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Os Conflitos na Síria

Por:   •  5/5/2016  •  Projeto de pesquisa  •  1.689 Palavras (7 Páginas)  •  546 Visualizações

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                        Introdução - Seminário

Devido aos processos de colonização (e neocolonização) e descolonização efetuados pela Europa na África, Ásia e Oriente Médio durante o período das grandes navegações e descobrimento de novas terras, as diferenças étnicas e regionais dos povos que sofreram divisão de suas terras de modo errôneo, geram conflitos internos (guerras civis). No caso da Síria, esta possui muitos colonizadores: os impérios Persa, Macedônico, Romano, Árabe, Turco-Otomano e também possuiu como neocolonizador a França, conquistando apenas em 1946 sua independência.

Em 1970, a ONU (Organização dos Nações Unidas) propôs uma divisão territorial em que as terras sírias teriam 42,9% do estado árabe, 56,5% do estado judeu e uma pequena parcela central síria na área internacional de Jerusalém. Porém, esta divisão que desfavorecia o estado árabe não funcionou uma vez que a Síria já estava sob o regime totalitário de Hafez al-Assad.

Atualmente, os EUA e alguns países da Europa apoiam os lados que os favorecem economicamente (por exemplo, os EUA e seu patrocínio a Israel) por conta do petróleo em abundância existente nos países do Oriente Médio e assim apoiam a guerra civil que acontece no território (esta teve início em 2011). Esses conflitos têm fundo religioso, uma vez que há divergências entre as religiões dos habitantes da Síria, formados por curdos, sunitas, xiitas, judeus, islâmicos, cristãos. Grupos que apoiam ou não o conflito, como as forças armadas de Bashar al-Assad e rebeldes aliados e o “estado islâmico”, levam terror aos moradores dos territórios sírios com seus ataques cruéis e em grande escala, que estão aumentando em uma escala rápida e tomando proporções fora do Oriente Médio.

Em razão destes conflitos, uma evasão em massa acontece. Refugiados sírios fazem travessias arriscadas em pequenas embarcações pelo Mar Mediterrâneo (de 300 mil imigrantes que fizeram a travessia em 2015, 3000 faleceram no caminho) para chegar à Europa. A ONU considera essa evasão como sendo “a maior crise humanitária” desde a Segunda Guerra Mundial. De acordo com dados revelados pela ACNUR (Comissão Europeia e Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), os países que mais recebem refugiados na Europa são: a Alemanha (este sendo o país que mais recebe imigrantes desde o começo de 2015 devido a sua estabilidade econômica), Holanda, Austria, Hungria, França, Servia, Bulgária, Grécia, Espanha, Bélgica, Reino Unido, Dinamarca e Noruega e, ainda segundo ACNUR, os países fora da Europa que mais acolhem refugiados sírios são; Turquia (1.9 milhões de sírios nos últimos 4 anos), Líbano (1,1 milhão de sírios) e Jordânia (629,6 mil sírios).

Mesmo que haja essa alta entrada de imigrantes na Europa, o continente não está em crescimento econômico (desde 2008 a economia a economia mundial está abalada) e, com alguns países do continente em crise – afetando principalmente os PIIGs – a necessidade de mão-de-obra não é tão grande e esta entrada de imigrantes em massa gera a xenofobia e o etnocentrismo, pois esses refugiados irão, tecnicamente, tomar seus empregos, suas casas, seus trabalhos, suas escolas e, com este sentimento de ódio, movimentos anti-refugiados estão aumentando. Também devido à crise, os gastos para manter uma estrutura social aos refugiados são muito altos, afinal eles são muito numerosos e isto contribui para que o sentimento de ódio se agrave.

        

                Desenvolvimento do Tema

O neocolonialismo, também conhecido como imperialismo, foi uma política de expansão territorial e econômica praticada por países europeus a partir do século XIX, com ênfase em territórios africanos e asiáticos.

Para justificar a dominação imperialista, usavam-se de ideologias ligadas ao darwinismo social e ao eurocentrismo, colocando o homem branco (europeu) como superior e bem sucedido, que deveria dominar e doutrinar os povos inferiores.

Muitas das tensões provocadas pelos europeus no século XIX existem até hoje na África, Ásia e Oriente Médio devido as rígidas estruturas étnicas criadas no passado.

Em 1936 foi concluído o tratado Franco-Sírio de independência, garantindo as subdivisões, antes estabelecidas pela França, sírias unidas em um só Estado, exceto o Líbano, além da gradual retirada da intervenção francesa e suas tropas da Síria. E, em 17 de abril de 1946, o presidente Shukri al-Quwatti declarou independência síria após 26 anos de domínio e governo francês.

No ano de 1970 houve a Revolução Corretiva na Síria, a tomada de poder da facção pragmático-militar esquerdista dentro do regime do Partido Boath (Partido Socialista Árabe Bo’ath, que pedia a unificação do mundo árabe em um único estado), trazendo Hafez al-Assad ao poder sírio.

Cerca de 92% da população do Oriente Médio é muçulmana, em suamaioria sunitas e xiitas, além de abrigar 13 milhões de cristãos e 6 milhões de judeus.

Dois grandes grupos religiosos estão em crescente conflito, judeus e muçulmanos, na região da Palestina, tendo a religião como pretexto para estes conflitos embora questões políticas também tenham sua parcela de culpa.

Além dos islâmicos e judeus há o conflito entre sunitas e xiitas (ambos islâmicos) que, após a morte de seu profeta Maomé ficaram divididos e sem um líder e, desde então, disputam para decidir qual grupo controlará o islamismo no Oriente.

Desde 15 de Março de 2011 surgiu a guerra civil Síria, uma revolta armada violenta oriunda de grandes protestos populares (26 de janeiro de 2011).

Tendo o país em atual conflito, crise humanitária (situação de emergência com alto índice de pessoas ameaçadas) e econômica, com cidades totalmente ou parcialmente destruídas. O conflito foi gerado graças a ditadura de Bashar al-Assad e seu governo corrupto, inspirado em protestos da Primavera árabe (onda revolucionária de manifestações que ocorreram no Oriente Médio e o Norte da África a partir de 18 de dezembro de 2010).

O atual conflito tem objetivo a renúncia de Basha al-Assad, a mudança do regime imposto na Síria e a expansão dos direitos civis dos curdos (grupo étnico nativo do Curdistão).

                Desenvolvimento do Tema II

A situação atual no Oriente Médio está ocorrendo principalmente pelo processo de descolonização da neocolonia francesa que gerou uma grande variedade étnica e religiosa em um só território.

Os fatores que intensificaram os conflitos na Síria foram os recentes protestos sociais (Primavera Árabe) contra o regime totalitário de Bashar al-Assad, tendo estes início em 15 de março de 2011. Durante a insurreição da Primavera Árabe (período em que a população se revoltou contra seu governante corrupto), uma guerra civil iniciou-se.

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