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A crise da Água em São Paulo

Por:   •  20/4/2015  •  Dissertação  •  846 Palavras (4 Páginas)  •  371 Visualizações

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A falta de água na cidade de São Paulo, não é mais uma possibilidade, um chute, um talvez. A certeza de que viveríamos uma escassez de recursos hídricos já se confirmou desde 2013, quando o sistema Cantareira, que abastece 55% da Região Metropolitana de São Paulo começou a ficar escasso e quase secar. Hoje ele está operando com 5,2% do segundo volume morto (http://www.temaguanacantareira.com/).

Um documento elaborado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente em 2009 previa uma crise no Sistema Cantareira no ano de 2015. Encomendado pelo governo de José Serra, do PSDB, o relatório “Cenários Ambientais 2020” projetava um verdadeiro caos por falta de recursos hídricos, caso medidas não fossem tomadas urgentemente.

Apesar de ter sido encomendado pelo PSDB, o relatório foi totalmente ignorado pelo mesmo, deixando a população sem respostas para a pergunta mais aterrorizante dos últimos tempos: teremos água amanhã?

Para muitas pessoas, em especial as que moram em áreas menos favorecidas da cidade de São Paulo, como Guaianazes, a resposta “não” já é uma realidade. Felizmente, considerando o pior cenário possível descrito no relatório, vez em quando é liberada uma limitada quantidade de água. De maneira extraoficial já que nenhum racionamento havia sido anunciado pela Sabesp, nem pelo governo, e nem por ninguém, até o fim de janeiro.

A falsa promessa de que não faltaria água em São Paulo (https://www.youtube.com/watch?v=5PXQ1P0C0PQ) feita pelo Governador Geraldo Alckmin, é, antes de qualquer coisa, um verdadeiro choque de realidade quando ao abrir as torneiras de casa, elas estão completamente secas. A promessa de que tudo ficaria bem começa a escorrer pelos dedos e se desfaz em mil pedaços, nos obrigando a enxergar pela primeira vez a terrível situação que estava diante dos nossos olhos há muito tempo.

Os anúncios da Sabesp e a falta de anúncios do Governo

Mais aterrorizante ainda foi o anúncio da Sabesp, feito em janeiro, de que poderia haver um rodízio de 5x2 (http://brasil.elpais.com/brasil/2015/01/27/politica/1422378312_521859.html) – sendo 5 dias sem água e apenas 2 com para toda a cidade –, foi o primeiro grande choque de realidade batendo na porta de quem ainda não estava passando por “racionamento” ou “redução” de água em casa.

Durante o ano de 2013, o governador utilizou diversos termos para falar da crise hídrica sem jamais citar racionamento, diminuição da pressão de água, ou qualquer coisa que pudesse afetar a comodidade dos paulistanos.

Foi também a primeira vez que todos os jornais da cidade publicaram a sua preocupação com a crise hídrica. O dia seguinte ao anúncio da Sabesp, as capas dos dois maiores jornais de São Paulo – Folha e Estadão – estampavam fotos atuais do sistema Cantareira praticamente seco e falavam sobre o rodízio drástico.

Um dia antes, 26 de janeiro, a Sabesp anunciou a redução de pressão no sistema de todos os paulistas. Agora é possível consultar através do site da Sabesp (http://site.sabesp.com.br/site/reducao/reducaopressao.html), em qual horário será “diminuída” a pressão de diversos bairros.

Especialistas já confirmaram que a água do volume morto pode causar danos a saúde (http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/04/25/tratamento-inadequado-do-volume-morto-traz-riscos-entenda.htm) e essa já era uma realidade antes das eleições de 2014, a qual Geraldo Alckmin foi reeleito como governador do Estado.

Como foi possível Alckmin se reeleger?

Por todos os lados era possível perceber que alguma coisa estava errada, ainda que não houvesse um racionamento declarado, milhares de pessoas já sofriam com a redução de pressão, falta e uso da água do volume morto.

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