Resenha Crítica: Análise de Discurso - Princípios e Procedimentos
Por: Luís Otávio Languer Schebek • 2/10/2018 • Resenha • 488 Palavras (2 Páginas) • 551 Visualizações
Resenha Crítica “Análise de Discurso: princípios e procedimentos” de Eni P. Orlandi
Universidade Federal de Pelotas
Projeto de Pesquisa em Comunicação
Luís Otávio Languer Schebek
A resenha será escrita sobre o segundo capítulo do livro “Análise do Discurso:
princípios e procedimentos”, de Eni. P. Orlandi. Intitulado de “Sujeito, história e
linguagem”, a autora busca aprofundar e problematizar noções basilares da Análise
de Discurso (AD). O capítulo aborda questões como o percurso intelectual da AD,
os dispositivos de interpretação os objetos simbólicos que produzem sentido do
contexto de leitura e análise. Ao decorrer do capítulo, Orlandi nos elucida as
Condições de Produção e noções de Interdiscurso. São consideradas as condições
de produção de um determinado discurso, compreendendo os sujeitos, a situação e
a memória. Ao longo de sua explicação, a autora afirma que a formação discursiva
“se define como aquilo que em uma formação ideológica dada – ou seja, a partir de
uma posição dada numa conjuntura dada – determina o que pode e deve ser dito”
(p. 43). A autora explica o interdiscurso como formulações feitas e já ditas
(esquecidas), quando relacionamos com o que ainda não foi dito, Orlandi nos trás
as noções do intradiscurso. É através da relação entre interdiscurso e intradiscurso
que determinamos a formulação do discurso. Assim, todo o dizer nasce entre o
encontro de dois eixos: o da memória (constituição) e o da atualidade (formulação).
Para demonstrar as noções de esquecimento, Orlandi trás as duas definições
propostas por Michel Pêcheux. O primeiro é o esquecimento ideológico, onde o
sujeito pensa ser a fonte do sentido, mas está apenas retoma sentidos já-ditos,
através daquilo que está em seu inconsciente. Já o segundosentido diz que aquilo
que o sujeito diz é exatamente aquilo que ele quis dizer, que não poderia ter sido
dito de outro modo. Paráfrase e polissemia são outros temas abordados no capítulo,
onde a paráfrase se define como a repetição do mesmo, e que é necessária para
que a polissemia, definida como criação de um novo sentido, possa ser efetivada.
Orlandi segue o capítulo trazendo exemplos de análise discursiva, apresentando
conceitos de formações imaginárias, formação discursiva, sujeito e sua forma
histórica. O próximo aspecto a ser discutido é o de ideologia, onde a autora aponta
as maneiras as quais ela é construída pelas ciências humanas e sociais. O trabalho
da ideologia na ordem do discurso é o de “produzir evidências, colocando o homem
na relação imaginária com suas condições materiais de existência” (p. 46)
A análise de discurso se torna muito importante para o jornalismo quando
analisamos a forma com que os veículo informativos se dirigem ao seu público.
Entendendo sobre a AD, podemos encaixar os discursos dos emissores com os
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