃ PARANÁ - FIP CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DISCIPLINA DE NEUROFISIOLOGIA |
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LEANDRO PEREIRA DA COSTA
MARIA LUCIA PIZANI RIBEIRO
DEPRESSÃO
IPORÃ – PARANÁ
2019
LEANDRO PEREIRA DA COSTA
MARIA LUCIA PIZANI RIBEIRO
DEPRESSÃO
Trabalho apresentado à disciplina de Neurofisiologia do Curso de Graduação em Psicologia da Faculdade Iporã Paraná, como parte dos requisitos para obtenção do de nota na Atividade Prática Supervisionada.
Professora: Camila Cristiane Formaggi Sales.
IPORÃ – PARANÁ
2019
DEPRESSÃO
A depressão é um transtorno grave que pode comprometer o funcionamento de famílias inteiras, carreiras profissionais, além de ter um enorme potencial para destruir toda a vida social de uma pessoa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o ano de 2020, a depressão será o maior motivo de afastamento do trabalho no mundo. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas são afetadas por esse transtorno. Pior ainda, os números estão em ascensão, entre 2005 e 2015 o número de pessoas que vivem com depressão aumentou 18%. No Brasil aproximadamente 5,8% da população sofre de depressão. Somos o país da América Latina com maior incidência dessa doença. Sabe-se ainda que as mulheres são mais atingidas que os homens devido a fatores sociais e hormonais, mas ela pode aparecer em pessoas de qualquer idade, raça, sexo ou classe social e, que em casos severos, a depressão pode levar ao suicídio. Bem mais que uma tristeza cotidiana, a depressão tem causas orgânicas e biológicas, entre essas causas, destacam-se desequilíbrios hormonais e alterações neuroquímicas no cérebro.
Fisiopatologia da doença
Os primeiros estudos biológicos sobre a doença sugeriam que a causa da depressão poderia ser a deficiência de catecolaminas (noradrenalina, dopamina), logo em seguida, outros estudos apontavam para a hipótese de deficiência de indo lâminas (serotonina). Esta hipótese postulava, em síntese, que a depressão seria o resultado de um déficit central de noradrenalina, e que a mania poderia dever-se a um excesso cerebral desse neurotransmissor. Ainda se crê que o desenvolvimento da depressão se relacione com a inadequação do funcionamento bioquímico dos neurotransmissores, principalmente da serotonina, noradrenalina e dopamina, mas atualmente essas hipóteses são bastante contestadas porque percebeu-se que tratamentos à base de antidepressivos, mesmo aumentando as concentrações sinápticas de serotonina e noradrenalina quase que imediatamente, não eram totalmente eficazes. Nas figuras abaixo são apresentadas duas sinapses que demonstram os níveis de neurotransmissores e neuroreceptores em organismos diferentes, um em situação normal e o outro afetado pela doença.
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Atualmente aceita-se cada vez mais a ideia de que a depressão não pode ser atribuída unicamente ao hipofuncionamento dos neurotransmissores ou a diminuição de seus níveis no cérebro, mas que se trata de uma fisiopatologia multifatorial que pode sofrer influência de fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais.
Estresse, bullying, ansiedade, muita timidez e problemas de autoestima prejudicam a Barreira Hematoencefálica (BHE), que protege o Sistema Nervoso Central (SNC), podendo desencadear depressão.
Fatores de Risco
Existem alguns fatores de risco que podem auxiliar no desenvolvimento da depressão.
- Histórico familiar
- Transtornos psiquiátricos correlatos
- Estresse crônico
- Ansiedade crônica
- Disfunções hormonais
- Excesso de peso
- Sedentarismo e dieta desregrada
- Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas)
- Uso excessivo de internet e redes sociais
- Traumas físicos ou psicológicos
- Pancadas na cabeça
- Problemas cardíacos
- Separação conjugal
- Enxaqueca crônica
Sintomas
Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas. De maneira geral a depressão é entendida como um processo que se caracteriza pela:
- Lentificação dos processos químicos,
- Diminuição da energia,
- Distúrbios do sono, incluindo insônia ou dormir demais,
- Perda de apetite e peso ou aumento de apetite com ganho de peso,
- Redução na capacidade de concentração,
- Humor depressivo ou irritável ou sensação crônica de vazio,
- Apatia ou agitação psicomotora,
- Queixas físicas vagas e inexplicáveis como dor nas costas ou dores de cabeça, azia, constipação, diarreia, pressão no peito...,
- Incapacidade parcial ou total de sentir alegria ou prazer,
- Alteração do juízo de realidade e um profundo desinteresse pelo futuro,
- Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio; ideação, planejamento com ou sem tentativa de suicídio.
Tipos de Depressão
A depressão pode ser classificada de acordo com a sua causa e duração, assim como os sintomas que o paciente apresenta. Os oito tipos de depressão mais comuns são:
- Episódio depressivo
Um episódio depressivo costuma ser classificado como um período de tempo em que a pessoa apresenta uma alteração em seu comportamento, como: humor deprimido, falta de energia, falta de iniciativa e vontade, falta de prazer, alteração do sono e do apetite, lentificação do pensamento e motora. Estes quadros tendem a ter uma duração mais curta, de até seis meses, sem uma intensificação dos sintomas.
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