Resenha Crítica do Documentário "Meninas"
Por: Carina Coloni • 17/3/2020 • Relatório de pesquisa • 2.430 Palavras (10 Páginas) • 680 Visualizações
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Carina Viviane Coloni Pimentel
Natacha Alves Marcelino
Pâmella da Costa Luz
Raquel Cerqueira Cesar e Silva
2º Semestre Noturno.
DESENVOLVIMENTO HUMANO II
Trabalho apresentado à Faculdade Anhanguera de Sorocaba, como exigência parcial da disciplina “Desenvolvimento Humano II”, do Curso de Psicologia, sob a orientação da Profa. Ma. Aline Sampaio.
Sorocaba/ SP
2020
SUMÁRIO.
- ESTRUTURA FAMILIAR..........................................................................................4
- GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA...........................................................................5
3 IMPORTANCIA DA ORIENTAÇÃO SEXUAL..........................................................6
4 PAPEL DO PSICOLOGO.........................................................................................8
5 CONCLUSÃO.........................................................................................................10
9 REFERENCIAS.......................................................................................................11
- Estrutura Familiar.
A princípio o contexto familiar mostrado no filme são de pais de família simples na sua maioria mães solteiras que criam seus filhos em um ambiente simples e precário com relação a educação. Por vezes os pais no filme aparentam estar dispostos a ajudar em todos os sentidos as meninas, pois sabem como é difícil cuidar de uma criança principalmente na idade em essas meninas estão 13, 14 e 15 anos de idade. Do mesmo modo parecem não entender ainda o grau de responsabilidade que está sobre suas costas, até mesmo pelo fato de sua idade, são crianças e adolescentes que precisam amadurecer para tomar conta de seus filhos. No caso delas seus familiares as apoiam e querem dar o suporte, algumas mães lamentam o fato de suas filhas terem se permitido acontecer isso.
Sobretudo é importante enfatizar que o documentário mostra a vida de adolescente na periferia, a autora Sandra Werneck poderia não apenas ter mostrado a vida de meninas da periferia, mas de outros lugares para termos uma visão mais ampla de como é a estrutura familiar dessas crianças e adolescentes que estão inseridas em um contexto de baixa renda, mas não em periferias.
De acordo com o documentário as meninas vivem com seus pais, são menores de idade e no ambiente em vivem conhecem rapazes onde começam a ter vida sexual ativa. Dentro deste contexto as meninas engravidam e a partir daí sua vida começa a mudar, pois acabam abandonando os estudos e agora precisam virar mães ainda muito novas. Visto que seus familiares dão total apoio a elas e querem ajudá-las em tudo que puderem, tentam de maneira simples e na sua singela humildade orientar e ensinar que agora de alguma maneira elas precisam crescer mais rapidamente. Uma das mães cita que não gostaria que a filha passasse por algo ruim, por isso estava disposta a ajudar o máximo que pudesse, mas que a filha também teria que se esforçar para ajudar.
Assim sendo podemos perceber que mesmo com suas limitações e debilidades as famílias dessas moças tentam ajudar de alguma maneira com conselhos e orientações, assim também dando apoio no que diz respeito ao cuidado com a gravidez e nesse período gestacional e até mesmo ajudando o seus respectivos companheiros. Dessa forma dando mais segurança para as adolescentes enfrentarem esse período em que se tornaram mães e onde alguns sonhos e projetos teriam que ser adiados, mas sem tirar a responsabilidade sobre a qual elas terão de assumir a partir deste momento.
- Gravidez na adolescência.
A adolescência é um fenômeno biopsicossocial com mudanças sócio psicológicas e anátomo metabólicas que pode ocorrer ou não, ao lado do desabrochar da puberdade. Toda a formação subjetiva do adolescente está diretamente ligada aos fatores culturais, socioeconômicos, entre outros.
A gravidez nesse grupo social vem assumindo proporções cada vez mais significativas e chamando cada vez mais atenção no mundo, assim tornou-se um problema de saúde pública. Já que pode acarretar em problemas tanto para a mãe quanto para o recém-nascido.
Muitas jovens têm vergonha de sua gravidez e tentam esconder este fato de sua família. Algumas pela inocência ou falta de experiência não descobrem a gravidez na fase inicial, assim, muitas meninas não fazem o acompanhamento pré-natal indicado, abrindo portas para uma série de complicações.
Segundo o Ginecologista Dr. Rodrigo da Rosa Filho (2018) a gravidez na adolescência pode trazer diversos problemas físicos, tais como: Hipertensão durante a gestação, parto prematuro, e o aumento de riscos para a criança após o nascimento.
A gravidez precoce pode trazer também: Anemia materna, desproporção céfalo-pélvica, infecção urinária, prematuridade, placenta prévia, baixo peso ao nascer, sofrimento fetal agudo intraparto, complicações no parto (lesões no canal de parto e hemorragias), puerpério (endometrite, infecções, deiscência de incisões, dificuldade para amamentar), entre outros.
Porém, esse evento pode trazer vários outros problemas sociais e psicológicos para a mãe adolescente, muitas meninas abandonam os estudos, Segundo Blum (1998), 53% das adolescentes que engravidam completam o segundo grau, enquanto esse número sobe para 95% quando se trata das adolescentes que não engravidam.
Com isso as jovens mães encontram dificuldades de arrumar um emprego com boa remuneração, a maioria cuida dos filhos sem o auxílio do pai e outras podem desenvolver depressão pós-parto.
Existem várias situações precursoras da gravidez na adolescência, tais como: falta de comunicação familiar, falta de medidas educativas para a prevenção da gravidez e DSTs, falta de acesso a métodos contraceptivos e etc.
Conhecer esta problemática no Brasil, suas regiões de maior incidência e sua população mais vulnerável, desenvolver políticas públicas e métodos de educação sexual voltada para a prevenção, são de suma importância para o controle desta situação.
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