Estudo da Especificidade das Enzimas Quanto ao Substrato
Por: gipansonato • 31/8/2015 • Trabalho acadêmico • 2.751 Palavras (12 Páginas) • 908 Visualizações
Universidade Estadual de Campinas[pic 1][pic 2]
Faculdade de Engenharia de Alimentos
TA 514 – Bioquímica de Alimentos
Estudo da Especificidade das Enzimas Quanto ao Substrato
GRUPO IX –
GIOVANNA PANSONATO 146260
- Introdução
As enzimas apresentam uma especificidade muito alta par ao tipo de reação que catalisam. Mas nem sempre elas apresentam o mesmo grau de especificidade para o substrato que transforma. Por exemplo, enquanto a succinato desidrogenase sempre catalisa uma realão de oxirredução e age invariavelmente sobre o ácido succínico – seu susbstrato- a enzima álcool desidrogenase (ADH) sempre catalisa reações de oxirredução, mas tem como substrato diferentes álcoois: desde metanol até butanol. Essa classe de enzimas, embora apresente uma ampla especificidade, são mais ativas na presença de um substrato em particular. No caso da ADH, o etanol é o substrato preferido.
Assim como existem enzimas que apresentam especificidade para diversos substratos, existe substrato que sofre a ação de diferentes enzimas e são transformados no mesmo produto. Os membros individuais de um grupo de enzimas com caracterpisticas semelhantes são chamadas de isoenzimas. A composição dessas isoenzimas faz com que todas elas catalisem a mesma reação química, embora apresentem diferentes graus de eficiência.
As enzimas podem apresentar diferentes graus variáveis de especificidade.
Baixa especificidade: A enzima não discrimina os substratos, mas exibe especificidade somente em relação à ligação a ser rompida.
Especificidade de grupo: A enzima é específica para uma ligação particular adjacente a um grupo específico. Por exemplo, a tripsina é específica para ligações peptídicas do lado de grupos carboxilas da arginina e lisina.
Especificidade absoluta: A enzima atua somente em um substrato ou seja catalisa somente uma reação.
Especificidade estereoquímica: Muitas enzimas mostram especificidade para isômeros ópticos ou isômeros geométricos específicos. E quase sempre atuam sobre uma das formas de isômero.
- Objetivos
Verificar a especificidade das enzimas protease, α-amilase, lactase ou β-galactosidase e invertase ou β-frutofuranosidase quanto ao substrato.
- Materiais e métodos
- Materiais
- 3 Tubos com 5 mL de solução 5% de gelatina em tampão fosfato 0,05M pH 6,0 ( Item I )
- Solução de papaína 6 mg/mL ( Item 1)
- 3 Tubos com 2 g de amido de batata ( Item I )
- Solução de α-amilase bacteriana 10μL/mL ( Item I )
- Tampão Fosfato 0,05Mol/L pH 6,0
- Solução 1% Amido em Tampão Fosfato 0,1 Mol/L pH 6,0
- Solução 1% Sacarose em Tampão Acetato 0,1 Mol/L pH 5,0
- Solução 0,05 % Lactose em Tampão Fosfato 0,1 Mol/L pH 6,5
- Solução de Lactase comercial 2,5 mL/50 mL
- Solução de β frutofuranosidase ou invertase comercial 0,12 mg/100 mL
- Solução de α-amilase bacteriana Grupos pares: 0,1 mL / 250 mL
Grupos impar: 0,1 mL / 500 mL
- Reagente SN I
- Reagente SN II
3.2) Métodos
I- Especificidade da α-amilase e protease
I-A) Teste de hidrólise de gelatina
• 3 tubos foram numerados e identificados (G-1, G-2, G-3), contendo 5mL de solução 5% de gelatina em Tampão Fosfato 0,05 Mol/L pH 6,0.
• Foi pipetado 1 mL de solução 2 mg/mL de papaína no tubo G-1.
• Foi pipetado 1 mL de solução 10μL/mL de α-amilase bacteriana no tubo G-2.
• No tubo G-3 foi pipetado 1 mL de água destilada.
• As misturas foram homogeneizadas e incubadas em banho-maria a 50°C por 30 minutos.
• Depois da incubação, os tubos foram colocados em banho de gelo por 10 minutos e foi verificado em quais tubos ocorreu gelificação ou hidrolise da gelatina.
IB- Teste de hidrólise de amido
•Foi adicionado 10 mL de Tampão Fosfato 0,05Mol/L pH 6,0 nos 3 tubos de ensaio contendo 2 g de amido de batata e numerados como AM-1, AM-2 e AM-3.
• Foi pipetado 1 mL de solução 2mg/mL de papaína no tubo AM-1.
• Foi pipetado 1 mL de solução 10μL/mL de α-amilase bacteriana no tubo AM-2.
• Foi pipetado 1 mL de água destilada no tubo controle AM-3.
•As misturas foram homogeneizadas e incubadas em banho-maria a 90°C.
• Os tubos foram resfriados em água corrente e foi observado em quais tubos ocorreu gelificação ou hidrolise do amido.
II - Especificidade das enzimas β-galactosidase, invertase e α - amilase bacteriana quanto ao substrato.
II A- Determinação de açúcares formados na hidrólise de lactose, sacarose e amido, respectivamente, pelas enzimas β-galactosidase, β-frutofuranosidase e α-amilase pelo método colorimétrico de Somogyi –Nelson
• As misturas de reação foram prepadas em tubos de ensaio numerados como descrito na tabela a seguir:
Tabela 1-Estudo da especificidade da β-galactosidase, β-frutofuranosidase e α-amilase | ||||||
Tubos | ||||||
Soluções | L1 | L2 | S1 | S2 | A1 | A2 |
Solução 0,05% de Lactose em Tampão Fosfato 0,1 Mol/L pH 6,5 | 2 mL | 2 mL | - | - | - | - |
Solução 1% de Sacarose em Tampão Acetato 0,1 Mol/L pH 5,0 | - | - | 2 mL | 2 mL | - | - |
Solução 1% Amido em Tampão Fosfato 0,1 Mol/L pH 6,0 | - | - | - | - | 2 mL | 2 mL |
Enzima β-galactosidase ou lactase (2,5 mL / 50 mL) | - | 1 mL | - | - | - | - |
Enzima β-frutofuranosidase ou Invertase (0,12 mg / 100 mL) | - | - | - | 1 mL | - | - |
Enzima α-amilase bacteriana Grupos pares ( 0,1 mL/250 mL ) Grupos impar ( 0,1 mL/500 mL ) | - | - | - | - | - | 1 mL |
H20 destilada | 1 mL | - | 1 mL | - | 1 mL | - |
Incubar a 40ºC | Incubar a 50ºC | Incubar a 60ºC |
• Os tubos L1 e L2 foram encubados em banho maria durante 20 minutos a 40oC.
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