Resenha Crítica - A Ideia de Método
Por: Brenda Menezes • 20/11/2018 • Resenha • 892 Palavras (4 Páginas) • 186 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA
CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA
Brenda dos Santos Menezes
A IDEIA DE MÉTODO
São Luís, MA
2018
A IDEIA DE MÉTODO
Resenha apresentada para a disciplina Metodologia da Pesquisa Filosófica, no curso de Licenciatura em Filosofia, da Universidade Federal do Maranhão.
Prof. Maria Olilia Serra
São Luís, MA
2018
RESENHA CRÍTICA
RUSS, Jacqueline. Capítulo I: A ideia de método, em: Os métodos em filosofia. Tradução de Gentil Avelino Titton. Petrópolis: VOZES, 2010. 256p.
Jacqueline Russ, pesquisadora e professora francesa de Filosofia, nascida em 30 de Novembro de 1934, foi autora de grandes livros acadêmicos, dentre eles Les méthodes en philosophie, que foi traduzido para o português em 2010 sob o título de Os métodos em filosofia. O objetivo do livro seria o de auxiliar os estudantes de filosofia ao propor-lhes um método de trabalho, voltado ao exercício do filosofar.
Por ser entendida como uma forma de conhecimento que o homem utiliza para tentar explicar a realidade da qual faz parte e a si mesmo, como um meio de bem orientar sua forma de ser na realidade, e por ser, também, entendida como um modo particular de busca, de compreensão de forma racional e sistemática, a filosofia e o ato de filosofar necessitam de um método. No entanto, alunos de graduação, principalmente dos primeiros anos de curso, enfrentam algumas dificuldades em escrever dissertações filosóficas, comentários, em interpretar problemas filosóficos, e até mesmo em ler obras e textos filosóficos. Nesse sentido, o método em filosofia se torna presente como uma trajetória a ser feita para a produção, para o desenvolvimento e para a conclusão de determinado problema, ensinando e indicando possibilidades, como uma recomendação reflexiva, crítica, rigorosa, e jamais como uma dogmática.
Nesse sentido, Russ inicia o primeiro capítulo do livro definindo o que é método antes de mais nada pelo o que indica a etimologia da própria palavra “um conjunto de procedimentos lógicos e racionais, que permitem chegar a um fim.” (Russ, 2010, p. 16.). Esses procedimentos lógicos, estão presentes em quaisquer atividades exercidas na rotina de todo ser humano, seja do ato de estralar os dedos ao discursar em público.Toda ação necessita de um método. Não se torna diferente na filosofia, que, ao contrário do que muitos universitários pensam, o trabalho filosófico não é fruto de improvisações, mas de algo próximo ao método cartesiano: evoluir gradualmente, usando passos separados, que juntos se complementam. E é esta, então, a essência do método filosófico, usada para o bem conduzir a razão por meio de regras, que, por sua vez, são responsáveis por indicar o caminho (método) a ser seguido para chegar ao fim desejado.
A autora segue enumerando as regras gerais constituintes do método, sendo a primeira a regra da delimitação e definição de conceitos, responsável pela compreensão correta dos mais variados temas, seguida pela regra da análise, e, após pela regra da síntese, que juntas se completam. Esta última se torna inseparável da quarta regra, intitulada de regra da ordem, que supõe certa ligação ordenada entre ideias. A regra número cinco busca uma ideia diretriz para o proceder metódico, a qual é seguida pela sexta regra, a da organização de uma dinâmica interna. A junção de todas essas seis regras constitui demasiadas normas prescritivas válidas para diversos exercícios intelectuais, sejam eles em história, no direito, e em outras áreas de conhecimento.
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