DITADURA E SERVIÇO SOCIAL (1960-1980)
Por: TassiaPessoa11 • 13/5/2016 • Trabalho acadêmico • 2.043 Palavras (9 Páginas) • 285 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
curso de BACHARELADO em Serviço social
TÁSSIA CRISTINA DOS SANTOS ARAGÃO
DITADURA E SERVIÇO SOCIAL (1960-1980)
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Oriximina- PA
2014
TÁSSIA CRISTINA DOS SANTOS ARAGÃO
ditadura e serviço social (1960-1980)
Trabalho apresentado ao Curso de Bacharelado em Serviço Social da UNOPAR Universidade Norte do Paraná, 3º Semestre para as disciplinas: Estatística e indicadores sociais, Economia Política,Psicologia social e Fundament. Hist. Teóricos do SSoc. II. Professores: Clarice da Luz Kernkamp; Marilucia Ricieri; Paulo Sérgio Aragão; Sergio Goes.
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Oriximiná- PA
2014
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO...............................................................................................1
2- A DITADURA MILITAR NO BRASIL............................................................1
2.1- RENOVAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL......................................................3
2.2- HISTÓRICO DO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO (1960-1980).............3
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................6
4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................7
- INTRODUÇÃO:
O presente trabalho tem como objetivo analisar as características das politicas sociais brasileiras no período de 1960- 1980, assumindo uma perspectiva da renovação do Serviço Social neste período histórico. Oferecendo um entrecruzamento de duas dinâmicas: a ditadura militar no Brasil; destacando o golpe de 64 numa linha do tempo e a Renovação do Serviço Social, contextualizando o evolver da profissão diante da questão política historicamente dita.
Portanto, compreender as mudanças que vieram ocorrendo nas relações sociais e na profissão, no seu significado social remete a compreensão de que nas últimas décadas o Serviço Social vem passando por um processo de renovação, nesta luta por uma intervenção profissional que rompa de vez com o conservadorismo profissional, e consiga realmente passar uma imagem socialmente de comprometimento com a classe trabalhadora.
- A DITADURA MILITAR NO BRASIL
Entre as décadas de 1960 e 1980 no Brasil, foi vivenciado um período de autoritarismo, caracterizado por governos de carácter militar.
O Mundo se encontrava dividido politicamente pela Guerra Fria, e, diante das “ameaças” do poder socialista e comunista da União Soviética, muitos países capitalistas menos desenvolvidos, como era o caso do Brasil e de outros países do Terceiro Mundo, que viviam sob a dependência econômica dos países centrais (imperialismo norte-americano e inglês), iniciaram uma conturbada fase de controle político das Forças Armadas como resposta ao “radicalismo revolucionário” dos grupos políticos e das guerrilhas organizadas.
Os governos militares, em geral, procuraram exercer um poder executivo forte, centralizador, autoritário e ante- esquerdista, contrário ás forças populares que se encontravam influenciadas pela onda socialista que vinha se impondo em diversos continentes, como resultado das revoluções conhecidas da história mundial: a Revolução de Cuba, em 1959, com a tomada de poder por movimentos de guerrilhas armadas, liberados por Che Guevara e Fidel Castro; a Guerra do Vietnã, de 1964 a 1975, onde os Estados Unidos foram derrotados
sob aplausos da esquerda internacional; a Revolução Cultural da China, no ano de 1966, que passou a difundir o culto ao comunismo de Mao-Tsé-Tung, líder da juventude revolucionária chinesa; a Primavera de Praga, em 1968,onde o socialismo soviético se impõe pela força militar; e também o Maio de 68 na França, sob o lema “é proibido proibir”, quando uma série de revoltas estudantis e greves operárias colocam em evidência o poder político das massas organizadas.
Conforme Campos e Miranda (2005), no Brasil os militares tomaram o poder por meio de um Golpe de Estado, e se impuseram com a força total diante do caos político e social em que o país se encontrava sob o governo de João Goulart, o Jango, iniciando um período de vinte anos no controle político coercitivo e antidemocrático, com perseguições políticas e torturas contra todos aqueles que, de alguma forma, pareciam representar uma ameaça esquerdista.
O movimento político-militar de Abril de 1964 representou, de um lado, um golpe contra as reformas sociais que era defendidas por setores progressistas da sociedade brasileira e, de outro, um golpe contra a incipiente democracia política nascida em 1945 (TOLEDO,2004,p.13).
Segundo Campos e Miranda: “No Brasil, a aliança entre os setores civil e militar pôs fim ao populismo”. Em nome da liberdade, da ordem, da segurança nacional, o presidente João Goulart foi deposto. Um novo governo viria a se formar a partir dessa aliança.” (CAMPOS; MIRANDA,2005,p.575). Foram os “Anos Rebeldes” da era Jânio-Jango.
Ao final dos vinte anos da ditadura militar no Brasil (1964-1985) instalou-se uma grave crise econômica no pais, resultado do aumento galopante da inflação, da recessão da dívida externa e do empobrecimento da população. Os governos militares não conseguiram estabelecer um desenvolvimento econômico favorável, e diante disso fortalecem-se os movimentos de oposição política ao militarismo, por meio da ação de partidos, sindicatos e outros segmentos da sociedade.
2.1- RENOVAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL:
O lapso histórico que é coberto pela vigência da autocracia burguesa no Brasil, demarca também uma quadra extremamente importante e significativa no envolver do Serviço Social no país.
Do estrito ponto de vista, o fenômeno mais característico desta quadra relaciona-se á Renovação do Serviço Social. No âmbito de sua natureza e funcionalidade constitutivas, alteraram-se muitas demandas práticas a ele colocadas e a sua inserção nas estruturas organizacional-institucionais ( da onde, pois a alteração das condições do seu exercício profissional).
O cariz do Serviço Social, em meados dos anos oitenta, revela simultânea e contraditória relação que nas duas décadas anteriores, o desenvolvimento profissional estruturou com a sua herança; mudança, continuidade e intenção de ruptura.
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