Resumo de Didática - Capítulo 2 Libâneo
Por: daniellybio22 • 17/4/2023 • Resenha • 1.331 Palavras (6 Páginas) • 215 Visualizações
Resumo de Didática - Capítulo 2 Libâneo
O objetivo da escola púbica é preparar os jovens para a vida em sociedade e isso se dá pela instrução (conhecimentos sistematizados, promove o desenvolvimento das capacidades intelectuais dos alunos) e ensino (ações necessárias para a realização da instrução, é o processo em conjunto de ensino e aprendizagem).
A escola cumpre seu papel social e político ao promover o saber sistematizado, contribuindo assim com a formação humana dos alunos e a democratização do ensino. Porém, isso acontece na prática? (o capítulo responde isso).
A escolarização e as lutas democráticas
Democratização: conquista coletiva das condições materiais, políticas, sociais e culturais que possibilite à população participar da tomada de decisões políticas e governamentais.
O conhecimento necessário é aquele conhecimento que possibilite o aluno continuar seus estudos e para tarefas sociais e profissionais.
A escolarização básica permite aos alunos desenvolverem habilidades como raciocínio lógico, observação, pensamento independente, que são indispensáveis para as lutas democráticas. Infelizmente a escola não está cumprindo seu papel, os recursos são escassos, mal empregados, a infraestrutura está sucateada, o analfabetismo entre pessoas com díades entre 5 e 14 anos é preocupante, é visível o descaso com a educação.
Outro problema é a discriminação com os alunos mais pobres, a escola pensa em adaptar os alunos as regras sociais e inseri-los na sociedade e não se preocupa em conscientiza-los para transformação e reforma. Quando um aluno não se adapta a tais normas ele se desinteressa e abandona os estudos, e por isso a escola o culpa, dita que a responsabilidade é puramente dele, do seu interesse, não vê os problemas estruturais e sociais que estão ali. O sucesso ou fracasso escolar não depende puramente do aluno, a sociedade é marcada pela desigualdade e ela reflete na escola, não se pode ignorar isso, a educação para ser justa, democrática e de qualidade deve levar isso em consideração.
Para que o vínculo entre escolarização e lutas pela democratização é necessário duas frentes de atuação, política e pedagógica. A atuação política: professores envolvidos com movimentos sociais, reivindicações sindicais, lutas em defesa da escola unitária, democrática e gratuita.
Escola unitária: deve garantir uma base comum de conhecimentos num plano de estudos básicos nacional, garantindo um padrão de qualidade do ensino para toda a população. Cabe também as organizações estaduais e municipais partirem da realidade local, e dos conhecimentos populares e culturais dos educandos para o processo de escolarização.
Escola democrática: deve garantir a todos os alunos permanência por no mínimo 8 anos, levando em conta as características específicas de cada aluno além, também deve ter na escola uma participação em conjunto dos professores, pais e coordenação.
Escola gratuita: é um direito.
Para entender os problemas da escola é necessário entender os problemas estruturais da sociedade, a desigualdade é um dos problemas, a pobreza obriga as pessoas a trabalhar mais ainda, crianças que deveriam estrar na escola precisam ajudar com as contas, com a comida, por isso os educadores devem participar das lutas sociais.
O trabalho também se faz dentro da escola, ler, escrever, entender a matemática, a história, são requisitos para a vida em sociedade e a vida profissional, se a educação for de baixa qualidade empurra os alunos com menores condições ainda mais para baixo. A escola precisa pensar, planejar, escolher os objetivos para cumprir realmente o seu papel, além disso, ela deve pensar nas condições e na realidade social dos educandos, deve pensar na individualidade de cada um e na diversidade de experiências, deve fazer um diagnóstico e dai traçar um plano que atenda a maioria.
O fracasso escolar precisa ser derrotado
Dados de algumas pesquisas comprovaram que o fracasso não é atribuído a apenas uma causa, mas um conjunto de fatores, dentre eles: condições sociais, condições físicas e psicológicas e o despreparo da escola para aplicar procedimentos didáticos com crianças pobres.
Exemplos: aluno favorito é aquele que tira as melhores notas; o professor prever quem ficará reprovado (geralmente alunos “marcados”, por algum histórico e ninguém acredita neles, isso me lembra a turma do filme escritores da liberdade, que a Antonilda passou); idealizar um aluno e não levar em consideração as suas condições, os que não se encaixam são taxados como atrasados, preguiçosos;
É comum na alfabetização a culpa do fracasso ser colocada nos pais ou na genética isso não deve acontecer, é claro que o meio também influencia no desenvolvimento, se os estímulos forem de desenvolvimento a criança progredirá, se o meio social em que ela vive não fornece esses estímulos o meio educacional (professor e escola) devem prover esses estímulos. A ideia da criança não aprender por ser imatura é incorreta.
As deficiências na organização: tempo de aula reduzido, falta de professores, programar muito extensos ou muito simplificados, suspensão de aulas, expulsão dos alunos do prédio, aulas remotas sem suporte, apostilados imensos e cansativos, troca de professores do nada (as palavras que estão em negrito eu que adicionei, não tem no texto, são só outros exemplos reais).
A escola, o currículo, os métodos pedagógicos, dentre outros fatores levam ao fracasso escolar, é necessário que isso seja combatido, a qualidade de ensino precisa ser elevada, ou seja, os processos precisam ser adequados aos alunos mais pobres, as dificuldades dos alunos não são puramente biológicas, são baseadas na organização social e política,
O trabalho docente consiste em compatibilizar conteúdos e métodos com o nível de conhecimentos, experiências, desenvolvimento mental dos alunos.
Para que a luta aconteça é necessária a alfabetização, é por meio dela que o aluno se expressa, analisa e compreende o mundo ao seu redor, ela o permite que ajam socialmente e politicamente com liberdade.
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