Kant Paz Perpetua
Por: Bolívia de Sá • 9/6/2018 • Resenha • 573 Palavras (3 Páginas) • 269 Visualizações
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Curso de Relações Internacionais
Disciplina: Introdução ao Estudo das Relações Internacionais
Professor Thiago Gehre
Aluna: Bolívia de Sá MAT: 18047736
ATIVIDADE 3
PAZ PERPÉTUA PARA KANT
A obra “Paz perpétua”, de Immanuel Kant, é frequentemente apresentada como um contraponto idealista do realismo e parte do espectro liberal da teoria das Relações Internacionais. Na obra “Paz Perpétua”, Kant teoriza que a guerra entre Estados não deve apenas ser parada, vai além, e coloca que os conflitos internacionais devem se eliminados potencialmente como um todo. Kant apresenta com determinação a ideia que os Estados têm capacidade de ganhar respeito verdadeiro pela existência, direitos e interesses do outro.
Como “paz”, Kant entende uma condição totalmente nova e um avanço no processo da política internacional. Dessa forma, ele rejeita a noção que tratados e acordos que levam a trégua de batalhas ou competição entre Estados podem promover as bases para a paz, não importando o quão bem-sucedido e duradouro esses tratados podem ser. Coloca ainda que a manutenção de tropas militares para manutenção da paz, pode consumir ainda mais financeiramente e socialmente os estados que guerra e dominação.
Kant defende uma autonomia inerente a cada Estado. Argumenta por uma integridade interna de cada Estado que não pode ser possuída ou transformada em mercadoria. Assim, para Kant, a ideia de intromissão de Estado nas relações e assuntos de outros povos é intolerável. Como comunidades formadas separadamente, nenhum Estado tem autoridade sobre o outro. Isso forma as condições necessárias para conduzir ao fim da dominação internacional.
Nos três artigos definitivos da Paz Perpétua, Kant salienta o ponto de importância central das políticas de Estado para a paz internacional:
- A constituição civil de todo estado deve ser republicana.
- O direito das nações deve ser baseado em estados livres.
- Direito cosmopolita deve ser limitado a condições da hospitalidade universal.
A partir dessa lógica, ele imaginava que os Estados republicanos iriam procurar a paz um com o outro na forma de uma união federativa. Assim como uma república dever servir aos interesses de seus cidadãos e evitar o esgotamento de recursos naturais e humanos pela guerra, a união federativa seria atingida por um contrato do mesmo tipo. Kant enfatiza que essa união deve ser voluntária e em condições de igualdade entre os Estados.
No segundo artigo definitivo, Kant admite que seu ideal politico consiste na formação de um Estado Internacional. No entanto, reconhece que a impossibilidade da constituição de uma república mundial devido a dificuldade de submissão de todos os indivíduos a uma única organização política. Ele rejeita a possibilidade de uma soberania global, mas, mesmo assim, sugere que algo semelhante seja constituído.
Ao passo que distingue política como um aspecto aplicado do direito, ele aponta a moralidade como o componente teórico do direito. Dessa forma, entende que a politica na escala internacional terá sucesso apenas quando essas ramificações do direito forem adequadamente trazidas em balanço. A federação internacional que Kant almeja acontecerá quando uma posição moral particular vier conduzir a porção política do direito. E esse impulso moral é o que cada república irá adotar.
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