Um diário no sentido estrito do termo, pontos principais.

Um diário no sentido estrito do termo, pontos principais.

• Malinowski se torna reconhecido pela sistematização metodológica e por evidenciar a importância da coleta de dados que deveriam ser registrados em um diário de campo;

• O autor expõe a necessidade de ir a campo para entender a cultura na percepção do nativo;

• Ele tem seu diário pessoal encontrado após a morte de Malinowski em 1942 e publicado em 1967 por decisão da viúva do autor;

• Não se destinava à publicação;

• O autor escreve para si mesmo tudo o que lhe vem à mente de 1914 a 1915, entre os mailu, e de 1917 a 1918, em Trobriand;

• Malinowski escreve o diário por estar longe de casa e ter necessidade de se controlar, para manter a sanidade etc.;

• Em certo sentido, diário pessoal e diário etnográfico se opõem, e não é difícil perceber que o primeiro rende mais quando o autor fica paralisado frente ao segundo, existe a tendência de escrever mais sobre as questões que te aflige no campo do que suas percepções sobre a cultura;

• O autor relata a raiva, nojo e aversão aos nativos, fala sobre as brigas que teve com outros europeus que estavam lá. As coisas que ele falava sobre as pessoas causou grande repercussão após a publicação, uma vez que esses textos eram o oposto das suas análises culturais;

• Malinowski passa a ser criticado pela a antipatia que tinha pelos nativos, o abuso de drogas como arsênio e cocaína são relatados no diário

•  Qual a mensagem principal transmitida pelo diário? Que por trás da objetividade buscada pela pesquisa de campo/antropológica, existe a influência da subjetividade do pesquisador no convívio com os “outros” e no olhar que é lançado sobre eles, em outras palavras, por mais que o pesquisador procure compreender a cultura do outro, ele jamais será o outro e sua subjetividade irá influenciar em suas análises.

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