Crise Hídrica em São Paulo

Causas da crise Hídrica em São Paulo

No ano de 2013-2014 a região sudeste passou por situações fora do comum, de dezembro a março (periodo que o ocorre o verão), a região recebeu um dos verões mais intensos dos ultimos tempos , segundo as medições e, anteriormente a isso de junho a setembro a região enfentrou um dos invernos mais rigorosos.

Durante dezembro até março, o sudeste costuma receber chuvas intensas, mas em 2014 isso não ocorreu. Essas chuvas ocorrem devivo a uma massa de ar quente (mTa) que se forma no atlântico e se choca com uma massa de ar fria (mPa) que vem do sul, essas massas se chocam na borda do continente e isso gera chuvas intensas no sudeste. Porém em 2013-2014 a mTa formou-se sobre o continente, cobrindo parte do sudeste (SP, RJ, MG) e parte do sul (PR, SC, RS).  Com isso o choque das massas ocorreu nas bordas da mTa, enquanto o centro não havia contato e, SP, RJ, MG (parte) e outros lugares estavam exatamente no centro da massa de ar quente.

As chuvas ocorreram somente nas bordas de contato, e isso fez com que toda a chuva que deveria cair no sudeste e sul,  acabou caindo na Argentina, Uruguai e uma pequena parte de Porto Alegre-RS, ou seja, essas regiões recebeu toda a chuva que deveria cair no sudeste e sul do Brasil, essas chuvas foram tão intensas que lugares como Buenos Aires, algumas cidades do Uruguai  aconteceram terriveis inundações.

Porém não podemos culpa apenas o fator climatico pela falta de água em São Paulo, o estado tem um crescimento populacional absurdo nos últimos anos e, como os reservatorios tem uma capacidade limitada de guardar água, em algum momento se o crescimento continuar o mesmo não será possível fornecer água a todos, "o consumo seria maior do que a oferta".

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A mancha urbana de 1962 até 2002 cresceu de 874 km² para 2209km ², ocorreram ocupações nos cinturões verdes da região, como na floresta da Cantareira e Serra do Mar, as floreste são de grande importância para ocorrência de chuva, principalmente no entorno das represas.

O suprimento de água da Cantareira, vem de cidades que estão no norte do estado, como Mariporã, Caieras, Vargem.

Em volta das cabeceiras dos rios é preciso ter mata ciliar, pois ela que garante umidade na nascente do rio, controla o assoreamento etc, porém nos últimos anos vem ocorrendo uma ocupação dessas áreas e, essa ocupação vem sendo feita tanto uma camada pobre como uma camada rica da população. Porém a ocupação feita por pessoas pobre acaba acontecendo sem o conhecimento do estado, quando o estado toma conhecimento a área já está ocupada,  já a camada rica da população, o estado tem conhecimento antes de acontecer, pois é necessário pedir autorização do estado para desmatar tal área etc, um dos fatores que contribuem para o interesse de construir condominios nessas áreas afastadas vem da expeculação imobiliaria. E essas ocupações afetam tanto a quantidade de água disponivel, como a qualidade da mesma, fazendo com que a água ficasse mais cara, pois é necessário tratar mais a água e reduzindo a água disponivel, essas áreas não poderiam ter ocupação em hipotese alguma, pois são essencias para o fornecimento de água.

Também temos o fator de conscientização da população, muitas pessoas consomem água sem se dar conta de que aquilo é um recurso limitado e, depende da cooperação de todos, também temos que São Paulo conta com uma tubulação muito antiga, isso faz com que se tenha diversos vazamentos, a Sabesp diz que gira em torno de 27% de água perdida até chegas nas residências, já a Folha de São Paulo diz que esse valor é de 40% só no Sistema Cantareira.

O governo também não vem contribuindo, como fazendo campanhas para que todos econimizem água, a alguns anos atrás o governo praticava o oposto, ele dava bônus para quem consumisse muito.

O governo também estimula a ocupação de áreas de manancial, um exemplo é a obra do rodoanel, uma obra extremamente importante para São Paulo, devido ao grande fluxo de veiculos, porém por ser uma obra construida afastada da cidade, que em muitos casos são áreas florestadas, e automaticamente onde se constroi uma obra de alto porte como o rodoanel, obrigatoriamente em nosso país há urbanização em seu entorno, e isso gera o desmatamento da área, tanto que há denúncias, principalmente na zona norte e sul, que a obra estava sendo feita de forma irregular, desmatando áreas que estavam fora do planejamento, porém por se tratar do rodoanel as denúncias foram ignoradas.

Muitos especialistas já alertavam que a água iria acabar em 2014 em São Paulo, porém o ano de 2014 foi um ano conturbado, ocorreram as eleições, Copa do Mundo e o governo não queria gerar pânico, as previsões mais otimistas é de que a água se esgotaria em setembro já as pessímistas em julho, porém foi utilizado o volume morto e a situação foi controlada no momento.

Tanto a Sabesp como o governador de São Paulo, desde meados de 2008 já sabiam que se ocorrer uma seca grave no estado o sistema não iria suportar a demanda, devido ao aumento desproporcional das cidades e da quantidade de habitantes, as projeções já são feitas desde a decada de 80, o governo tomou algumas medidas, mas foram insuficientes. No ano de 2010 São Paulo teve um das piores enchentes, os sistemas estavam acima dos 100%, muita água foi jogada fora, o abundancia de água foi tanta que trouxe serios problemas para a cidade, como desabamentos, alagamentos e enchentes. Como governantes em grande maioria governam com medidas de curto prazo, a dificuldade de alguém apresentar um laudo afirmando que o sistema de abastecimento é falho na cidade e que irá faltar água no caso de uma seca num periodo em que se tem um das maiores cheias dos ultimos tempos, é algo extremamente dificil.