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O Instituto De Estudos Comparados Em Administração De Conflitos Departamento De Segurança Pública

Por:   •  28/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  962 Palavras (4 Páginas)  •  90 Visualizações

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Serviço Público Federal

Universidade Federal Fluminense

Instituto De Estudos Comparados Em Administração De Conflitos

Departamento De Segurança Pública

Avaliação N.2 De Discursos Criminológicos I

Prof.: Daniel Ganem Misse.      Aluno (a): Thays Gouvêa da Silva.       Matrícula: 219102106[pic 1].

1) Para além das características sociais e organizacionais das vizinhanças que explicariam as variações nas taxas de crime, Sampson, Raudenbush e Earls, propõem outra, que mediaria estas últimas: a eficácia coletiva. Com base no estudo do texto “Teoria da eficácia coletiva e violência - o paradoxo do subúrbio carioca”, de Alba ZALUAR e Ana Paula RIBEIRO, na Aula 5, o que seria a teoria da eficácia coletiva? Seria aplicável ao caso do subúrbio carioca? (2p)

É uma espécie de “controle social informal”, nas redondezas de certo local, onde há mais confiança recipocra; harmonia social e interesse coletivo para os moradores daquele local interferirem em situações consideradas incomodas. Os vizinhos, independente da localidade em que residem se unem em prol de um bem maior, que é o de impedirem o crescimento da violência. Já que as autoridades públicas não “dão conta do serviço” de vigilância e monitoramento (prevenção), os habitantes da rua x, ou bairro y se mobilizam para fazê-lo. O grupo a ser monitorado será o dos jovens. Para que esse “controle social informal” seja de maneira efetiva consolidado, os habitantes da rua x, ou bairro y se empenham em captarem recursos financeiros e chamam a atenção das autoridades para que essas diminuam o défict que as altas taxas de violência tem causado.

Homogeneidade de vizinhança (o subúrbio no Rio é completamente diferente do subúrbio dos EUA, aqui as casas são vizinhas de centros comerciais e empresas que geram empregos para transeuntes de outros bairros; a homogeneidade se torna mais palpável quando a localidade resiste a permanecer residencial e agentes externos não conseguem se inserir em seu cotidiano). Heterogeneidade étnica (ocorre mais nos EUA). Status socioeconômico (nenhum bairro do Rio de Janeiro é 100% rico ou pobre). Miscigenação (a mistura de raças e etnias ocorre em disparado mais no Brasil do que nos EUA). Vizinhança (o circulo familiar – particular – se confunde com o circulo de vizinhos). Além dos fatores citados acima já mostrarem que a teoria da eficácia coletiva não daria certo no contexto do subúrbio brasileiro, a autora expõe o fato de não haver condições de segurança para que a teoria seja posta em prática; outro fator que não permite que um vizinho “se meta na vida do outro” é justamente um se meter na vida do outro, a falta de senso de comunidade, unidade, coletividade traz sentido negativo para a expressão anteriormente citada, num lugar onde o tráfico predomina, por mais que seja evidente a violência ali praticada, expressões como, “sabe como x9 morre na favela?” fazem com que os moradores se fechem para essa coletividade.

2) Para Jacqueline Sinhoretto, na Aula 10, por que é arcaica a nossa modernidade brasileira? (1,5p)

A autora diz que, não é que o Brasil não seja moderno, o problema é que há práticas que são executadas a todo o momento que vão à contramão dos discursos que se dizem “legitimadores” dessas práticas. As “altas taxas de homicídio” e “letalidade policial” são duas práticas citadas pela autora, que são consideras arcaicas. “A modernidade é baseada na igualdade de tratamento diante das leis” (p. 10), as vezes fica maçante repetir a mesma coisa, mas na prática não há igualdade no tratamento quando observamos o comportamento dos operadores da ordem, e da justiça. Sinhoretto problematiza justamente o que os “teóricos da modernidade liberal” não consideram como percalço para o desenvolvimento das habilidades de cada pessoa, já que todos são tratados da mesma forma perante a lei e recebem as mesmas oportunidades para trabalharem suas habilidades. A autora apresenta dados que refutam essa modernidade, nem todas as camadas da sociedade são refletidas em indicadores como, “controle penal” e “morte violenta”, vai haver perfis sociais que estarão presentes de maneira esmagadora nos indicadores citados, e vai haver outros perfis que nem sequer farão parte. Autores que estudam a polícia brasileira são citados, esses constaram outro fator contraditório da modernidade, a ação violenta dos servidores da segurança pública contra a criminalidade.

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