TRATAMENTO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL PARA TRANSTORNOS DO CONTROLE DE IMPULSOS DA CLEPTOMANIA

TRATAMENTO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL PARA TRANSTORNOS DO CONTROLE DE IMPULSOS DA CLEPTOMANIA

Claldenice Campos ^[1]

Vera Venâncio Teixeira ^[2]

Debora Fernandes^[3] 

RESUMO: O presente trabalho trata-se de uma pesquisa sobre os transtornos de controle de impulsos da cleptomania e o enfoque da teoria cognitivo comportamental sobre a mesma, adentrando nos aspectos da doença ressaltando as características funcionais desse transtorno embasando a funcionalidade da TCC em seu tratamento e suas técnicas focadas nas questões dos impulsos cleptomaníacos.

PALAVRAS-CHAVE: Cleptomania, Transtorno, Impulso

Introdução

A cleptomania e conhecida como um transtorno compulsivo que tem como características pequenos furtos de objetos desnecessários para uso pessoal ou de baixo valor monetário significativo, pessoas que sofrem com a compulsão tendem a um extremo desejo que o impulsiona a cometer o ato. A doença ocasiona profundo sofrimento pessoal elaborando problemas pessoais e sociais.

A teoria cognitiva comportamental é recente nesse tipo de situação, ela como uma nova vertente ainda se baseia em eficazes estudos para o auxílio do mesmo, porem as tentativas com as ferramentas da abordagem são possivelmente proveitosas para o tratamento do transtorno.

A TCC enfatiza trabalhos focando em uma resolução a um prazo menor, possivelmente pessoas que sofrem com a patologia tendem a uma resolução breve do conflito e dentro desse contexto a procura de terapeutas cognitivos vem sendo cada vez maior.

METODOLOGIA

O pressuposto estudo é embasado sobre as caraterísticas do transtorno cleptomaníaco, com embasamento puramente comprovado em artigos livros e sites extremamente confiáveis com comprovação científica, adentrando nos campos da teoria cognitivo comportamental (TCC) como uma vertente breve de resolução do transtorno em pauta.

DESENVOLVIMENTO

Cleptomania: sintomas e diagnostico

A cleptomania e conhecida como um transtorno do controle de impulsos, visando furtos de pequenos objetos para coleções pessoais ou até por uma súbita vontade compulsiva. O DSM-IV-TR classificam os comportamentos do comprar compulsivo em um transtorno do controle do impulso. Henri Ey (1969, p. 362) denomina a palavra “cleptomania” como um roubo impulsivo.

O DSM-IV-TR estabelece os seguintes critérios diagnósticos para a cleptomania: 1) incapacidade recorrente para resistir aos impulsos de furtar objetos desnecessários ao uso pessoal ou por seu valor monetário; 2) sensação crescente de tensão antes de cometer o furto; 3) prazer ou alívio na hora de cometer o furto; 4) o furto não é cometido para expressar raiva ou vingança e não é uma resposta a um delírio ou alucinação; e 5) o furto não se deve ao transtorno de conduta ou ao transtorno de personalidade antissocial. (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION ,2000)

 A pessoa reconhece o erro após concretizar o ato sem compreender o que fez, sentindo uma profunda vergonha, podendo desenvolver quadros depressivos. A doença tem semelhança com diversos transtornos como o obsessivo-compulsivo e principalmente a bulimia, na qual há um arrependimento depois de concretizar o impulso, provocando o vômito.

Os índices da patologia são desconhecidos, pode ser considerada rara pelo grau de sua repercussão assim como a forma de tratamento da mesma pela raridade da situação. Detro dos quadros de impulsos tende-se entender a incapacidade de resistir a impulsividade a praticar um comportamento prejudicial, assim procedendo o alivio e a gratificação pela pratica do ato. As mulheres em si são as que mais se estabelecem dentro desse quadro que pode estar relacionado a sistemas emocionais acometidos dentro do ambiente familiar, algumas pesquisas enfatizam o histórico de alcoolismo na família.

 Teoria cognitivo comportamental como auxilio

A teoria cognitivo comportamental é ampla em suas táticas e técnicas no auxilio aos transtornos de impulso, principalmente por ser dinâmica e limitada no tempo, traz várias propostas de tratamento nesse tipo de patologia focando na situação presente do indivíduo, entendendo a impulsividade do mesmo em seu quadro total.

É de suma importância relatar que o ser cleptomaníaco só adere ao tratamento quando é pego cometendo o delito, e dentro desse contexto a mesma ou familiares procuram ajuda em possíveis terapias e profissionais na solução da compulsão. E de grande valia entender o desejo compulsivo do indivíduo e se há alguma ligação familiar dentro do quesito, a TCC mesmo sem focar no passado pode precisar de diversas informações.

Os resultados da TCC com a cleptomania vêm sendo bem-sucedidos durante algum tempo, pela ênfase que é dada na importância de compreender a patologia e de atuar com cuidado dentro desse campo, trazendo técnicas com suma eficiência e foco na resolução do problema.

A TCC utiliza ferramentas alternativas as da psicanalise como a sensibilização encoberta a dessensibilização por imaginação, dessensibilização sistemática, terapia aversiva, o treino de relaxamento e as fontes alternativas de satisfação, todas com foco na cleptomania que auxiliará o indivíduo a se perceber, e a questionar uma série de pensamentos distorcidos, que proporciona sentimentos retrógrados, levando um certo alívio de sua angústia e a melhora psicológica e comportamental gradativa. As crenças negativas que o indivíduo desenvolveu em suas experiências na infância, perderão força e sentido ao longo do processo terapêutico.