A Formação de Estratégia como um Processo Coletivo
Por: Fiama Silva • 2/11/2018 • Trabalho acadêmico • 736 Palavras (3 Páginas) • 286 Visualizações
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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DEQUIXADÁ
CURSO DE ADIMINISTRAÇÃO
FIAMA SILVA BELMINO
A ESCOLA CULTURAL:
A Formação de Estratégia como um Processo Coletivo
A ESCOLA CULTURAL:
A Formação de Estratégia como um Processo Coletivo
A cultura foi descoberta na gestão nos anos 80, graças ao sucesso das companhias japonesas. Escreveu-se e dissertou-se muito sobre o assunto e a conclusão principal foi de que as suas estratégias tinham a ver com a cultura japonesa, em termos de organização e motivação dos trabalhadores. As origens são no entanto oriundas da Suécia. Tendo a Antropologia como disciplina base, a escola tem em Rhenman e Normann, no final dos anos 60, os seus principais precursores e como seus principais defensores pessoas voltadas para o espiritual, colectivo e social.
De acordo com a Escola Cultural, enquanto o poder concentra-se em interesses próprios, a cultura leva em consideração os interesses comuns. A cultura determina como uma organização age e reage aos estímulos, como ela interpreta o mundo, as atividades e os artefatos que as refletem. A cultura é coletiva, organizacional e cognição coletiva, ou seja, representa a mente da organização, suas crenças, tradições, hábitos, manifestações etc. A Escola Cultural preocupa-se com a influência da cultura na manutenção da estabilidade estratégica. Para esta escola, a cultura está presente em cada objecto do nosso dia-a-dia: naquilo que comemos, na música que ouvimos, no modo como comunicamos.
Quanto mais forte for a cultura de uma empresa, a sua ideologia, o seu conjunto de crenças, valores, paradigmas, a sua maneira de ver o mundo, maior será a influência cognitiva colectiva na geração de estratégias. Desta forma, a cultura pode tornar-se um caminho que orienta, em linhas gerais, o rumo estratégico da empresa ao longo do tempo, dando estabilidade, mas também sendo o caminho que prende a empresa a um conjunto de paradigmas estratégicos, que podem tornar-se prejudiciais. São as crenças profundamente enraizadas da cultura e suas suposições tácitas (ocultas, não declaradas), que agem como poderosas barreiras internas às mudanças fundamentais.
Premissas da Escola Cultural
Segundo os autores de Safári de Estratégia, é possível identificar as seguintes características como premissas, quando predomina a Escola Cultural na formação da estratégia:
a. A formação da estratégia pode ser identificada como um processo de interação social, baseado nas crenças e interpretações comuns;
b. um indivíduo adquire essas crenças através de um processo de aculturação ou socialização;
c. as crenças que sustentam a cultura organizacional não podem ser totalmente descritas;
d. a estratégia torna-se uma intenção coletiva e reflete-se nos padrões de uso dos recursos e capacidade;
e. a cultura é um agente de perpetuação da estratégia existente e dificilmente propõe soluções arrojadas.
Ligações entre cultura e estratégia
Basicamente é possível perceber as ligações entre a cultura e a estratégia no estilo de tomada de decisões, a cultura exerce um papel de filtro que influencia a análise na tomada de decisão.
É também possível constatar essa ligação em atitudes quanto a resistência a mudanças estratégicas. Enquanto algumas culturas favorecem e interpretam as mudanças estratégicas reagindo com naturalidade e motivação, outras resistem e até dificultam, chegando mesmo a impossibilitar que elas aconteçam. A capacidade de superar a resistência às mudanças estratégicas, os valores dominantes e o choque de culturas são as outras ligações, identificadas pelos autores.
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