Trabalho da Disciplina Gestão de Pessoas e Competências
Por: 20042019 • 1/3/2020 • Resenha • 1.908 Palavras (8 Páginas) • 278 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS
Resenha Crítica de Caso
Fernanda Anjos Lira
Trabalho da disciplina Gestão de Pessoas e Competências
Tutor: Prof. Celia Lima Paradela
Rio de Janeiro
2019
GESTÃO DE PESSOAS E COMPETÊNCIAS
Referência: SCOTT, Snook; JEFFREI, Polzer. A guarnição de Remo do Exército. Harvard Business School Publishing, Maio de 2004. Acesso em: 14 de agosto de 2019.
O texto desenvolve a história do Coronel Stas Preczewski, treinador da guarnição de remo da Academia Militar de West Point do exército dos Estados Unidos, em maio de 2002.
Perto do final da temporada de remo, o treinador se via em uma situação inusitada e frustrante, pois em nove anos nessa função nunca havia acontecido. A guarnição do barco Varsity Junior (VJ) ganhava frequentemente do barco Varsity (V) durante o treino em algumas regatas.
O treinador avaliou e selecionou os membros (oito) do barco Varsity de acordo com os requisitos de velocidade, força e coordenação de equipe, por meio de uma serie se testes objetivos. Os oito escolhidos demonstraram ser os melhores entre a equipe, como seria possível que a guarnição do barco VJ, possuindo menor pontuação de acordo com os testes, ganhasse frequentemente? Essa era a perguntar que Preczewski se fazia.
Ao longo da temporada, o treinador P tentou diversas maneiras de reunir informações que o pudessem explicar esse fato e resolver a questão. Entretanto, até o momento, nada tinha sido eficaz. Faltava apenas uma semana para o início do grande evento da temporada, 100 escolas participariam do campeonato Nacional e o treinador se via com algumas opções. A mais radical seria promover toda a equipe do VJ para o barco Varsity. Outra opção era alternar um pequeno número de membros entre os dois barcos. Alternativamente, ele poderia intervir para melhorar o desempenho da equipe Varsity, mas não sabia como fazê-lo.
Os barcos usados pelos competidores eram leves e estreitos, do tipo Shell e mediam 18 metros. Cada remador utilizava um único remo, fazendo o movimento de remada com as mãos, pés, braços e costas. Na parte de trás do barco havia um timoneiro, responsável por comandar e dirigir o leme, além de motivar. Também era responsável por estabelecer a estratégia da regata para a guarnição. As guarnições competiam em barcos de dois, quatro e oito remadores e normalmente os remadores consideravam que o barco de oito pessoas possuía maior chance de conquistar um “carrinho”, o mesmo estabelecia a voga para a guarnição, informando para o timoneiro durantes os treinos e regatas.
A prática de remo como esporte teve início em 1852 e foi o primeiro interuniversitário dos EUA, sua estreia foi em uma regata entre Harvard e Yale. Esse esporte era praticado durante todo o ano, começando em agosto, mês em que os estudantes retornavam às aulas e terminando em junho, depois da formatura.
Na tentativa de alcançar o sucesso em guarnições, conhecer mais sobre habilidades pessoais e coordenação de equipe, o Comitê Olímpico Norte-Americano patrocinou um projeto de pesquisa, afim de identificar quais fatores os técnicos de guarnições consideravam mais significativos para se obter o melhor desempenho. A pesquisa tinha o objetivo de que os técnicos indicassem mais de duzentas variáveis que estavam, direta ou indiretamente, relacionadas como “remo simples”. Treinadores de diversos níveis participaram, iniciantes, intermediários e mestres. Segundo os técnicos as duzentas variáveis poderiam ser subdivididas em quatro categorias distintas: força e condicionamento; técnica de remar; fatores psicológicos e organização de um programa. Curiosamente, o grau de importância atribuída às categorias, variavam de acordo com o nível de experiência dos treinadores.
Resistência individual e força são duas características que os oito atletas precisam ter, entretanto, o trabalho em equipe é o elemento mais importante dentre as habilidades exigidas. É necessário constante harmonia e equilíbrio entre todos dentro do barco, objetivando ultrapassar a linha de chegada em primeiro lugar. Dessa forma, a confiança se faz totalmente necessária entre os membros do grupo para que possam conquistar a vitória.
Enquanto a temporada de primavera não iniciava, o treinador P. selecionou os oito melhores remadores do barco Varsity e o restante para o Varsity Junior e direcionou tarefas e exercícios para os dois barcos. O primeiro deles avaliava a habilidade individual de remar, que incluía técnica, força e resistência, nesse exercício o treinador constatou uma melhora de 10 segundos na média das equipes, levando em conta os resultados do ano anterior.
O Treinador P. levou a equipe para a antiga vila olímpica em Atlanta, onde passaram uma semana em treinamento para o início da temporada de competição da primavera. Pela manhã os atletas remavam em barcos selecionados aleatoriamente, para a avaliação de técnica e adaptabilidade. Durante à parte (momento mais intenso do dia) o treinador realizava diariamente as “disputas por carrinho ” que iriam determinar quais remadores seriam selecionados para o barco Varsity, pois era possível avaliar como cada remador utilizava duas habilidades individuais. Os técnicos acreditavam que por meio da disputa era possível de forma objetiva capturar as habilidades individuais e ao mesmo tempo, contribuía com a equipe. À noite liam livros e biografias de remadores e artigos relacionados ao remo.
Após realizar as avaliações de desempenho dos remadores, o treinador coletava todas as informações, com base em suas observações e anotações para que pudesse tomar sua decisão sobre quais eram os melhores remadores.
Todos retornaram ao campus, o treinador P. ouviu comentários dos membros do barco Varsity criticando e uns aos outros por não terem vencido o barco VJ com uma vantagem ainda maior. Num primeiro momento, ele considerou positivo, pois era um sinal de que buscavam a excelência.
No primeiro treino da equipe no rio Hudson, a equipe do barco VJ ganhou do barco V, assim como o fez mais duas vezes, o que espantou demasiadamente o treinador. Ele percebeu que o VJ remava mais rápido que o V, cerca de dois terços das competições.
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