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As Plantas Toxicas

Por:   •  11/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  4.745 Palavras (19 Páginas)  •  344 Visualizações

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Aula de plantas tóxicas

03/11/2017

Continuando nas plantas que afetam o funcionamento do coração de forma subaguda a crônica. Nessa categoria temos a tetrapterys spp (tetrapterys acutifólia e tetrapterys multiglandulosa) que temos na nossa região e a ateleia glazioviana que NÃO temos em nossa região.

Tetrapterys spp

  • Família Malpighiaceae:
  • Tetrapterys acutifólia
  • Tetrapterys multiglandulosa

OBS.: O quadro clínico patológico, os tipos de profilaxia vão ser iguais para as duas. É só mesmo a questão de identificação botânica.

  • Sinais clínicos:

Causam um quadro de ICC, quadro clássico que já aprendemos na patologia especial.

O princípio tóxico não é conhecido e então fica difícil de saber a patogenia, a única coisa que se sabe é que quando a planta é ingerida faz lesões em vários locais.

Dentre os locais temos:

  • Miocárdio (necrose de miocárdio e fibrose quando o animal vive mais tempo), edema entre as fibras do miocárdio que leva ao quadro cardíaco.
  • Além disso causa o quadro de aborto e também o quadro neurológico, ou seja, são 3 quadros clínicos.  O quadro neurológico não se sabe se é pelo efeito da toxina ou se é pela hipóxia.
  • Quadros:
  • Aborto
  • Neurológicos e cardíaco

  • Nomes vulgares:
  • T. acutifólia = cipó-ruão e cipó-preto
  • T. multiglandulosa = cipó-vermelho e cipó-ferro

Levam o nome de cipó por causa do jeito que a planta cresce. Ela cresce rasteira em forma de trepadeira, fica tipo um cipó.

  • Aspecto botânico
  • Arbusto, crescimento em rácimo. Não chega a formar árvore.
  • A flor é amarela ou vermelha. Dizem que a disposição das pétalas lembra uma hélice, bem separadinha.
  • As folhas são bem comuns e identificar só por elas fica complicado.

  • Distribuição e habitat

Encostas e morros:

  • T. acutifólia

MG (Governador Valadares e municípios vizinhos) e ES (Itaguaçu)

  • T. multiglandulosa

RJ (Resende e Rio das Flores) e SP (Lorena e Guaratingueta)

  • Diagnóstico/diagnóstico diferencial
  • Reticulopericardite traumática
  • Endocardite valvular
  • Leucose bovina
  • Lesão de miocárdio 🡪  deficiência de selênio e vit E, atb ionóforo, cassia accidentalis
  • Forma aguda da febre aftosa
  • Doença do peito inchado  🡪 Santa Catarina
  • Brisket disease  🡪  doença das alturas

APRESENTAÇÃO DO ARTIGO: Aborto em bovinos devido à intoxicação por Tetrapterys acutifolia (Malpighiaceae)

[pic 1][pic 2][pic 3]

  1. INTRODUÇÃO

Gênero Tetrapterys (família Malpighiaceae)

  • Nome: Tetrapterys sp. (multiglandulosa, acutifolia, ramiflora)
  •  Nomes vulgares: Cipó-preto, Cipó-ruão, Cipó-vermelho
  •  Região Sudeste;
  •  Geralmente os bovinos se intoxicam na seca (Agosto – Outubro) por causa da restrição alimentar;
  •  1968 e 1989: Bovinos 🡪 primeiros relatos    

            [pic 4]

  •  Insuficiência Cardíaca;       quadro clínico[pic 5]
  •  Subagudo ou Crônico;                geral
  •  Geralmente em animais de mais de 1 ano de idade.

Principais Sinais Clínicos   🡪  bem característicos de ICC

  • Edema de subcutâneo
  • Ingurgitamento e pulsação de jugular
  • Edemas cavitários (à necropsia)
  • Fígado com aspecto de noz-moscada (à necropsia)
  • Dilatação cardíaca e áreas pálidas no miocárdio (à necropsia)
  • Primeiro foi descoberto que essa planta era cardiotóxica
  • E depois veio a descoberta do ABORTO

Princípio Tóxico

  • No livro diz que o princípio tóxico não é conhecido[pic 6]
  • Heterosídeos flavônicos e esteróides na folha jovem;                                     ESCRITO [pic 7]
  •  Taninos condensados, alcalóides quaternários e esteróides na folha madura.              NO  
  • Mecanismo de ação é desconhecido.                                                                                  ARTIGO

Diagnósticos Diferenciais

  • Doença do Peito Inchado  🡪  causa edema esternal, mas consegue diferenciar através da microscopia devido a fibrose intersticial que irá apresentar. No caso da intoxicação se vê necrose e degeneração;
  •  Pericardite Traumática  🡪  pode confundir, mas na anamnese e com o histórico já consegue diferenciar;
  •  Ateleia glazioviana  🡪  diferença está na região, não teremos as duas na mesma região;
  •  Deficiência de Selênio; [pic 8]
  •  Intoxicação pelas sementes de Cassia occidentalis;        Consegue diferenciar na microscopia
  •  Intoxicação por Antibióticos Ionóforos.

  1. MATERIAL E MÉTODOS

Animais, Local e Procedimento Experimental utilizados

  • 4 vacas mestiças em bom estado nutricional, prenhes de 6-8 meses, com 3 a 5 anos de idade, de 350-500 kg de peso vivo;
  • Também foi acompanhado um caso de intoxicação natural que não fazia parte do experimento;
  •  Realizado em um sítio em Barra do Piraí, Rio de Janeiro;

As vacas passaram por vários exames sorológicos de outras doenças que também causam aborto, como a Brucelose, para não confundir;

  •  Alimentação foi baseada em brotação e folhas novas de Tetrapterys acutifólia em doses diferentes (10g, 5g e 2,5g/kg/dia).

  1. RESULTADOS

Histórico dos Abortos

  • Foi realizado o levantamento dos casos de intoxicação no RJ;
  • Foram achados 43 casos, sendo que em apenas um conseguiram identificar o caso de IC;
  •  Fazenda Retiro (1980-2002)  🡪 registros mais antigos  🡪  casos de aborto;      
  •  Fazenda Lobo (2001-2008)  🡪  registros mais novos  🡪  casos de aborto.

[pic 9]

Vaca 5734 recebeu a maior dose e foi a que teve a evolução dos sinais clínicos mais rápido.

Vaca 5735 recebeu a menor dose e não apresento arritmia cardíaca nela e nem no feto, jugular ingurgitada e edema de peito e barbela, tremores musculares. Ela sobreviveu, mas o feto foi natimorto.

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