A Reforma psiquiátrica no Brasil e seus avanços
Por: robertopsi • 18/4/2018 • Trabalho acadêmico • 4.454 Palavras (18 Páginas) • 237 Visualizações
REFORMANDO PARA LIBERTAR – A reforma psiquiátrica no Brasil e seus avanços
APRESENTAÇÃO
Os horrores narrados por Michel Fucoault, em seu livro a “ A Historia da Loucura (1961)”, nos dá uma visão de como a pessoa em sofrimento psíquico era tratada, na idade média e em tempos mais recentes. Essa pratica e esse modelo de tratamento aos pacientes foram mostrando – se com o tempo, que além de não trazer resultados, tornaram –se modelos de segregação e destruição dos valores morais e humanos. Sendo dessa forma uma pratica equivocada de tratar ou de lidar com as pessoas em sofrimento psíquico. O presente trabalho tem como objetivo mostrar a importância da Reforma Psiquiátrica no Brasil, bem como os avanços que a mesma proporcionou nos cuidados da pessoa em sofrimento psíquico. A reforma Psiquiátrica é um tema contemporâneo muito discutido em nossos dias em fóruns, seminários e encontros de profissionais e atores sociais que estão engajados nessa luta, pela desconstrução do modelo ospitaolcentrico e que é uma pratica desde 1934, embasando – se juridicamente na lei criada no mesmo ano, com o pretexto de manter a ordem e a moral, determinado assim a internação em asilos e hospitais, de pessoas considera “loucas”. A desinstitucionalização que é um dos pilares da reforma psiquiátrica, é segundo os idealizadores da luta anti manicomial um modelo mais humanizado de lidar com os pacientes .
JUSTIFICATIVA
A Reforma Psiquiátrica, tem o seu lugar na história do Brasil, pelas mudanças que a mesma trouxe no tratamento da pessoa em sofrimento psíquico, e um novo olhar para essa problemática, e fenômeno social. O objetivo desse trabalho é conhecer os avanços e benefícios trazidos pela reforma. E esse trabalho se justifica pela necessidade se saber quais foram essas conquistas e a importância das mesmas.
PROBLEMA
Se a Reforma é tão necessária porque encontra resistência ?
OBJETIVO GERAL
Mostrar a necessidade e os benefícios da reforma psiquiátrica, bem como seus avanços.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
O que é a reforma psiquiátrica?
Qual a importância dessa reforma ?
Como a Reforma Psiquiátrica mudou o cenário da doença mental no Brasil?
METODOLOGIA
A revisão bibliográfica é uma analise ampla de meticulosa e critica das publicações em áreas de conhecimento especificas do conhecimento (TRENTINI e PAIM, 1999).
Segundo (MARTINS, 2001) baseando – se em periódicos, revistas bem como teorias publicadas em livros , a pesquisa bibliográfica tem como objetivo, discutir um tema a partir dessas referencias.
A revisão bibliográfica traz como objetivo, apresentar e colocar o pesquisador em contato com todas as publicações escritas e filmadas sobre o assunto a ser pesquisado.
Este tipo de pesquisa tem como finalidade colocar o pesquisador em contato direto (MARCONI e LAKATOS, 2007).
Segundo os autores citados acima, por se tratar de uma pesquisa bibliográfica, não se trata de uma repetição dos escritos pesquisados, e sim proporcionar um novo olhar para o tema e chegar a conclusões que podem trazer uma nova compreensão do assunto abordado. Para Demo (2000) que pesquisar induz ao aluno a ter um contato com a teorias e o mesmo poderá tirar suas conclusões.
Para esse estudo foi adotado a revisão bibliográfica e dentre elas a narrativa, que da a possibilidade de acessar trabalhos de outros autores que já se debruçaram sobre o assunto, de acordo com Silva et al. (2002) esse método ou a revisão narrativa traz o trabalho de diversos autores o que não permite a imparcialidade, partindo do principio da compreensão de como os outros autores elaboraram os seus trabalhos.
Esse trabalho foi adotou a revisão narrativa, que incluiu apenas autores nacionais, que atendiam as expectativas do tema que foi proposto: A reforma Psiquiatrica no Brasil e seus avanços, e através da pesquisa relacionar pesquisas que já foram concluídas e assim fazer conclusões a partir do tema do estudo.
Segundo Gil (2004) A revisão literária é uma ação sobre material já produzido.
COLETA DE DADOS
A base de dados : LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências Sociais e da Saúde), Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine), base de dados do Ministério da Saúde, BVSMS serviram como instrumento para coleta de dados, a partir dos seguintes descritores: Reforma Psiquiátrica, loucura, saúde mental, Sofrimento psíquico, Saúde Publica.
POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população do estudo foi composta por literatura relacionada ao tema de estudo, indexada nos bancos de dados LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências Sociais e da Saúde), Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine), BVSMS.
A amostra, os artigos foram selecionados a partir da variável de interesse, totalizando 14 artigos.
Foram eleitos como critérios de inclusão: artigos originais publicados no período 2010 à 2017 originados de pesquisas qualitativas ou quantitativas; nos idiomas português, que respondiam a questão norteadora do estudo.
Descritores: saúde mental, Sofrimento psíquico, Saúde Publica.
Reforma Psiquiátrica um breve histórico
A psiquiatria e a reforma hoje aparecem como se fossem ou tenham se tornado parceiras recentemente, porem segundo Tenório(199) elas nasceram juntas, na época da revolução francesa, os revolucionários franceses delegaram a Pinel, a tarefa de humanizar o tratamento dado aos “loucos” e ele relata o seguinte: “Reza a lenda que, em 1793, Couthon (uma das três maiores autoridades da revolução francesa, ao lado de Robespierre e Saint-Just) teria inspecionado pessoalmente o hospital de Bicêtre, recém-assumido por Pinel. Após os primeiros contatos com os loucos, Couthon teria dado por encerrada a inspeção, dizendo ao responsável: Ah!, cidadão, você também é louco de querer desacorrentar tais animais? “...Faça o que quiser. Eu os abandono a você. Mas temo que você seja vítima de sua própria presunção.” Ao que Pinel teria respondido: Tenho a convicção de que estes alienados só são tão intratáveis porque os privamos de ar e liberdade, e eu ouso esperar muito de meios completamente diferentes.”(Tenório(1999 p. 26)
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