Fichamento A politica Como Vocação
Por: rayllan1345 • 21/10/2019 • Trabalho acadêmico • 944 Palavras (4 Páginas) • 281 Visualizações
Fichamento
A política como vocação – Max Weber
Acadêmico: Rayllan Brener Toloza de Paula
‘’ Que entendemos por política? O conceito extraordinariamente amplo e abrange todas as espécies de atividade diretiva autônoma. Fala-se da política de divisas de um banco, da política de descontos do Reichsbank, da política adotada por um sindicato durante uma greve; e também cabível falar da política escolar de uma comunidade urbana ou rural, da política da diretoria que está à testa de uma associação e, até, da política de uma esposa hábil, que procura governar seu marido [...]. Entenderemos por política apenas a direção do agrupamento político hoje denominado ‘Estado’ ou influência que se exerce em tal sentido” (pág. 55)
“Mas, que é agrupamento “político”, do ponto de vista de um sociólogo? O que é um Estado? Sociologicamente, o Estado não definir por seus fins. Em verdade, quase que não existe uma tarefa de que um agrupamento político qualquer não se haja ocupado alguma vez; de outro lado, não é possível referir tarefas das quais se possa dizer que tenham sempre sido atribuídas com exclusividade, aos agrupamentos políticos hoje chamados Estados ou que se construíram, historicamente nos percussores do Estado moderno[...]’’ (pág. 56)
““Todo Estado se funda na força”, disse um dia Trotsky a Brest-Litovsk. [...] ” ( Pág. 56)
“Tal como todos os agrupamentos políticos que historicamente o precederam, o Estado consiste numa relação de dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento da violência legítima (isto é, da violência considerada como legítima). O Estado só pode existir, portanto, sob condição de que os homens dominados se submetam à autoridade continuamente reivindicada pelos dominadores. Colocam-se, em consequência, as indagações seguintes: Em que condições se submetem eles e por quê? Em que justificações internas e em que meios externos se apóia essa dominação? [...] ” (pág. 57)
‘’ Weber diz que, existem três razões internas que justificam a dominação, existindo também, três fundamentos da legitimidade” (pág. 57)
“Existe por fim, a autoridade que se impõe a razão da “legalidade, em razão da crença na validez de um estatuto legal e de uma “competência” positiva, fundada em regras racionalmente estabelecidas ou, em outros termos, a autoridade fundada na obediência, que reconhece obrigações conforme ao estatuto estabelecido” (pág. 57-58)
Max Weber analisa e esmiúça o Estado, enquanto conjunto político e o poder decorrente dele. (Pág. 65)
O Estado dentro de determinado território, supervaloriza o monopólio do uso legítimo da violência física. Max ressalta o fato de aceitarmos que o Estado está exercendo algum tipo de coação física, mesmo que velado, e por naturalizarmos esse uso da força como dever ou direito do Estado “em relação a qualquer outro grupo ou aos indivíduos [...]” (Pág. 67)
“Por política entenderemos, consequentemente, o conjunto de esforços feitos com vistas a participar do poder ou influenciar a divisão do poder, seja entre Estados, seja no interior de um único Estado.” (Pág. 67).
“O Estado moderno é um agrupamento de dominação que apresenta caráter instrumental e que procurou (com êxito) monopolizar, nos limites de um território, a violência física legítima como instrumento de domínio e que, tendo esse objetivo, reuniu nas mãos dos dirigentes os meios materiais de gestão.” (Pág. 74-75)
Max entende o fazer política a partir do reflexo de dois meios. Um primeiro é a política que fazemos ocasionalmente ao votarmos nas eleições formais, ao debatermos ideias ou expormos nossa opinião. Já a segunda, é o ato profissional de trabalho para fazer política, “que só exercem atividades quando provocados.” (Pág. 75-76)
“O idealismo político, que não se detém diante de nenhuma consideração e de nenhum princípio, é praticado, se não exclusivamente ao menos principalmente, por indivíduos que, em razão da pobreza, estão à margem das camadas sociais interessadas na manutenção de certa ordem econômica em sociedade determinada.” (Pág. 80-81)
“A evolução, ao mesmo tempo em que transformava a política em uma “empresa”, ia exigindo formação especial daqueles que participavam da luta pelo poder e que aplicavam os métodos políticos, tendo em vista os princípios do partido político moderno. A evolução conduz, assim, a uma divisão dos funcionários em duas categorias: de um lado, os funcionários de carreira e, de outro, os funcionários “políticos”. (Pág. 88-89)
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