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Durkhein

Por:   •  16/4/2015  •  Resenha  •  811 Palavras (4 Páginas)  •  160 Visualizações

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        O fato social, de acordo com Durkheim, fundamenta-se na coerção que o indivíduo sofre pela sociedade, essa coerção é proveniente das maneiras de agir e pensar. Nosso comportamento é baseado em três elementos, sendo esses as ações naturais e biológicas, os costumes adquiridos da cultura em que se está inserido e as ações racionais. Os comportamentos próprios do homem, de natureza biológica, não podem ser considerados fatos sociais; nem mesmo exercer a racionalidade é fato social, quando o pensamento só faz sentido para um determinado indivíduo.

        Para definir o fato social é necessário compreender que ele está intimamente ligado às relações culturais, tudo que aprendemos em sociedade, os costumes, as ideias, etc. As práticas transformam os indivíduos em ser social e esses saberes são fatos sociais, que não estão em um plano biológico, apesar de se relacionar com ele, como também não se encontram no plano individual, estão essencialmente no plano social, ou seja, sem a vida social não sobra nada humano. Para Durkheim, a individualidade humana só é valorizada como objeto da construção da ordem social, não podemos sobrepor nossa identidade individual sobre o coletivo, pois todos precisam desempenhar um  determinado papel na sociedade.

       De acordo com o teórico, as respostas para nossa organização social estariam nos fatos sociais. Para isso é necessário um método para os compreendermos melhor enquanto objeto sociológico, devendo ser vistos como se fossem “coisas”, objetos de análise. Durkheim concluiu que os fatos sociais atingem toda a sociedade, o que só é possível se admitirmos que a sociedade é um todo integrado. Ou seja, a imaginação sociológica é um método para compreendermos os fatos sociais.

 

     Destarte, o fato social precisa ser geral, externo, independente, útil, observável e coercitivo, essa coerção pode ter caráter espontâneo ou legal. É geral pois está difundido na sociedade, externo porque não foi o indivíduo que produziu sozinho, independente dado que não precisa da existência do indivíduo, é coercitivo pois fazem parte de um conjunto de normas sociais e somos pressionados a realiza-lo. Como já foi dito essa pressão social pode ser espontânea ou legal, em nosso cotidiano não percebemos se essas pressões se sobrepõem, pois ocorrem de uma forma muito sutil e influenciam nossa vida da mesma forma. Nesse contexto entra a questão da corrente de opinião, que é uma forma de coerção através dos fatos sociais. É necessária por ser diretriz de formação de um indivíduo, mas, na maioria das vezes, reproduz discursos que tiram a autonomia, a liberdade de escolha de alguém, só para que esse se sinta “incluso” na sociedade.

Emile Durkheim é muito feliz quando inicia o estudo da sociologia, que para ele é o estudo dos fatos sociais,como ciência, fazendo uso do positivismo de Conte e entendendo que a sociedade, assim como a natureza, é regida por leis. Durkheim, muito espertamente não define o que é o fato social, dando somente as suas características e através delas é possível chegar a uma definição.                                                                                          

O conceito de coerção é muito interessante, por fazer o leitor se dar conta de que a forma que ele age, tirando as formas biológicas, são todas provenientes de uma cultura. A gente está sobre pressão e independente de não concordar com algo somos, obrigados, de certa forma a conviver com eles. Por exemplo o Direito, acreditando ou não nas leis do nosso país, se não a cumprimos iremos ser penalizados, essa é uma forma clara de coerção legal. Nós podemos dizer não, mas vamos sofrer sansões contra isso, dessa forma nossa individualidade acaba sempre sendo volta para a construção de uma regra social, o autor abrir essa discussão é muito esclarecedor, fazer com que percebamos que estamos sempre sobre pressões, sejam elas legais ou espontaneas que detonam rumos para a nossa vida,  temos sempre que ceder as pressões sob pena de ficar fora do conjunto e ficar alheio a esse conjunto não é desejável, já que sem a vida social não nos sobra nada humano.

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