A Ludicidade
Por: elaineeei28 • 15/12/2016 • Trabalho acadêmico • 2.459 Palavras (10 Páginas) • 359 Visualizações
ELAINE CRISTINA DE SIQUEIRA SANTOS RU 1252036
DANIELLY APARECIDA DE SIQUEIRA NUNES RU 1252035
ÉTICA, ESTÉTICA E LUDICIDADE
Módulo C – Fase I: O bom e o belo na minha cidade: a partir de Platão
MOGI DAS CRUZES
NOVEMBRO/2016
Resumo
Esse trabalho abordará sobre os princípios da aprendizagem através do lúdico, ou seja, será explanado sobre a importância e a necessidade dos jogos e brincadeiras durante a infância da criança. É comprovado que o brincar pode e deve estar inserido no processo de aprendizagem, pois torna este processo mais interessante e prazeroso. É necessário conscientizar que o brincar é mais que uma atividade diária, pode ser uma fonte de saber aliada ao seu desenvolvimento integral, envolvendo seu lado cognitivo, social, biológico, motor e afetivo. Além do interesse e prazer que as brincadeiras proporcionam à criança, ela poderá socializar e aprender, além de reproduzir sua realidade através da imaginação, expressando angústias e dificuldades, que por meio das palavras é difícil.
Palavras-chave: Desenvolvimento. Brincar. Aprendizagem
Sumário
Introdução
Desenvolvimento
O Lúdico e a Aprendizagem
A Contação de Histórias e a Aprendizagem
Os Jogos: Piaget e a Aprendizagem
Considerações Finais
Referências
Introdução
O brincar está inserido na vida do indivíduo logo nos seus primeiros anos de vida, e é motivado pelo desejo de descobrir coisas novas, o lúdico é parte essencial da infância. É através da brincadeira que o mundo real e o imaginário se entrelaçam, trazendo à criança sensações e imagens incríveis, a partir da imaginação e criatividade que é descoberta e desenvolvida com o manuseio de diferentes objetos.
O conceito de brincar, não é utilizado apenas para diversão, o olhar para as brincadeiras deve ter um sentido mais profundo, considerando os elementos cognitivos que serão desenvolvidos através da brincadeira, além da facilidade no aprendizado, desenvolvimento social, cultural e pessoal, contribuindo para uma vida saudável, física e mental.
Através do lúdico, a criança poderá se afastar e simbolizar medos e angústias, e dependendo da brincadeira, ela terá a oportunidade de vencer tais medos instintivos.
É totalmente impulsivo o ato de brincar na infância. Qualquer objeto servirá para seu divertimento, devido à espontaneidade das brincadeiras através de uma forma intensa e total.
A criança terá a oportunidade de se relacionar com outras crianças e adultos através da brincadeira, se tornando capaz de trabalhar individual ou coletivamente. Desenvolve seu lado físico, psicológico e social, podendo ainda auxiliar no controle da agressividade e organizar a rotina e suas convivências diárias.
O mundo infantil deve ter sempre seu lado de fantasias, faz de conta, sonhos e descobrimentos. O brincar deve ser uma atividade livre, oferecendo a oportunidade de se conhecer e conhecer o outro, pois através dessa espontaneidade, a criança poderá explicitar as diferentes percepções concebidas dentro do seu contexto familiar e social.
Desenvolvimento
O Lúdico e a Aprendizagem
De acordo com Santos (1999), para a criança, brincar é viver. Essa é uma afirmativa real e totalmente aceita, pois relatos históricos nos mostram que as crianças sempre brincaram, brincam hoje, e certamente brincarão nas futuras gerações. Enquanto algumas crianças brincam para se satisfazer, apenas por prazer, outras, utilizam as brincadeiras para dominar angústias e dar vazão à agressividade.
Atraves de Santos (1999), temos alguns pontos vistas relacionados aoi brincar:
- Do ponto de vista filosófico, o brincar é abordado como um mecanismo para contrapor racionalidade. A emoção deverá estar junto na ação humana tanto a razão;
- Do ponto de vista sociológico, o brincar tem sido visto como a forma mais pura de inserção da criança na sociedade. Brincando, a criança vai assimilando crenças, costumes, regras, leis e hábitos do meio em que vive;
- Do ponto de vista psicológico, o brincar esta presente em todo desenvolvimento da criança nas diferentes formas de modificação de seu comportamento;
- Do ponto de vista da criatividade, tanto o ato de brincar como o ato criativo estão centrados na busca do “eu”. É no brincar que se pode ser criativo, e é no criar que se brinca com as imagens e signos fazendo uso do próprio potencial;
- Do ponto de vista pedagógico, o brincar tem-se revelado como uma estratégia poderosa para a criança aprender.
A partir dos diferentes enfoques citados acima, podemos perceber que a brincadeira está inserida em todas as dimensões da existência do ser humano, e muito especialmente, na vida da criança. Podemos afirmar que “brincar é viver”, pois a criança aprende a brincar brincando e brinca apredendo.
Rosamilha (1979, p.77), diz que:
A criança é, antes de tudo, um ser feito para brincar. O jogo, eis aí um artifício que a natureza encontrou para levar a criança a empregar uma atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. Usemos um pouco mais esse artifício, coloquemos o ensino mais ao nível da criança, fazendo de seus instintos naturais, aliados e não inimigos.
O lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana. Sendo assim, na idade infantil e na adolescência a finalidade é essencialmente pedagógica. A criança e mesmo o jovem opõe uma resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo ela não é lúdica, não é prazerosa.
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