LEI MARIA DA PENHA: A EFICÁCIA DAS MEDIDAS PROTETIVAS
Por: vaniasco • 16/7/2016 • Monografia • 5.554 Palavras (23 Páginas) • 2.300 Visualizações
FACULDADE ANHANGUERA DE RONDONÓPOLIS - FAR
CURSO DE DIREITO
LEI MARIA DA PENHA: A EFICÁCIA DAS MEDIDAS PROTETIVAS
RONDONÓPOLIS-MT
2014
LEI MARIA DA PENHA: A EFICÁCIA DAS MEDIDAS PROTETIVAS
Pré-projeto apresentado como parte dos requisitos para obtenção do título de bacharel em Direito pela Faculdade Anhanguera de Rondonópolis – FAR.
Orientador:
RONDONÓPOLIS-MT
2014
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 OBJETIVOS 4
2.1 OBJETIVO GERAL 4
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 4
3 JUSTIFICATIVA 5
4 METODOLOGIA 7
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 7
4.2 COLETA DE DADOS 7
4.3 RESULTADOS ESPERADOS 7
5 CRONOGRAMA 8
6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 9
6.1 BREVE HISTÓRICO DA LEI MARIA DA PENHA 10
6.2 AS FORMAS DE VIOLÊNCIA 12
6.3 AS MEDIDAS PROTETIVAS DA LEI MARIA DA PENHA 17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21
- INTRODUÇÃO
A violência contra a mulher é considerada por qualquer ato ou conduta que tem base no gênero que venha a causar morte, dano, sofrimento seja ele físico, sexual, psicológico, material ou moral à mulher, tanto no que diz respeito a esfera pública como na esfera privada. Essa violência que vem acontecendo todos os dias e que tem apresentado resultados traumáticos também para os filhos, uma vez que não escolhe idade ou condição social.
O problema da violência doméstica é universal e vem sendo confundida com a própria história da família. Já que desde os primórdios, a mulher é aquela que nasceu para obedecer ao pai e depois ao marido, sem expressar qualquer direito, proibida de votar e ganhar o próprio sustento, só poderia exercer as atividades subalternas, limitadas ao cuidado com os filhos e com a casa. Nesse sentido, era submissa ao marido, o qual tinha a responsabilidade de trabalhar e ser aquele que trazia o sustento da mulher e dos filhos, desempenhando assim o poder sobre toda a família.
A violência doméstica contra a mulher tem representado, além dos aspectos políticos, culturais e jurídicos, um problema relacionado à saúde pública, devido a crescente constatação de que a violência doméstica está relacionada a traumas físicos e mentais, levando muitas mulheres a procurar constantemente os serviços de saúde.
Sabemos que tal acontecimento se fez presente em diversos momentos da nossa história e que foi somente após o advento da Lei 11.340/06, chamada de Lei Maria da Penha, em vigor há dois anos, onde o Estado brasileiro criou mecanismos para coibir este tipo de violência, tornando as punições para os agressores mais severas.
Nesse sentido, pretende-se com esse projeto demonstrar através da pesquisa bibliográfica se as medidas protetivas estabelecidas na Lei Maria da Penha são eficazes.
- OBJETIVOS
- OBJETIVO GERAL
Demonstrar através da pesquisa bibliográfica se as medidas protetivas estabelecidas na Lei Maria da Penha são eficazes.
- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Investigar os meios de proteção em favor da mulher vítima da violência;
- Sintetizar a evolução da Lei Maria da Penha;
- Apresentar as medidas protéticas previstas na Lei Maria da Penha.
- JUSTIFICATIVA
Este trabalho tem sua justificativa pautada na importância de se entender alguns aspectos relacionados à situação de uma mulher vítima da violência, e compreender se as medidas protetivas estabelecidas na lei são eficazes para que seja possível então auxiliar a mulher vítima da violência a compreender suas principais dificuldades.
Como já dissemos anteriormente, a violência contra a mulher geralmente ocorre dentro do lar, e o agressor ser, na maioria das vezes, alguém que já manteve, ou ainda mantém, uma relação íntima com a vítima. A violência pode ser caracterizada de diversos modos, seja por marcas visíveis no corpo, caracterizando a violência física, até formas mais sutis, porém não menos importantes, como a violência psicológica, que traz danos significativos à estrutura emocional da mulher.
Na década de 70 surgiram os primeiros movimentos feministas organizados e politicamente engajados em defesa dos direitos da mulher contra o sistema social opressor: o machismo. Até então os assassinos de mulheres ficavam impunes pelos crimes cometidos, uma vez que apresentavam argumento alegando legítima defesa de honra.
A Secretaria Especial de Políticas para mulheres, na pessoa de Rosana Heringer, que desempenha o papel de Coordenadora do Programa de Direitos da Mulher da ActionAid:
“No Brasil, os números são alarmantes: a cada 16 segundos uma mulher é agredida por seu companheiro e 70% das mulheres assassinadas foram vítimas de seus próprios maridos. Sabemos que este número nem corresponde inteiramente à realidade, já que grande parte das mulheres tem medo de registrar queixa e por isso muitos casos não entram para a estatística”.
Em 1981, no estado do Rio de Janeiro, foi criado o SOS Mulher que tinha como objetivo a construção de uma espaço destinado ao atendimento às mulheres que eram vítimas de violência, além de ser um espaço onde era possível a reflexão com relação as mudanças das condições de vida destas mulheres. O programa SOS Mulher não se foi desenvolvido apenas ao Rio de Janeiro, mas também chegou a outras capitais, como: São Paulo e Porto Alegre.
No Brasil, na década de 80, ocorreu forte mobilização contra a violência a mulher, onde os grupos buscavam parcerias com o Estado, com o objetivo de resolver essa situação. Com isso, várias conquistas, onde a mais recente é a aprovação da Lei nº 11.340/2006, que entrou em vigência no dia 22 de setembro de 2006.
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