Assedio moral das organizações
Por: claudiac441108 • 18/5/2017 • Trabalho acadêmico • 3.127 Palavras (13 Páginas) • 260 Visualizações
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ASSÉDIO MORAL NAS ORGANIZAÇÕES
Claudia Maria Carvalho de Oliveira[1]
Gilberto Frota Furtado [2]
RESUMO
O assédio moral deve ser considerado como uma ação abusiva de poder nas relações de trabalho. Este assédio nas instituições não é algo recente pelo contrário este fortemente entranhado nas relações de laborativas no Brasil. Atualmente no Brasil tal abuso caracteriza-se como um crime de acordo com o novo Código Penal Brasileiro por se tratar de um tema abrangente neste trabalho estudará as consequências do assedio moral para o trabalhador e as penalidades para a empresa.
Palavras chave: Assédio Moral, Trabalho e consequências.
ABSTRACT
Bullying should be considered as an unfair share of power in labor relations. This harassment in institutions is not new rather this strongly entrenched in work-related relationships in Brazil. Currently in Brazil such abuse is characterized as a crime under the new Brazilian Penal Code because it is an overarching theme in this work will study the consequences of bullying for the worker and the penalties for the company.
Keywords: Harassment, Labor and consequences.
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INTRODUÇÃO
O assédio moral no meio organizacional é uma prática abusiva de poder, que afeta instituições no mundo inteiro. Devido seu caráter subjetivo poderá confundir-se com outras situações que não configuram esse tipo de agressão como conflitos esporádicos que não envolvem humilhações entre outros constrangimentos, esta violência tem raízes nos primórdios da humanidade com o surgimento do trabalho, e tem evoluído juntamente como o processo de globalização. Este tema é abordado por vários estudiosos, como Heinz Leymann (BARROS, 2010, p.928) sueco, psicólogo na área trabalhista um dos preconizadores deste tema em 1996 fez uma ampla pesquisa sobre o comportamento violento, chamado por ele de “psicoterror”, no ambiente de trabalho no qual Alice Monteiro de Barros, médica do trabalho baseia-se em seus estudos ao caracterizar esta agressão prejudicial ao funcionário consequentemente ao meio laboral como:
A situação que uma pessoa ou um grupo de pessoas exercem uma violência psicológica extrema, de forma sistemática e frequente (em media uma vez por semana) e durante um tempo prolongado (em torno de uns seis meses) sobre outra pessoa, com o objetivo de destruir as redes de comunicação da vítima, destruir sua reputação, perturbar o exercício dos seus trabalhos e conseguir, finalmente, que essa pessoa acabe deixando o emprego.
Andrea Adams escreve o livro “Bulling at Work”, levando o conceito de bulling ao ambiente de trabalho ambiente de trabalho. Em 1998, a psiquiatra e psicanalista Marie-France Hirigoyen lança o best-seller Le harcèlement moral: la violence perverse au quotidien que inaugurou o debate em vários países e inspirou a realização de muitas pesquisas com a temática. Heinz Leymann (LEYMAMM apud ZABALA, 2003, p. 53), enriquece o arcabouço ao conceituar mobbing:
O mobbing é um processo de destruição; compõe-se de uma série de procedimentos. hostis que, tomados de forma isolada, poderiam parecer inofensivos, mas cuja repetição constante tem efeitos perniciosos.
Foi também em 1996 que a Organização Mundial do Trabalho publicou um relatório analisando diversas formas de violência no trabalho. A pesquisa realizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização Mundial de Saúde (OMS) no ano de 2002, em vários países, ressalta que o assédio moral ou violência psicológica constitui um fenômeno disseminado e expresso principalmente no abuso verbal. Segundo a mesma pesquisa, 39% dos trabalhadores brasileiros entrevistados experimentaram abuso verbal naquele ano, e 15,2% foram vítimas de assédio psicológico, mais conhecido no Brasil como assédio moral, infelizmente esse dado tem aumentado concomitantemente ao processo de globalização. De acordo com Hirigoyen o mundo do trabalho esta se tornando cada vez mais penoso, que se exige cada vez mais das pessoas, que se trabalha cada vez mais em condições que são psicologicamente cada vez mais duras. Um estudo realizado em 2001 pela Superintendência Regional do Trabalho (SRTE/DF) com 301 empregados, no qual trabalhadores (as) foram chamados a responder sobre a vivência de diversas situações que caracterizam o assédio moral nas instituições, constatou que mais de 60% dos trabalhadores (as) sentiam-se coagidos a produzir mais, e praticamente 50% eles sentiam-se controlados.
OBJETIVOS
O objetivo desse artigo é compreender o que acontece dentro das organizações a pratica abusiva de poder entre e empregado
1.2 COMO IDENTIFICAR TAL SITUAÇÃO?
A relação de assédio moral é de base triangular entre quem assedia a vítima e os demais colegas de trabalho, é no cotidiano destas relações que ambos deixam transparecer por suas condutas as diferenças entre assediador e assediado, alguns aspectos são fundamentais no reconhecimento desta prática. O assediador possui características que envolvem a personalidade, ameaças de perda de poder e controle de liderança negativa; por sua vez ao assediado faz menção a uma pessoa fraca, insegura de si e pouco competente. Atualmente o estereótipo do assediado tem sido questionado já que vários fatores contribuem para que este permita tal situação, pois o desemprego estrutural, a inconstância econômica do país, a dificuldade em prover o mínimo possível de subsistência à família são determinantes na omissão desta agressão ampliando as variáveis a serem inseridas nos estudos. Para Hirigoyen (2002) a conduta do assediador é agrupada em quatro categorias como exemplifica o quadro abaixo.
ATENTADOS ÁS CONDIÇÕES DE TRABALHO | Colocar a vítima em falta para fazê-la parecer incompetente. O agressor passa a recriminá- lá ao ponto de a conseguir afasta-la. |
. ISOLAMENTO E RECUSA DE COMUNICAÇÃO | Procedimentos dolorosos para a vítima, mas banalizados ou negados pelo agressor. |
ATENTADOS A DIGNIDADE | Gestos de desprezo, atitudes que desqualificam, são notados por todos, mas a vitima é tida como responsável por eles. |
VIOLÊNCIA VERBAL, FÍSICA OU SEXUAL. | Este tipo de violência surge quando o assédio já está instalado apesar de notado por todos a vítima está extremamente fragilizada e não tem o apoio de quem testemunha os factos. |
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