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Resenha Crítica do Documentário "Meninas"

Por:   •  17/3/2020  •  Resenha  •  2.358 Palavras (10 Páginas)  •  1.230 Visualizações

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Resenha do documentário “Meninas”


  1. ESTRUTURA FAMILIAR..........................................................................................4
  2. GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA...........................................................................5

3 IMPORTANCIA DA ORIENTAÇÃO SEXUAL..........................................................6

4 PAPEL DO PSICOLOGO.........................................................................................8

5 CONCLUSÃO.........................................................................................................10

9 REFERENCIAS.......................................................................................................11

  1. Estrutura Familiar.

A princípio o contexto familiar mostrado no filme são de pais de família simples na sua maioria mães solteiras que criam seus filhos em um ambiente simples e precário com relação a educação. Por vezes os pais no filme aparentam estar dispostos a ajudar em todos os sentidos as meninas, pois sabem como é difícil cuidar de uma criança principalmente na idade em essas meninas estão 13, 14 e 15 anos de idade. Do mesmo modo parecem não entender ainda o grau de responsabilidade que está sobre suas costas, até mesmo pelo fato de sua idade, são crianças e adolescentes que precisam amadurecer para tomar conta de seus filhos. No caso delas seus familiares as apoiam e querem dar o suporte, algumas mães lamentam o fato de suas filhas terem se permitido acontecer isso.

Sobretudo é importante enfatizar que o documentário mostra a vida de adolescente na periferia, a autora Sandra Werneck poderia não apenas ter mostrado a vida de meninas da periferia, mas de outros lugares para termos uma visão mais ampla de como é a estrutura familiar dessas crianças e adolescentes que estão inseridas em um contexto de baixa renda, mas não em periferias.

De acordo com o documentário as meninas vivem com seus pais, são menores de idade e no ambiente em vivem conhecem rapazes onde começam a ter vida sexual ativa. Dentro deste contexto as meninas engravidam e a partir daí sua vida começa a mudar, pois acabam abandonando os estudos e agora precisam virar mães ainda muito novas. Visto que seus familiares dão total apoio a elas e querem ajudá-las em tudo que puderem, tentam de maneira simples e na sua singela humildade orientar e ensinar que agora de alguma maneira elas precisam crescer mais rapidamente. Uma das mães cita que não gostaria que a filha passasse por algo ruim, por isso estava disposta a ajudar o máximo que pudesse, mas que a filha também teria que se esforçar para ajudar.

Assim sendo podemos perceber que mesmo com suas limitações e debilidades as famílias dessas moças tentam ajudar de alguma maneira com conselhos e orientações, assim também dando apoio no que diz respeito ao cuidado com a gravidez e nesse período gestacional e até mesmo ajudando o seus respectivos companheiros. Dessa forma dando mais segurança para as adolescentes enfrentarem esse período em que se tornaram mães e onde alguns sonhos e projetos teriam que ser adiados, mas sem tirar a responsabilidade sobre a qual elas terão de assumir a partir deste momento.

  1. Gravidez na adolescência.

A adolescência é um fenômeno biopsicossocial com mudanças sócio psicológicas e anátomo metabólicas que pode ocorrer ou não, ao lado do desabrochar da puberdade. Toda a formação subjetiva do adolescente está diretamente ligada aos fatores culturais, socioeconômicos, entre outros.

A gravidez nesse grupo social vem assumindo proporções cada vez mais significativas e chamando cada vez mais atenção no mundo, assim tornou-se um problema de saúde pública. Já que pode acarretar em problemas tanto para a mãe quanto para o recém-nascido.  

Muitas jovens têm vergonha de sua gravidez e tentam esconder este fato de sua família. Algumas pela inocência ou falta de experiência não descobrem a gravidez na fase inicial, assim, muitas meninas não fazem o acompanhamento pré-natal indicado, abrindo portas para uma série de complicações.

Segundo o Ginecologista Dr. Rodrigo da Rosa Filho (2018) a gravidez na adolescência pode trazer diversos problemas físicos, tais como: Hipertensão durante a gestação, parto prematuro, e o aumento de riscos para a criança após o nascimento.

A gravidez precoce pode trazer também: Anemia materna, desproporção céfalo-pélvica, infecção urinária, prematuridade, placenta prévia, baixo peso ao nascer, sofrimento fetal agudo intraparto, complicações no parto (lesões no canal de parto e hemorragias), puerpério (endometrite, infecções, deiscência de incisões, dificuldade para amamentar), entre outros.

Porém, esse evento pode trazer vários outros problemas sociais e psicológicos para a mãe adolescente, muitas meninas abandonam os estudos, Segundo Blum (1998), 53% das adolescentes que engravidam completam o segundo grau, enquanto esse número sobe para 95% quando se trata das adolescentes que não engravidam.

         Com isso as jovens mães encontram dificuldades de arrumar um emprego com boa remuneração, a maioria cuida dos filhos sem o auxílio do pai e outras podem desenvolver depressão pós-parto.

Existem várias situações precursoras da gravidez na adolescência, tais como: falta de comunicação familiar, falta de medidas educativas para a prevenção da gravidez e DSTs, falta de acesso a métodos contraceptivos e etc.

Conhecer esta problemática no Brasil, suas regiões de maior incidência e sua população mais vulnerável, desenvolver políticas públicas e métodos de educação sexual voltada para a prevenção, são de suma importância para o controle desta situação.

Segundo Alessandro Nascimento Sobrinho (2014), é necessário buscar um tipo de educação sexual que não tenha apenas a mulher como alvo, mas também educar o homem como responsável e protagonista, de maneira a terem orientação sobre a adolescência e sexualidade e dos métodos contraceptivos em si.

São necessários esforços políticos, assistências, médicos e educacionais especialmente nas escolas e nos âmbitos familiares. De modo que a educação sexual seja capaz de mudar realidades e trazer uma iniciação sexual mais segura e responsável.

  1. Importância da orientação sexual.

A adolescência caracteriza-se pelo período entre 10 e 19 anos, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). É nessa fase que as mudanças físicas, psíquicas, sociais e familiares estão em evidência, são crianças em corpo de adulto. Ocorre uma mudança imensa em seus corpos neste período. Essas mudanças que os fazem perder sua identidade de criança, formando assim, uma identidade onde novos planos, consciente e inconscientemente, são construídos, onde o amor é só um dos pontos da problemática da adolescência, a maioria já entende que a sexualidade não é promiscuidade, mas sentem a necessidade de viverem tais experiências.

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