Fichamento Literatura: A Formação Do Leitor: Alternativas Metodológicas
Por: marizucoloto • 22/8/2015 • Trabalho acadêmico • 1.509 Palavras (7 Páginas) • 1.939 Visualizações
BORDINI, Maria da Glória, AGUIAR, Vera Teixeira de. Literatura: A Formação Do
Leitor: Alternativas Metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988.
1. Formação do leitor.
1.1. Função social da leitura.
1.1.1. Pela linguagem o homem se comunica e troca experiências com outros homens.
1.1.2. Linguagem → surge da convivência social → è a forma de expressão e comunicação mais utilizada.
1.1.3. Código escrito → através do livro o sujeito adquire mais conhecimento de coisas longe de seu tempo e espaço.
1.1.4. Com a leitura o sujeito também se socializa.
2. Leitura e não leitura numa sociedade desigual.
2.1. A leitura tem sido própria das classes de maior poder.
2.1.1. A sociedade se divide em segmentos cultos e incultos.
2.2. A escola pública veio com o intuito de amenizar a situação dos analfabetos, mas acabou mostrando-se como aparelho de dominação das classes populares.
2.3. Desvalorizar os analfabetos = desprestigiar outros tipos de leitura.
2.4. Função da escola: formar leitores
2.4.1. O livro é a única forma de conhecimento, sendo assim, o conceito de cultura fica deformado.
2.4.2. Conceito amplo de cultura → não deixa o texto escrito de lado, mas abre varias opções para aquisição de conhecimento.
2.5. Na alfabetização o papel da escola tem se mostrado ineficaz.
2.6. Choque entre valores do professor e do aluno → problemas e dificuldades com a disciplina.
2.7. “Numa sociedade desigual, os problemas de leitura se diversificam conforme as características de classe. As soluções possíveis se orientam para o pluralismo cultural, ou seja, a oferta de textos vários, que dêem conta das diferentes representações sociais” p.13
2.8. O homem precisa dar sentido ao mundo → o livro o ajuda com essa tarefa.
3. Leitura da literatura.
3.1. Texto literário: possibilita uma leitura mais abrangente.
3.1.1. Linguagem literária → visão típica da existência humana.
3.1.2. “A obra literária pode ser entendida como uma tomada de consciência do mundo concreto, que se caracteriza pelo sentido humano dado a esse mundo pelo autor.” p.14
3.1.3. Interação com o texto literário é receptiva e criadora ao mesmo tempo.
3.2. Literatura → forma de comunicação.
3.2.1. “Ao ler o texto, o leitor entra nesse jogo, pondo de lado a sua realidade momentânea, e passa a viver, imaginativamente, todas as vicissitudes das personagens da ficção. Dessa forma, aceita o mundo criado como um mundo possível para si.” p.14
3.3. Texto literário não depende de referência real, compõe-se mais pelos elementos estruturais.
3.4. As obras literárias deixam lacunas que são preenchidas com a experiência do leitor.
3.5. O texto não literário se prende muito ao contexto.
3.6. Texto literário → plurissignificação.
3.7. Literatura dá liberdade para o leitor, levando-o a construir seu significado.
4. Papel da escola na formação literária.
4.1. “A leitura em si implica o reconhecimento de um sentido, operado pelo deciframento dos signos que foram codificados por outrem para veiculá-lo.” p.15
4.2. Leitura → necessita que o leitor construa os sentidos lingüísticos.
4.2.1. “A seleção dos significados se opera por força de um contexto que o justifica. Esse contexto é o da experiência humana, que confere valor a um sinal que em princípio é vazio e só passa a portar significado por um ato de convenção eminentemente social.”p.16
4.3. Escola → tem que fazer uma ponte entre a cultura e o texto.
4.4. Na educação do leitor não se pode apenas formar um conjunto de metas e segui-las.
4.5. 1º grau → muitas leituras sem preocupação com classificações.
4.6. 2º grau → pode-se sistematizar teoricamente textos literários.
4.7. Para promover um ensino de leitura que de resultados a escola deve estar preparada com materiais e uma excelente equipe de professores.
5. Interesses de leitura e seleção de textos.
5.1. Determinação dos interesses literários e o prazer do texto.
5.1.1. Literatura → caminho para uma nova proposta educacional.
5.1.2. A escola deve incentivar o hábito da leitura, ofertando livros próximos à realidade do aluno.
5.1.3. “O individuo busca no ato de ler, a satisfação de uma necessidade de caráter informativo ou recreativo, que é condicionada por uma série de fatores: os alunos são sujeitos diferenciados que têm, portanto, interesses variados.” p.19
5.1.4. Pesquisas mostram que os elementos que determinam o interesse pela leitura são: idade, escolaridade. sexo e nível- econômico.
5.1.4.1. Esses elementos mostram o tipo de prática de leitura que é possível, levando em conta o contexto-histórico-social do leitor.
5.1.5. O professor deve incitar a curiosidade do aluno para textos que representem a realidade de modo mais abrangente e profundo.
5.1.6. Aluno e professor dividem as responsabilidades → o aluno participa do planejamento e consecução das etapas.
5.1.7. Ler = conhecimento.
5.1.7.1. Ler com interesse leva ao prazer da leitura.
5.1.7.2. Ler é duplamente positivo: leva o aluno ao prazer da leitura e aumenta o horizonte cultural do leitor.
5.1.7.3. “Ler é imergir num universo imaginário, gratuito, mas organizado, carregado de pistas as quais o leitor vai assumir o compromisso de seguir, se quiser levar sua leitura, isto é, seu jogo literário a termo.” p.27
5.2. Escolha dos textos.
5.2.1. Interesses básicos do ensino de literatura: atender interesse do leitor, provocar o senso crítico e a preservação de caráter lúdico.
5.2.2. O planejamento da aula de literatura é feito a partir do conteúdo do próprio texto.
5.2..3 O professor deve ter domínio sobre o conteúdo aplicado, deve ler tudo antes do aluno.
5.2.4. O professor deve se basear em teorias literárias que definem qual o limite de seu trabalho
5.2.4.1. “Para poder discriminar qual o texto de melhor ou pior qualidade literária,assim como para optar por um ou outro método de compreensão e interpretação de uma obra especifica, o professor precisa conscientizar seus pressupostos teóricos, no que as teorias literárias podem auxiliá-lo” p.29
5.2.4.2. As duas mais correntes concepções do literário: as que valorizam o discurso lingüístico e suas representações ideais e as que valorizam a equivalência em universo criado e o universo real.
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