Representação dos Idosos no Serviço de Acolhimento Institucional
Por: Bonafont • 21/5/2018 • Artigo • 1.661 Palavras (7 Páginas) • 233 Visualizações
REPRESENTAÇÃO DOS IDOSOS NO SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIOCNAL
Marilene Pereira Flores / 2010971
Orientadora: Profª MARIA GERMEK
SERVIÇO SOCIAL
Rio Claro - SP
2015
INTRODUCÃO:
O processo de Envelhecimento
Para discorrer sobre o tema em questão buscarei autores que pesquisaram sobre a representação dos idosos no serviço de acolhimento institucional.
Envelhecimento
“O conceito de envelhecimento ou a definição de Pessoa Idosa não são de consenso. Em paralelo à evolução cronológica, estão presentes fenômenos biológicos e sociais que resultam importantes para a percepção e a vivencia da idade e do envelhecimento”. (Diagnóstico da População Idosa no Brasil, 2008, p. 86).
Envelhecimento populacional é um fenômeno mundial tem inicio no século XX e prosseguirá no século XXI. Em termos mundiais, a redução da fecundidade determinou importante rotação de ritmos de crescimento demográfico e rápido processo de envelhecimento populacional. Segundo Relatório sobre Envelhecimento Populacional das Nações Unidas, de 2007, o número de pessoas com mais de 60 anos, em 2000, no mundo, era de aproximadamente 600 milhões, devendo alcançar dois bilhões em 2050. Essa projeção indica, portanto que a população idosa poderá triplicar de volume em período de 50 anos.
A configuração do fenômeno envelhecimento populacional coincidiu com mudanças socioculturais na sociedade relacionadas não apenas a maior participação feminina no mercado de trabalho, mas também a alteração na estruturas das famílias. Se o assalariamento progressivo da mão-de-obra feminina acabou limitando o papel tradicional da mulher nessas estratégias, a queda da taxa de natalidade e a consequente redução do número de filhos por família também repercutiram sobre a reprodução da solidariedade intrafamiliar, na medida em que as gerações mais novas vêm encolhendo frente às precedentes, o que resulta no alívio do número de cuidadores potenciais. Some-se a isso o fato de que a frequente migração dos jovens em busca de oportunidades de trabalho e de estudo fora de seus lugares de origem afasta-os de suas famílias, indisponibilizando-os para os cuidados. (Previdência Social – 2008, p.12)
É comum na sociedade brasileira, associar o envelhecimento com a saída da vida produtiva pela via da aposentadoria. Contudo não é possível estabelecer um consenso devido às constantes mudanças legais referentes às idades de acesso a esse benefício, como também à existência de um significativo número de trabalhadores cuja trajetória no mercado de trabalho não lhes dota de algum direito de aposentadoria. Ao adotarmos a definição estabelecida no Estatuto do Idoso, 2003, consideramos pessoas idosas com 60 anos ou mais.
A sociedade mantém e reproduz a ideia que a pessoa vale o quanto produz e o quanto ganha. O cultivo ao novo, ao belo, que envolve a contemporaneidade é também um fator que caminha na contramão da valorização do idoso. Dá-se relevância à força e agilidade dos jovens, desprestigiando, desconsiderando aqueles que acumularam experiência e podem ser uma fonte de sabedoria. O comportamento negativo em face da velhice não é fenômeno que ocorre só no Brasil, faz parte da violência social em geral e é universal.
O progresso da medicina tem permitido que a população idosa alcance padrões de bem-estar nunca vividos antes. Porém, as pessoas e instituições não estão preparadas para lidar com as questões sociais e psíquicas típicas do envelhecimento.
A presença crescente de pessoas idosas na sociedade e as mudanças na oferta de cuidados disponíveis no âmbito familiar impuseram o desafio de incorporar o tema do envelhecimento populacional às políticas publicas e de implementar ações de cuidados para este contingente populacional.
Envelhecimento Populacional no Brasil
No Brasil o perfil demográfico admite um menor crescimento da população brasileira, a ritmos diferenciados segundo as varias faixas etárias. O que estabelece condições favoráveis para alguns problemas sociais básicos; (CARVALHO; RODRIGUES- WORD, 2008), entretanto, provoca emergência de outros, relacionados ao envelhecimento populacional.
Cujas repercussões já podem ser percebidas na sociedade Brasileira que apresenta hoje um acelerado crescimento no número de idosos, um processo de inversão na sua pirâmide populacional, porque houve um decréscimo nas taxas de natalidade e mortalidade, ocasionando uma população na faixa de sessenta anos ou mais.
O país assiste a uma redução de proporção da população jovem e a um aumento na proporção da população e no numero absolutos de idosos. (LIMA- COSTA; VERAS, 2003). Essa dupla demanda com a chegada de novos e a persistências de novos problemas em termos de políticas públicas traduz-se em dilemas para os gestores e em dificuldades para quem envelhece e ainda não teve seus direitos humanos e sociais garantido.
As consequências desse crescente número de idosos implicam em aumento das demandas sociais e passam apresentar um grande desafio político, social e econômico. O envelhecimento populacional, aliado à falta de políticas públicas voltadas a essa nova realidade mundial preocupa todos os seguimentos da sociedade que vivencia esses processos nos dias atuais. É relevante mencionar que viver mais é importante desde que se consiga agregar qualidades aos anos adicionais de vida.
Assistência Social
No Brasil as redes de cuidados aos idoso, especialmente ao idoso frágil, inclui o domicílio e as modalidades de assistência e de cuidados, previstas nas políticas sociais e da saúde, com diferentes níveis de complexidade e de natureza (pública, privada, filantrópica). A ILPI é um dos elos da rede de cuidados ao idoso.
Segundo o manual de funcionamento da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) Seção São Paulo, Biênio 2002/2003. Atualmente as ILPIs ( Instituições de Longa Permanência para Idosos), são estabelecidas para atendimento integral institucionalizado em cuidados prestados a pessoas de 60 anos e mais, dependentes ou independentes, que não dispõem de condições para permanecer com familiares ou em seu domicilio. Essas instituições, são conhecidas por denominações diversas: abrigo, asilo, lar, casa de repouso e clínica geriátrica. Elas devem proporcionar serviços na área social, médica, psicológica , enfermagem, terapeuta ocupacional, odontologia, entre outras, conforme necessidades desse segmento etário.
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