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OS CONFLITOS

Por:   •  29/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  6.077 Palavras (25 Páginas)  •  239 Visualizações

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I – INTRODUÇÃO

O que vamos apresentar neste trabalho é um pouco sobre os conflitos nas organizações e antes de tudo devemos entender o que é conflito, que sob a óptica do antigo paradigma, nada mais é que percepções e interpretações divergentes das partes sobre um determinado assunto. É sempre visto como algo negativo, um rompimento, um fim. Pela nova ordem sistémica, o conflito é um meio, uma oportunidade de reconstrução de realidades e motor gerador de energia criativa. 

Os conflitos existem desde o início da humanidade, o mesmo é fonte de ideias novas, podendo levar a discussões abertas sobre determinados assuntos, o que se revela positivo em algumas das vezes, quando positivo permite a expressão e exploração de diferentes pontos de vista, interesses e valores, ou seja, em certos momentos e em determinados níveis, o conflito pode ser considerado necessário, caso não queira entrar num processo de estagnação. Assim os conflitos não são necessariamente negativos; a maneira como lidamos com eles é que pode gerar algumas reacções. 

I – OBJECTIVO DE ESTUDO

I.I – Objectivo Geral: Descrição sobre Conflitos.

        I.II – Objectivo específico

  • Conhecer os principais tipos de conflitos;
  • Identificar as causas dos conflitos;
  • Saber quais são os principais mediadores de conflitos.

II – METODOLOGIA UTILIZADA

Para a realização deste trabalho, reuniram-se as condições para a obtenção dos dados a respeito do presente tema e visto que a carência de matérias relacionados com o tema nos livros, usou-se principalmente como fonte de pesquisa alguns websites ou seja a internet.

III - FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Será o elemento integrador de se viver em diferentes grupos sociais e no seio da interacção com os outros que surgem os conflitos? O conflito é uma tensão que envolve pessoas ou grupos quando existem tendências ou interesses incompatíveis. Na verdade, o antagonismo de interesses é, pois, uma hipótese plausível para a origem dos conflitos, quer sejam de ordem ideológica, cultural, religiosa, económica, cultural ou política.

É também suficientemente ampla, abarcando a escassez de recursos, o antagonismo de crenças e as assimetrias de poder. Uma vez instalados, os conflitos podem ser reactivados e alimentados pelos preconceitos e atitudes negativas.

De facto, o conflito enfatiza uma perspectiva negativa, com aspectos perturbadores em relação à organização social e um exemplo de um conflito onde está presente esta “versão” negativa é o desentendimento israelo-árabe, cujo processo se tem vindo arrastar há mais de 50 anos, sem trazer benefícios para nenhuma das partes. Porém, esta faceta desagradável dos conflitos não pode esconder o papel favorável da sua dinâmica para a mudança e progressos sociais.

CAPÍTULO I – DEFINIÇÃO DE CONFLITO

Como acontece com todos os conceitos das ciências psicossociais, o que se entende por conflito não é unânime, antes corresponde a uma série de ideias com traços comuns e matrizes diferenciadas.

Para Smith e Mackie (1995), o conflito é uma percepção que as partes envolvidas numa interacção têm, sobre a incompatibilidade das metas, de tal que o que uma das partes quer é considerado prejudicial pela outra parte.

Uma definição mais completa é a oferecida pela intermediación (grupo espanhol que oferece os seus serviços de mediação através da Internet), para quem o conflito é uma incompatibilidade entre condutas, percepções, objectivos e/ou afectos entre indivíduos ou grupos, que definem as suas metas como mutuamente incompatíveis. Neste sentido, manifesta-se também Deutsch (1977) que expõe que o conflito acontece quando existem actividades incompatíveis entre si.

A definição de Touzard (1981) é, sem dúvida, a mais extensa e complexa. O conflito seria uma situação na qual uns «agentes» ou procuram metas diferentes ou defendem valores contraditórios, ou têm interesses opostos ou distintos, ou procuram de uma forma simultânea e competitiva uma mesma meta, sendo comum nestas situações a pretensão de controlar a conduta do adversário, seja como meio para conseguir os objectivos, seja como o objectivo em si mesmo.

Como vemos, destas definições depreende-se que para falar em conflito devem verificar-se as seguintes circunstâncias:

  • Que exista interacção de, pelo menos, dois indivíduos ou grupos 8embora se possa falar de conflito intra sujeito).
  • Que se perceba ou exista uma incompatibilidade entre as metas, condutas, interesses ou valores próprios e do outro.
  • Que pelo menos uma das partes considere uma situação como injusta ou incompatível.

O termo conflito define o conjunto de duas ou mais hipotéticas situações que são exclusivas, isto é, que não podem ter lugar em simultânea (por serem incompatíveis).

Para o Alemão Ralf Dahrendorf, o conflito é um facto social universal e necessário, que se resolve com a mudança social. Karl Marx, pela parte que lhe toca, era da opinião que o conflito tinha a sua origem na dialéctica do materialismo e na luta de classes.

As teorias que existem sobre o conflito social permitem explicar a necessidade social de ordem e integração, que se traduz no desenvolvimento de políticas de consenso ou de coacção. Em ambos os casos, o conflito constitui-se como o factor da mudança social e como parte da dinâmica social perante o consenso.

Com o desenvolvimento da teoria do conflito, este começou a ser visto como um aspecto funcional da sociedade. Antigamente, o conflito era analisado a partir de uma perspectiva moral (como a guerra santa) ou justa. Também podia ser tido em conta como o direito à rebeldia (de acordo com John Locke) ou como uma consequência da referida luta de classes. A partir do funcionalismo e da teoria do conflito, passou a ser considerado como sendo uma relação social com funções positivas para a sociedade, desde que a sua potencialidade destrutiva e desintegradora pudesse ser mantida sob controlo.

O conflito nas relações internacionais é analisado com base em diversas posturas. Uma delas é a teoria do choque de civilizações, que explica os grandes movimentos políticos e culturais da história através das influências recíprocas que as várias civilizações exercem entre si. Neste contexto, uma civilização é uma cultura fechada com uma tradição hermética e impermeável, que entra em conflito na hora de se relacionar com as outras civilizações diferentes.

Diz-se que a revolução e a guerra são conflitos totais, onde se procura a mudança através da força e recorrendo à violência.

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