RESENHA DO VÍDEO FALANDO DE DIREITOS: ALIMENTAÇÃO E SAÚDE NO SUS
Por: angelica.peretti • 10/8/2015 • Resenha • 1.098 Palavras (5 Páginas) • 1.878 Visualizações
RESENHA DO VÍDEO FALANDO DE DIREITOS: ALIMENTAÇÃO E SAÚDE NO SUS
O vídeo “Falando de direitos: alimentação e saúde no SUS” é resultado da parceria entre a Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos (ABRANDH), a Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) e a Organização Panamericana da Saúde/ Organização Mundial da Saúde (OPAS), sob direção de Renato Barbieri e roteiro de Paulo Eduardo Barbosa.
Este vídeo mostra as atividades desenvolvidas em um Centro de Saúde de Brazlândia/DF e a análise de especialistas que observam a atuação desses profissionais e comentam suas ações, fazendo uma interlocução com a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) e o Direito Humano a Alimentação Adequada (DHAA). As atividades desenvolvidas nesse local são baseadas na atuação de uma equipe multidisciplinar, mostrando a importância do diálogo entre os profissionais da equipe de saúde, dos benefícios da Estratégia Saúde da Família e do nível primário de atenção como porta de entrada da população no Sistema Único de Saúde (SUS). O vídeo mostra a atuação das nutricionistas Márcia e Maria Aparecida, que através de suas intervenções buscam a promoção de práticas alimentares saudáveis, a prevenção e o controle de problemas causados pela alimentação inadequada. Este vídeo tem o objetivo de motivar a discussão sobre a agenda de nutrição no SUS, bem como o papel das ações de nutrição na atenção básica, a importância de fortalecer esta agenda nas discussões do controle social e gestores locais.
Inicialmente o vídeo aborda o conceito de saúde estabelecido pela OMS, no qual a saúde é vista de forma ampla através da realização das necessidades básicas do indivíduo, também traz o direito à saúde como inerente aos sujeitos desde o nascimento e o dever do Estado de proporcionar as condições necessárias através dos fatores determinantes e condicionantes da saúde para que a população atinja o estado pleno de saúde.
A nutricionista Sonia Lucena e o professor Luiz Facchinni comentam a importância da PNAN nas políticas públicas de alimentação e nutrição e a trazem como essencial, visto que é necessária para atender o que a constituição garante no direito à alimentação.
São acompanhadas algumas visitas da Equipe Saúde da Família mostrando a relação dos profissionais com os moradores que é mais próxima. O recomendável é que a equipe seja composta, no mínimo, por um médico de família ou generalista, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), outros profissionais de saúde podem ser incorporados a estas unidades básicas, de acordo com as demandas e características da organização dos serviços de saúde locais. Os ACS dentro da equipe desempenham um papel fundamental, uma vez que, por serem moradores e conhecerem a realidade e o contexto da região podem ajudar no direcionamento das ações da equipe e também criar um vínculo de cuidado com o paciente. A ESF visa contribuir para a reorientação do modelo assistencial a partir da atenção básica, em conformidade com os princípios do SUS através de uma nova dinâmica de atuação nas unidades básicas de saúde, com definição de responsabilidades entre os serviços de saúde e a população.
Como visto no vídeo a implementação dessa estratégia culmina em bons resultados, pois aumenta a resolutividade das ações, além disso, quando o problema de saúde encontrado na comunidade ou na família ultrapassa as competências da equipe, esta recorre ao Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). A fisioterapeuta Lívia Batista traz que durante as reuniões do NASF os profissionais compartilham responsabilidades em prol da qualidade de vida da das famílias atendidas no território. Durante a reunião do NASF foi possível observar como o paciente é abordado de forma integral, possibilitando a compreensão dos problemas apresentados, que muitas vezes fogem apenas do campo fisiológico e torna-se uma questão social que necessita da atenção de vários setores.
As ações desenvolvidas pela nutricionista Márcia no estimulo a amamentação, aconselhamento sobre alimentação complementar e grupo de sobrepeso/obesidade mostram a importância do diálogo com a população, sendo a informação oferecida de forma propositiva e não impositiva. A participação da comunidade foi outro ponto relevante, além disso, na intervenção outros profissionais da área de saúde também participam, como o enfermeiro e ACS, essa atitude mostra a valorização dos saberes e a motivação da equipe em saber aconselhar a população quando nas visitas domiciliares encontram tais situações. Márcia traz em sua fala que segundo estudos realizados o atendimento em grupo é mais eficiente do que a atendimento individualizado, e que este foi um dos motivos que fez com que ela mudasse sua forma de atuação.
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