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FILOSOFIA – ANTROPOLOGIA E ÉTICA

Por:   •  4/1/2022  •  Bibliografia  •  2.071 Palavras (9 Páginas)  •  128 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS – PUC /MG CURSO: SERVIÇO SOCIAL DISCIPLINA: FILOSOFIA – ANTROPOLOGIA E ÉTICA

Nomes: Jéssica Assis e Patrícia Pechim

Questão 1 A resposta deve ter em média 1 lauda. Valor: 10 pontos Considerando as idéias sobre o homem ciborgue, de Donna Haraway e da obra Adeus ao corpo, de David Le Breton, elabore um texto ( média de 1 lauda) sobre o ser humano no mundo contemporâneo. Na conclusão do texto, levante algumas das perguntas e impasses que os referidos autores levantam sobre o ser humano na contemporaneidade.

Conforme os textos apresentados temos o conceito de homem ciborgue: Um organismo dotado de partes orgânicas e mecânicas, um organismo cibernético, sua finalidade é melhorar as suas capacidades com uma tecnologia artificial. Segundo as pesquisas os ciborgues estão entre nós à quase 50 anos. Sendo o primeiro uma rato de laboratório criado em Nova York. Os cientistas criaram os ciborgues como fruto de um sonho cientifico e militar.

O ser humano faz parte de uma sociedade, uma nação, uma tribo. Sua participação é de fundamental importância, assim como a maneira do qual ele se vê inserido nela, sua permanência passa por sua percepção de pertencimento.

O ciborgue dos dias atuais é diferente dos ciborgues de antigamente, na contemporaneidade eles são máquinas de informações são autônomos, entretanto tem uma autonomia introduzida. Ficando cada dia mais complicado separar pessoas e máquinas.

No artigo Adeus ao corpo essa interlocução entre o homem e a máquina fica mais evidente. O corpo é apenas um suporte para o ser humano podendo ser aprimorado, diluindo sua identidade primária. A possibilidade de modificar o corpo faz com que as pessoas busquem cada dia mais por próteses, exames, inseminação, entre outras realidades biônicas. De um lado vemos uma manifestação aparentemente agradável, entretanto seu corpo torna-se mercadoria, dando as pessoas uma noção de que o modificado deve ser exaltado.

As questões apontadas nos dois artigos nos fazem refletir sobre a adesão do ser humano as novas tecnologias, no texto ciborgue a primeira questão é: onde termina o humano e onde começa a máquina? Onde termina a máquina e onde termina o humano?

Essa questão me remete muito sobre algumas produções de Hollywood, como exemplo o filme: Inteligência artificial e o Homem Bicentenário. Ambos os filmes máquinas são criadas com o máximo de perfeição, para aparentar com os seres humanos, no decorrer dos filmes eles são tão perfeitos e tão semelhantes que são capazes de desenvolver sentimentos, como por exemplo, o amor. Dessa forma eles desejam e lutam na justiça pelo direito de ser transformados em seres humanos.

Somos capazes de produzir máquinas tão perfeitas? Necessitamos mesmo de tanta tecnologia? Qual o grau de dependência que nos seres humanos temos dessa tecnologia atual. Essas questões devem ser pensadas e refletidas por toda a nação. A idealização de uma perfeição faz com que nos tornemos cada dia mais dependentes de máquinas, de tecnologias. Nosso corpo seria um rascunho que deve ser corrigido? Mudando o corpo estamos mudando nosso ser? O corpo sendo nosso acessório pode expressar nossa existência?

Essas questões são muito importantes para nossa reflexão as mudanças que realizamos em nosso corpo devem partir de uma reflexão consciente, a cibernética não nos liberta do cansaço, do sono, das doenças, da fome entre outros. Não somos e nem podemos ser apenas objetos de desejos, não temos tomada para ligar e desligar nosso corpo e nossa mente, por isso a grande necessidade de prestar atenção na nossa subjetividade e não somente nas necessidades primarias.

Questão 02 (10 pontos)

Considerando as ideias do livro - “O amanhã não está à venda”, de Ailton Krenak e de modo especial os 2 trechos abaixo e responda as seguintes questões:

“Quando engenheiros me disseram de iriam usar a tecnologia para recuperar o rio Doce, perguntaram a minha opinião. Eu respondi: ‘A minha sugestão é muito difícil de colocar em prática.  Pois teríamos de parar rodas as atividades humanas que incidem sobre o corpo do rio, a cem quilômetros nas margens direita e esquerda, até que ele voltasse a ter vida.’ Então um deles me disse: ‘Mas isso é impossível.’ O mundo não pode parar. E o mundo parou.” (p.24)

 

“Tomara que não voltemos à normalidade, pois, se voltarmos, é porque não valeu nada a morte de milhares de pessoas no mundo inteiro. Depois disso tudo, as pessoas não vão querer disputar de novo o seu oxigênio com dezenas de colegas num espaço pequeno de trabalho. As mudanças já estão em gestação. Não faz sentido que, para trabalhar, uma mulher tenha de deixar os seus filhos com outra pessoa. Não podemos voltar àquele ritmo, ligar todos os carros, todas as máquinas ao mesmo tempo. Seria como se converter ao negacionismo, aceitar que a Terra é plana e que devemos seguir nos devorando. Aí, sim, teremos provado que a humanidade é uma mentira.” (p. 101) 

Cada resposta deve ter no máximo um parágrafo.

a) De acordo com Ailton Krenak, qual significado a experiência do isolamento social deve ter para nós que vivemos nesse contexto da COVID-19? (2,5 pontos)

O mundo está cada dia mais corrido, as pessoas estão sempre com pressa e sem tempo para prestar atenção nos verdadeiros sentidos de sua essência. A sociedade apesar de estar muito conectada, ela se vê cada dia mais distante umas das outras. Hoje vivemos a ameaça da terra não suportar nossa demanda. A morte pelo COVID-19 tem empilhados corpos em cima de corpos o que nos remete a questão: Diante da dor, do luto, da perda somos realmente humanidade? Somos humanos cavando fossos de desigualdade, ignorância com o sofrimento do próximo. Não olhamos nem damos chance para a sub-humanidade que vive sem chance de sair da miséria, o sofrimento do próximo foi naturalizado como diversas coisas. Um vírus mortal que nos faz repensar nas nossas ações enquanto seres humanos, A CODIV-19 não mata os animais, a natureza, apenas os homens que são inseridos nesse mundo artificial. Temos que combater o vírus devemos ser estóicos, aceitar a diversidade do mundo, aceitar os seres humanos e não ficar com lutas inúteis. A mãe natureza está nos fazendo olhar para nossa essência, para olharmos o tempo e deixar de pensar apenas no amanha, devemos viver o hoje.

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