Aborto no Brasil

Tema: Aborto no Brasil

O aborto sempre foi um tema recorrente discutido em qualquer sociedade, tanto pela sua complexidade quanto pelo seu teor moral. No Brasil, esse assunto ganha diversas diretrizes, mas podemos analisar a postura de duas posições principais: o público conservador que é contrário ao aborto e o público liberal que é a favor desse método.

Os conservadores, na sua maioria religiosos, afirmam que o aborto é um crime ao direito de viver. Segundo eles, a partir do momento da concepção forma-se uma vida. Dessa maneira, a mulher grávida torna-se responsável por todas as medidas tomadas em relação a gravidez, tendo que arcar com as consequências de qualquer malefício causado à vida que ela concebeu. O Brasil, por ser um país formado por uma população predominantemente religiosa, considera o aborto um crime, excetuando os casos de estupros e riscos de morte à genitora. Esse ponto de vista dificulta a legalidade do aborto no nosso País.

Por outro lado, os liberais consideram a questão do aborto a partir do raciocínio lógico, em que até a 12ª semana de gravidez o feto tem o mínimo de atividade mental. Para eles, abortamentos praticados até o terceiro mês de gravidez devem ser autorizados. Também levantam em questão as condições socioeconômicas de algumas mulheres que se submetem a esse método, que muitas vezes não tem como cuidar e dar uma vida digna ao recém-nascido.

Enquanto há essa discussão sobre a legalidade do aborto, milhares de mulheres morrem todos os anos por consequências de abortos clandestinos. Conciliar as posições é uma tarefa difícil, que provoca reações emocionais e imobilizantes. No entanto, a sociedade precisa encarar o aborto como um problema grave de saúde pública, os legisladores precisam abandonar a imobilidade e tomar medidas que sejam efetivamente viáveis, ao mesmo tempo em que os brasileiros entrem em consenso sobre o instante em que a vida surge.