A INTERVENÇÃO EMPRESARIAL RESUMO
Por: Walter Turazi Peron • 17/10/2022 • Resenha • 3.471 Palavras (14 Páginas) • 180 Visualizações
INTERVENÇÃO EMPRESARIAL
RESUMO
Este trabalho terá por finalidade apresentar uma proposta de intervenção empresarial da empresa Hycap Cartonagem e Matrizaria ltda. A empresa está situada no coração de Criciúma-SC e possui ampla bagagem na área de produção e comércio de embalagens. O diagnóstico empresarial foi elaborado com base na matriz SWOT (abreviação em inglês para forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) e através deste foi possível notar alguns pontos de melhorias vitais e também pontos fortes a serem ampliados e explorados. A presente intervenção será baseada nos pontos levantados anteriormente e será elaborado um plano de ação usando preceitos do PDCA
1 INTRODUÇÃO
Após o diagnóstico empresarial foi possível constatar que a empresa Hycap Cartonagem e Matrizaria ltda. chefiada pelo sr. Clésio Corrêa, apresenta diversas falhas graves em sua estrutura organizacional. Fundada no ano de 1988 da união de três sócios iniciais, a Hycap cresceu sem um plano ou meta definida, aliás pode-se dizer que a empresa teve uma sorte considerável em seu “sucesso” quando a comparamos com outras concorrentes do setor.
Atualmente a empresa conta com cinco colaboradores, sendo eles além do sr. Clésio, um matrizeiro com quase o mesmo tempo de casa que o sócio-proprietário, um serralheiro com aproximadamente quinze anos de serviço na empresa, um desenhista com oito anos de serviço, e um auxiliar de produção que participa nas demais atividades da empresa. Vale ressaltar que além das suas funções cativas, todos os colaboradores também operam o maquinário de corte e vinco das embalagens. Constatamos ainda que o sr. Clésio tem vasta experiência na gestão da empresa, trabalhando como dono, gerente, supervisor e até mesmo no setor produtivo, e que seja talvez por conta desta ampla gama de funções, que a empresa tenha chegado até sua atual condição, tanto de sucesso e respeito, como de problemas em sua organização.
Assim podemos então analisar a figura do líder e suas responsabilidades, Chiavenato (2003) cita que o líder deve treinar as pessoas, planejar o trabalho e gerenciar as mudanças necessárias, liderar grupos, monitorar e avaliar o desempenho para verificar seu progresso e recompensas para assegurar reforços positivos do desempenho. Ou seja, o sr. Clésio, por vezes, mais se assemelha a um colaborador do que sua real função de chefia e liderança, além de traçar o curso da empresa.
Levantamos através da visita às instalações da empresa que, apesar de o trabalho ser constante e de elevada qualidade, a falta de materiais de EPI, a estrutura predial antiga e degradada pela ação do tempo, a má integração e participação social dos colaboradores e não divulgação da marca são os quatro principais problemas que a empresa enfrenta no dia a dia.
Figura 1 – Caibros De Sustentação
[pic 1]
Fonte: Produção própria
Para exigir uma maior produtividade de pessoas, demanda uma capacitação contínua, pessoas precisam ser desafiadas para aperfeiçoarem suas habilidades intelectuais e físicas. (Drucker, 1980 p.18)
Entretanto, mesmo com todos esses problemas sérios, é importante ressaltar que a empresa está no mercado há mais de 30 anos, tem grande nível de credibilidade com fornecedores, clientes, e até mesmo com outras empresas da região, muitas vezes servindo como válvula de escape, quando estas empresas maiores aceitam serviços que lhe gerariam poucos lucros e ocupariam a planta produtiva para outros serviços mais lucrativos.
Mas afinal, como que uma empresa tão bem-vista por quem a conhece pode apresentar tantas falhas graves em sua estrutura? A resposta é mais simples do que aparenta, a falta de um objetivo fixo e pouco planejamento em médio e longo prazo ceifaram as oportunidades de este negócio crescer e prosperar.
2 RESULTADOS DO DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL
Ao analisarmos o diagnóstico empresarial, é possível notar os pontos fortes e os pontos fracos da empresa, bem como suas oportunidades e ameaças, na Hycap chegamos à conclusão de que os pontos fracos e as ameças ofuscaram totalmente os pontos positivos, e acabou por impedir que a empresa pudesse aproveitar as oportunidades que surgiram ao longo dos anos e que continuam a surgir nos dias de hoje.
Os pontos fortes da empresa são bastante promissores, a operação simples requer nenhuma qualificação ou especialização dos colaboradores, tendo em vista que boa parte do trabalho é manual e de simples compreensão, podendo ser ensinado dentro da própria empresa pelo sócio-proprietário ou pelos demais colaboradores. Outro ponto forte é a constância de serviços, uma empresa dentro do ramo de embalagens dificilmente fica parada, a demanda é grande e mensalmente a empresa gera lucros satisfatórios.
Já os pontos fracos são preocupantes, notamos a clara falta de entusiamo e o comodismo dos colaboradores.
As necessidades dos colaboradores precisam ser comunicadas, suas percepções sobre produtos e clientes também precisam receber atenção, e a maneira como isso pode ser viabilizado se dá através do gerenciamento de comunicações(...). Essa comunicação com o cliente interno manterá vivo os objetivos da empresa e contribuirá para que todos trabalhem na mesma direção. (SILVA, ZALTZMAN, et al., 2001 apud REIS, et al 2018)
Vimos também que o ambiente de trabalho é um tanto quanto sujo e mal conservado sendo o mais explícito para este grupo a pouca iluminação e as instalações realmente precárias, contando com a falta de um forro de madeira ou PVC entre o telhado e as áreas de trabalho, a sujeira acumulada nas paredes e nas vigas expostas e a presença de cupim nas mesas e nas vigas de sustentação do telhado. A empresa também não conta com website, página em redes sociais ou canal de comunicação via whatsapp ou telegram, sendo os únicos meios de contatar a empresa, pelo e-mail, telefone fixo ou entrando em contato direto com o sr. Clésio através de seu número de telefone particular. Por fim e não menos importante vimos a pouca quantidade de materiais de segurança e EPIs, poucos extintores de incêndio, poucas sinalizações de emergência, e a não utilização de máscaras, óculos de proteção e de luvas pelos colaboradores.
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