Conflitos Multiculturais da globalização
Por: Emids • 26/4/2016 • Trabalho acadêmico • 496 Palavras (2 Páginas) • 474 Visualizações
CONSUMIDORS E CIDADÃOS
Conflitos Multiculturais da globalização
Néstor Garcia Canclini
Diferentes formas de Consumo
Emilie Drago RA0013O666
Publicidade e Propaganda
PUC SP
O texto de Canclini questiona o significado de consumir e fala sobre as diferentes formas de fazê-lo. Ele analisa as principais linhas de interpretação dentre muitas teorias, e parte da seguinte definição:
- ‘’O consumo é o conjunto de processos socioculturais em que se realizam a apropriação e os usos dos produtos. ’’ Esta afirmação propõe enxergar o ato do consumo como algo mais do que um capricho, comprar por simples prazer e individualismo como costuma ser analisado pelas pesquisas de mercado. Diversos estudos analisam o consumo como o momento em que se completa o processo de fabricar o produto, expandir o capital e aumentar a força de trabalho. Quem administra a distribuição de bens neste caso é o sistema econômico, que racionaliza como reproduzir a força de trabalho e lucrar com os produtos. Concordamos ou não, já foi selecionado quem consumirá quanto e o quê. Sendo assim as promoções e compras não acontecem por livre e espontânea vontade.
No entanto os estudos Marxistas duvidam da capacidade de influência das empresas sobre os consumidores, revela que o consumo também se manifesta uma racionalidade política interativa, e
- ‘’Consumir é participar de um cenário de disputas por aquilo que a sociedade produz pelos modos de usá-lo. ‘’ Esta definição por Manuel Castells diz que o consumo é um lugar onde acontecem os conflitos entre as classes sociais. Onde há produtos de diferentes níveis de qualidade, luxo e preço, o que separa as cadeias sociais. Por isso, em algumas pesquisas costuma-se ver o consumo como se só servisse para dividir, mas o real valor de um objeto não se mede apenas do que decide a elite da população, mas sim da cultura de onde vem cada pessoa.
- ‘’ Logo, devemos admitir que no consumo se constrói parte da racionalidade integrativa e comunicativa de uma sociedade. ‘’.
Em certa parte do texto, o autor questiona se o consumo popular é uma forma de auto-sabotagem dos pobres ou uma forma de incapacidade de progredir. Ele mesmo responde que o gasto em uma data comemorativa religiosa ou moral não somente justifica o gasto, mas sim o fato de que esta é uma das formas que a sociedade busca se organizar racionalmente e também encontrar um sentido para a vida.
- ‘’ Os rituais eficazes são os que utilizam objetos materiais para estabelecer o sentido e as práticas que os preservam. Quanto mais custosos sejam esses bens, mais forte será o investimento afetivo e a ritualização que fixa os significados a eles associados. Por isso, eles definem muitos dos bens que são consumidos como ‘’acessórios rituais’’, e vêem o consumo como um processo ritual cuja função primária consiste em ‘’dar sentido ao fluxo rudimentar dos acontecimentos. ’’
Algumas das formas obsessivas e viciosas de se consumir podem vir de uma insatisfação de espírito, segundo psicólogos.
- ‘’ Consumir é tornar mais inteligível um mundo onde o sólido se evapora. ‘’
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