A Dignidade Humana
Por: Bruno Hister • 5/6/2020 • Projeto de pesquisa • 1.443 Palavras (6 Páginas) • 182 Visualizações
COLÉGIO ESTADUAL AUGUSTO MEYER | AULA PROGRAMADA DE 03/04 ATÉ 30/04/20 | TOTAL DE CARGA HORÁRIA DA DISCIPLINA NESTE PERÍODO: |
Componente Curricular: SOCIOLOGIA | ano: 2 ANO | Turma:TODAS |
Professor (a): NAIAMA PORTO | Aluno (a): | |
DATA DE ENTREGA: retorno das aulas | ||
PLANO DE AÇÃO PARA CUMPRIMENTO DE CARGA HORÁRIA E FREQUÊNCIA ESCOLAR DO ALUNO, GARANTIDO SOB FORMA DA LEI, CONFOME ESTABELECE O ARTIGO 205 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988; E ATIGO 23, PARÁGRAFO 2º DA LDB9394/96, PARECER CEB 38/2002. OBJETIVOS:
JUSTIFICATIVA: DEVIDO AO CONTEXTO E A EXPECIONALIDADE OCASIONADA PELA SITUAÇÃO INSTALADA NA ÁREA DA SAÚDE PÚBLICA, DECORRENTE DA PANDEMIA DE COVID-19, ESTÁ ESTABELECIDA ATIVIDADES A SEREM TRABALHADAS Á DISTÂNCIA A FIM DE CUMPRIR A CARGA HORÁRIA E COMO ESTRATÉGIA PARA O CONTROLE DE FREQUÊNCIA DO ALUNO. FICA A CRITÉRIO DE CADA PROFESSOR O TIPO DE ATIVIDADE, DENTRO DE SEU COMPONENTE CURRICULAR, SENDO ESTE O INSTRUMENTO LEGÍTIMO PARA TAIS CONTROLES. QUALQUER AVALIAÇÃO SERÁ A PARTIR DA DATA DE ENTREGA DESTE PLANO JÁ CITADO NESTE CABEÇALHO. ESTE É UM PLANO DE ATIVIDADES E NÃO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO, CONFORME JUSTIFICATIVA. | ||
PLANO DO PROFESSOR(A): ORIENTAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DA ATIVIDADE Prezado aluno leia a reportagem abaixo e elabore um texto sobre a importância da Dignidade humana, o texto deve conter: título, introdução, desenvolvimento e conclusão. (min. 20 linhas) |
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Dignidade humana: uma herança
necessária para o pós-coronavírus
GABRIEL GRAÇA DE OLIVEIRA
21 DE ABRIL DE 2020
[pic 2]
A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS. FOTO: AFP
A pandemia acelerou uma crise anunciada: a sociedade mercadológica nunca deu conta das necessidades humanas mais essenciais
A covid-19 apresentou a todos os que habitam este pequeno planeta azul uma importante convocação: do dia para noite, a vida passou a ser “o foco” de atenção da espécie humana. Negros, brancos, homens, mulheres, homossexuais, heterossexuais, transgêneros, cristãos, judeus, muçulmanos, abonados e desfavorecidos. Todos atentos aos noticiários, às redes sociais, de olho nas estatísticas epidemiológicas do novo coronavírus.
O medo da morte, seja pela contaminação ou seja pela fome, parece ter deixado para segundo ou terceiro plano as diferenças decorrentes das diversidades… Será? Onde estão as tenebrosas notícias sobre feminicídio? O homicídio monstruoso de transgêneros? Não lhes roubam mais a vida? Onde estão os que lhes condenam à morte? Em isolamento social ou atuam ainda mais livremente sob o lusco-fusco desses dias que amanhecem para o pesadelo?
Provavelmente só saberemos ao certo mais à frente, mas enquanto isso talvez valha a pena aproveitarmos o tempo presente, esse tempo com o qual não contávamos, para nos provocarmos e exercitarmos a bem- aventurada faculdade humana de refletir sobre as grandes e profundas mudanças que as contingências atuais impõem.
Em um piscar de olhos, tivemos que mudar a forma como nos relacionamos com o tempo e o espaço, dimensões nas quais nos inscrevemos existencialmente. Muitas urgências de prazo desapareceram como por encanto; a casa onde habitamos, por mais simples que seja, transformou-se no lugar ideal, porque não há pedaço de chão no mundo que controlemos melhor. E assim instalou-se, na mais própria de nossas realidades, a maior de todas as novidades: a necessidade de aprender a viver uma vida completamente diferente.
Sim, porque o futuro ainda é incerto! Quando findará esse tempo de isolamento social? Alguém sabe? A despeito da disponibilidade de leitos de UTI das últimas semanas, os óbitos no Brasil – e em vários países do mundo – têm subido obstinadamente compondo gráficos eloquentes. Os caminhões frigoríficos que começam a aparecer na cena hospitalar brasileira são contundentes!
[pic 3]
COM A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS, DO DIA PARA NOITE, A VIDA PASSOU A SER “O FOCO” DE ATENÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA (FOTO: GUILHERME GANDOLFI/FOTOSPÚBLICAS)
Até que surja uma vacina ou tratamento efetivo, teremos que buscar, com o melhor de nossos esforços, não nos contaminarmos para, inclusive, não contaminarmos o próximo. É exatamente nessa perspectiva sanitária e moral que se instaura a necessidade de aprendermos uma nova maneira de nos relacionarmos com o “outro”, em todos os sentidos.
Nesse terreno certamente desconhecido para todos, há caminhos já percorridos pela população LGBT. Para começar, é provável que a palavra “diferente” assuste menos. Desde a mais tenra idade, muitos tiveram que aprender a lidar com o fato de não serem iguais à maioria.
É possível que transgêneros intimados pela vida a transcender o próprio corpo, na expressão do amor, possam agora nos ensinar a mantermo-nos afetivamente conectados, apesar da ausência física; LGBTs que são HIV positivo talvez possam nos ensinar como é suportar a dor de ser visto como um vetor de contaminação. É bastante razoável supor que pessoas que, pela falta de configurações familiares modelares, e que tiveram que
enfrentar o medo da solidão, tenham agora maior sensibilidade e conhecimento para ajudar aqueles que, apesar de terem família, encontram-se absolutamente sozinhos.
É que foram e são muitos os casamentos engendrados pelas conveniências, pavimentados pelos reforçadores sociais. Deram origem a verdadeiras prisões domiciliares: as pessoas sofrem porque não tiveram tempo e nem oportunidade de aprender sobre si mesmas, de identificar suas reais necessidades; pouco sabem de si e quase nada do outro. Acreditaram nas promessas de felicidade da sociedade de consumo, operam segundo essa lógica e esperam de suas relações conforto, prazer e status.
A pandemia atual acelerou, a meu ver, uma crise já anunciada por Zygmunt Bauman. Os modelos de relação “propostos” pelas sociedades mercadológicas nunca deram conta das necessidades humanas mais essenciais. Antes resultaram numa busca frenética por sucedâneos e valores cujos objetivos são sedar a dor fantasma de uma autoestima culturalmente amputada.
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