Desenvolvimento Cognitivo do Adulto Intermediário

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DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

Desenvolvimento Cognitivo na Vida Adulta Intermediária

EDNA RAMOS ROLIM

APRESENTAÇÃO

        

        O objetivo deste estudo dirigido é apresentar desenvolvimento cognitivo na vida adulta intermediária e suas variáveis.

INTRODUÇÃO

        O presente estudo dirigido tem como tema o desenvolvimento cognitivo na vida adulta intermediária visa abordar os seguintes assuntos: apresentar as perdas e ganhos do desenvolvimento cognitivo e seu caráter distinto na meia-idade; compreender os benefícios da qualidade de vida na vida adulta intermediaria; identificar inteligência fluida de inteligência cristalizada; perceber a diferença entre inteligência e criatividade; conhecer a importância da educação para a cognição e trabalho na meia-idade.

RELATÓRIO:

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NA VIDA ADULTA INTERMEDIÁRIA

        

        O que ocorre com as habilidades cognitivas na meia-idade? Elas avançam, declinam ou simultaneamente ocorrem as duas coisas.

MEDINDO AS CAPACIDADES COGNITIVAS NA MEIA-IDADE

        Quais os ganhos cognitivos ocorrem durante a vida adulta intermediária? Os estudos psicométricos baseados na Escala de Inteligência adulta de Wescher apresentam declínio nas habilidades verbais, bem como nas de desempenho no início da vida adulta. Embora a pesquisa longitudinalde Seatler e de Horn Cattel ressalta nas inteligências fluida e cristalizadas capacidades mentais básicas que permanecem durante a meia idade, com certa variabilidade individual.

SCHAIE: O ESTUDO LONGITUDINAL DE SEATLLE

        

        As pesquisas Schaie apontam que diversas capacidades cognitivas de pessoas de meia idade estão sob muitos aspectos em seu auge; nas pesquisas não encontram padrões uniformes de mudança relacionada à idade, inclusive a compreensão verbal melhorou até a velhice. Contudo houve um pequeno declínio em aptidões numéricas, memória de evocação ou fluência verbal entre as idades de 39 e 53 anos; enquanto um poderia decair outro apresenta grande plasticidade.

        A maioria dos participantes da pesquisa Seatlle não apresentou nenhuma redução considerável, mesmo após os 60 anos; e sim tiveram avanço em algumas áreas; possivelmente tal ocorrência esteja relacionada pela educação, estilo de vida, bem como de outras influencias ambientais.

        Ressalta ainda que as maiores pontuações atingidas pelos indivíduos com níveis educacionais elevados, personalidade flexível e aberto ao novo, famílias intactas, que exerce atividade cognitiva complexa, parceiros cognitivamente mais avançado, satisfeitos e realizados.

        Evidenciou também um declínio cognitivo considerável em pessoas com menos de 60 anos, em decorrência de problemas neurológicos.  

HORN E CATTELL: INTELIGÊNCIA FLUIDA E CRISTALIZADA

        Aqui as pesquisas apontam que a inteligência fluida de Cattell é capacidade de resolver problemas novos, que, exijam pouco ou nenhum conhecimento prévio, capacidade determinada pela condição neurológica, por exemplo: executar tarefas com rapidez, encontrar sinônimo de palavras. É medida por testes de vocabulário. Seu auge ocorre no adulto jovem, a partir dos 20 anos. A capacidade da memória de trabalho também começa a declinar, mas gradualmente, sem limitação funcional. É passível que a atividade física melhore o funcionamento cognitivo, especificamente a inteligência fluida; bem como as forças ambientais. A inteligência fluida entra em declínio mais cedo que a inteligência cristalizada

        Já a inteligência cristalizada é a capacidade de lembrar e utilizar a informação adquirida ao longo da vida. Capacidade que depende da experiência educacional e cultural, por exemplo: repostas a situações e dilemas sociais. Tal inteligência melhora longo da meia idade, até o final da vida.

O CARÁTER DISTINTO DA COGNIÇÃO DO ADULTO

        

        Alguns analistas do desenvolvimento sustentam que a cognição assume forma distinta na meia idade e que as capacidades mentais básicas atingem seu máximo durante a meia idade, como por exemplo, o pensamento pós-formal que aparece em situações que exigem pensamento integrador, intuição e emoção, para resolução de problemas práticos.

O PAPEL DA ESPECIALIDADE

        As pessoas de meia-idade podem demandar mais tempo do que as jovens para processar novas informações, contudo ao resolverem problemas de suas próprias áreas de atuação elas compensam, devido à inteligência cristalizada, baseada na experiência e/ ou conhecimento especializado (expertise), atribuído à encapsulação da capacidade fluida.

PENSAMENTO INTEGRATIVO

        O pensamento pós-formal é maduro, é relativista reflexivo, adaptativo, explora a experiência subjetiva, intuição e emoção, é aberta, a lógica dá esperança para a incerteza, contradição, imperfeição, inconsistência e tolerância, podem ser adequadas para resolver problemas sociais, sendo, pois, de natureza integrativa, adultos maduros que integram o lógico com a intuição e a emoção, fatos com ideias conflitantes e novas informações com as que já possuem, para resolução de problemas práticos.

CRIATIVIDADE

        O desempenho criativo as habilidades cognitivas dependem de características pessoais e ambientais.

CARACTERÍSTICAS DOS REALIZADORES CRIATIVOS

        Pesquisas ressaltam que a capacidade criativa desenvolve em um contexto social e não obrigatoriamente em ambiente educativo, nos adultos considera-se o desempenho, isto é, o quanto uma mente criativa produz. O QI, inteligência geral, não está fortemente relacionado à criatividade.

        As características de pessoas criativas são as seguintes: tem iniciativa própria, assumem riscos, são flexíveis e abertas a novas ideias, não são conformistas nem convencionais. Analisam um problema profundamente. Seus processos de pensamentos são constantemente inconscientes acompanhados de iluminações.