Hermeneutica
Por: L HS • 24/5/2016 • Artigo • 588 Palavras (3 Páginas) • 326 Visualizações
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Fenomenologia e Hermenêutica
Leo Henrique de Souza RA: 1003822
Resumo: Hermenêutica – Richard E. Palmer
Hermenêutica
Richard E. Palmer
O professor de filosofia Richard E. Palmer explica a origem da palavra hermenêutica originalmente do grego, e cujo significado seria “interpretar”, “interpretação”. O autor ainda apresenta três vertentes de seu significado, contextualizando principalmente das esferas bíblicas e literárias. Segundo o filósofo, a hermenêutica se origina de duas palavras gregas: “hermeneusin” (interpretar) e “hermeneia” (interpretação), relacionadas a um deus da mitologia grega (Hermes) o qual descobriu a escrita e a linguagem para serem “decodificadas” a compreensão humana, a fim transformar algo incompreensivo aos homens em algo que chegue a sua inteligência. Deste modo, as palavras “hermenêutica” e “hermenêutico” se originam de um processo de tornar algo compreensível. Este processo apresenta três vertentes básicas: explicar ou dizer algo, (tentar explicar uma situação), e traduzir (tentar traduzir um idioma estrangeiro).
A primeira significação de hermeneuein relaciona-se a exprimir, afirmar, pois origina-se do latim sermo (dizer) e verbum (palavra). No contexto teológico, está ligada à palavra exposta por um sacerdote na intenção de afirmar e anunciar algo, ou seja, proclamar, no papel de “um mensageiro de Deus para o homem”. No livro Íon de Platão, Homero é interpretado através de certas entoações no intuito de passar uma compreensão maior do que é perguntado. Esta compreensão possui uma interpretação originada de um dizer ou uma recitação oral, que já sofre certo desprezo ou esquecimento.
A teologia tratará a hermenêutica de acordo com o momento histórico e a língua de cada época, usando o vocabulário da própria época: “salvação vem pelos ouvidos”. Já no espaço literário, o “dizer” se refere a uma interpretação feita sobre um estilo desta área, ou seja, seria a forma como dizê-lo ou através da linguagem escrita ou de uma recitação oral, sendo esta mais facilmente compreendida do que a primeira, pois, desde sua origem, a língua é mais praticada dentro da retórica. No entanto, esses dois lados da linguagem apresentam uma contradição: é preciso ter uma compreensão sobre algo para depois ter compreensão de uma leitura-expressão interpretativa.
No contexto literário, a interpretação acontece uma forma mais ampla, através de uma interpretação oral, sem ignorar o campo explicativo dessa interpretação. Porém, para que se fazer uma análise hermenêutica do texto, primeiro deve-se compreende o assunto de que o texto trata e a situação em que este se encontra, para decifrar seu significado. Então, percebe-se que quanto mais o autor do texto explica as visões de “dizer” e “compreender”, o desenvolvimento da interpretação vem à tona, porém, deve-se primeiro ter a leitura para aprimorar a performance, e assim, compreendê-la.
A terceira vertente citada no texto para a hermenêutica, é o de tradução. O “traduzir”, carrega consigo um significado que pode causar um choque entre o mundo do texto e o de seu autor, devido a necessidade de se compreender a língua de origem do texto. Na tradução de um texto, deve-se considerar que há diferenças culturais entre as duas línguas, e que cada uma possui interpretações diferentes de mundo. A Bíblia, é um exemplo causou grandes problemas para a tradução em geral, sento que que foi escrita há séculos, e vinda de um mundo totalmente diferente do nosso tempo e cultura. Partindo dessa visão, a tradução na hermenêutica, possui fator importante para a construção de uma compreensão, devendo existir entre o mundo do tradutor e a obra traduzida, um uso sensato dos sentidos através dos elementos gramaticais.
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