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Os Atos 27 - Dissertação

Por:   •  15/6/2019  •  Dissertação  •  1.713 Palavras (7 Páginas)  •  168 Visualizações

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Atos 27

1-        Paulo foi enviado de navio para Itália porque apelou a Cesar. Por mar era o caminho mais rápido. Antes de ser determinado, por Festo, a sua ida foi determinada por Deus (Atos 9:15). Deus tinha um serviço para ele fazer lá. Ele foi entregue aos cuidados de Júlio, um centurião da Coorte Augusta (uma das explicações é que se tratava de um destacamento de Augusto que se refere aos frumentarii, um corpo imperial especial de oficiais que servia como uma espécie de departamento de ligação por correios entre o imperador e os estabelecimentos militares nas províncias, e também no transporte de presos).

2-        Embarcando em um navio Adramitino. De Adramito, cidade de Misia. Os companheiros de Paulo na viajem eram alguns prisioneiros que também foram colocados sob custodia do centurião para serem levados também à Roma. Paulo estava ligados a eles como Jesus aos ladrões que foram crucificados com Ele. Aristarco era um deles, ele aparece como companheiro de Paulo em sua terceira viagem pela Ásia (Atos 19:29, 20:4). Aristarco é descrito por Paulo como meu companheiro de prisão (Colossenses 4:10) e como companheiro de trabalho (Filemon 1:24). Na Igreja Ortodoxa e na Igreja Católica Oriental, ele é identificado como sendo um dos Setenta Discípulos e um bispo de Apameia, na província romana da Síria. Ele também é comemorado como um santo e um mártir.

3-6        Enquanto os negócios detiveram o navio em Sidom, Júlio permitiu que Paulo fosse visitar seus amigos ali a fim de refazer-se, e seria muito revigorante para ele. Júlio deixa aqui um exemplo para que as pessoas de autoridade sejam respeitosas com aqueles que se acham dignos de seu respeito, e usem sua autoridade para fazer a diferença. Paulo não ficou tentando escapar, o que poderia fazer, mas pela honra ele fielmente volta ao seu encarceramento. A viagem foi lenta desde o início, e o navio teve dificuldades para circundar o extremo leste de Chipre, mas o vento estava contrário, costeando a Cilicia e Panfília antes de chegar ao porto de Mirra, na Lícia. Ali Júlio transferiu o seu grupo para um navio alexandrino com carga de trigo com destino a Roma. Provavelmente era um navio contratado pelo governo, e Júlio seria o principal oficial a bordo.

7-8        Grandes navios a vela podiam mudar de rumo até certo ponto, mas os persistentes ventos frontais tornaram o avanço muito difícil quando partiram de Cnido. Chegando à Bons Portos, que não era o porto que eles desejavam e sim um porto seguro.

A ilha tem uma forma alongada, com 260 km na direção leste-oeste e 60 km na direção norte-sul na sua parte mais larga. Na parte mais estreita, o istmo de Ierápetra, a distância entre as costas sul e norte é de apenas 12 km.

Creta é uma ilha montanhosa, encontrando-se as serras mais elevadas ao longo de uma sucessão de altas cordilheiras que praticamente percorrem a ilha de leste a oeste e das quais se destacam, nesse sentido:

As Montanhas Brancas que se elevam até aos 2 453 metros no monte Pachnes.

A cordilheira do monte Ida ou Psilorítis, cujo nome se deve à montanha mais elevada (2 456 m), e da qual também faz parte o monte Cédros (1 777 m).

Os montes Dícti, cuja montanha mais alta é Spathi (2 148 m).

A cordilheira de Trípti, cuja montanha mais alta é Afentis (1 476 m).

9        Paulo os aconselhou que seria melhor passar o inverno onde estavam até que chegasse uma melhor estação do ano para navegarem. E o jejum já havia passado, jejum anual dos judeus, o Dia da Expiação um dia de afligir a alma com jejum, era o grande Dia do Juízo, no qual o sacerdote entrava no local Santo dos Santos para a expiação. Até hoje, é comemorado o ''Yom Kippur" pelos judeus, o Dia da Expiação, ou Dia do Perdão. Expiação comunica a ideia de cobrir o pecado mediante um “resgate”, de modo que haja uma reparação ou restituição adequada pelo delito cometido (Êx 30.12; Nm 35.31; Sl 49.7; Is 43.3).

10-14        Por revelação de Deus ou observando a determinação deles em prosseguir a viagem e não observar o perigo de viajar naquela estação do ano, que a navegação seria incomoda e com muito dano. Os bens a bordo seriam perdidos e seria um milagre da misericórdia de Deus eles sobreviverem. E Júlio, sendo a mais alta autoridade teve que decidir, confiando no capitão e no dono da embarcação decidiu seguir viagem, não aceitando a opinião de Paulo. Saindo dali, que para eles não era um porto cômodo, tentaram ir para Fênice. Um vento sul pareceu prometer uma passagem tranquila para Fênice, mas a predição que Paulo havia feito acerca de um desastre se cumpriu tão logo que um violento vento (Euroaquilão) nordeste atingiu o navio com tamanha força que a única solução foi deixar ser levado por ele sem controle somente com as velas.

15-18        Esse era um vento mandado por Deus, tão violento que levantava ondas como as que perseguiram Jonas, embora Paulo estivesse seguindo à Deus e indo a seu serviço, e não como Jonas correndo de Deus e de seu dever. Mas à frente conseguiram trazer a bordo o escaler, que era o barco salva-vidas rebocado pelo navio, e começaram a reforçar o navio e baixaram as velas e agora estavam à deriva. No dia seguinte lançaram as ancoras com medo de encalhar o barco nos bancos de areia, assim como em Salmos 107:26,27, estavam eles, sendo chutados como uma bola em uma partida de futebol, tentaram aliviar o navio jogando fora a carga de trigo.

19-26        No terceiro dia começaram a lançar ao mar tudo que podiam para aliviar o peso do barco, com 276 pessoas a bordo, e já a alguns dias sem verem nem o sol nem as estrelas, também fugiu a esperança de se salvarem. Nenhuma habilidade marítima serviu para nada na situação, mas o servo de Deus recebeu uma mensagem que não era só para ele, mas também para o povo amedrontado a bordo. Ao falar a eles, lembrou-lhes do seu conselho rejeitado em Bons Portos. Não havia nada de errado nisso de acordo com o modo simples de Paulo pensar, e sua autoridade foi reforçada quando ele lhes transmitiu uma mensagem de ânimo. Havia um Deus supremo, a quem ele adorava e servia, e a quem pertencia. O seu Deus havia enviado um anjo para confirmar os seus propósitos para o seu servo, dizendo: Paulo, não tenha medo. E preciso que você compareça perante César; Deus, por sua graça, deu-lhe a vida de todos os que estão navegando com você (v. 24). Paulo aceitou a mensagem de Deus com fé sincera, sabendo que as coisas aconteceriam exatamente como ele tinha sido informado.  Como algo claro para o seu próprio espírito profético, acrescentou que seriam arrastados para alguma ilha.

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