A Ludicidade e Afetividade No Aprendizado
Por: Luana Gomes • 30/8/2021 • Projeto de pesquisa • 1.847 Palavras (8 Páginas) • 352 Visualizações
Joyce Cardoso Pereira de Gouveia
A Ludicidade e Afetividade
No Aprendizado
Faculdade Estácio Polo Nova Iguaçu
Pedagogia 2021
Joyce Cardoso Pereira de Gouveia
A Ludicidade e Afetividade
No Aprendizado
SUMÁRIO
• Introdução
• Contexto histórico da ludicidade
• Afetividade e cognição
• O brincar com objetivos emocionais e sociais
• Considerações finais
• Referências
RESUMO
Conforme o Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil (1998), a Brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é o “não brincar”. É importante considerar que a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação, isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que quando a criança brinca está aprendendo a elaborar suas reflexões, sua independência e criatividade possibilitando a evolução global do individuo nos pontos de vista cultural, social, afetivo, físico, cognitivo e emocional. Através da brincadeira o professor poderá observar e construir uma visão melhor dos métodos de desenvolvimento, registrando as capacidades de linguagens, as capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais com que cada criança dispõe. Desta forma, esta pesquisa inscreve-se como um trabalho que busca compreender a valorização da ludicidade e afetividade na Educação infantil como um ato de aprendizagem, explorando a autonomia, a criatividade a reflexão, e imaginação das crianças nesta etapa de desenvolvimento. A metodologia utilizada no presente estudo foi através de pesquisas em artigos científicos, Livros, e Sites da Internet. Após os estudos realizados, foi possível perceber que o brincar de qualidade pode ser um importante aliado no processo de aprendizagem, a criança ao brincar desenvolve sua capacidade criadora, a qual contempla a imaginação, a fantasia e a realidade na formação de novas possibilidades de interpretar, expressar e agir, além de permitir a construção de relações sociais com outros sujeitos, adultos ou crianças. Assim, se faz indispensável informar os educadores, pais e em geral à sociedade sobre a dimensão e seriedade do brincar na educação infantil, lembrando que o brincar não deve ser vista como uma prática agradável ou como lazer somente, mas também, uma ação de aprendizagem.
Palavras-Chave: Educação Infantil, Brincar, Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
O brincar começou a ser trabalhado na Educação Infantil associado ao carinho, à atenção e ao amor, como uma metodologia didática e pedagógica no século XX; pois, antes a criança era considerada uma tabula rasa, um adulto em miniatura. Ressaltar, na Educação Infantil, a importância das práticas pedagógicas que utizam o lúdico e o afeto para a aprendizagem e o desenvolvimento com qualidade é primordial, pois essa dicotomia proporciona uma forma prazerosa de aprender.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil ( DCNEI, BRASIL, Resolução CNE/ CBE nº 5/2009), criança é um ” sujeito histórico e de direitos, que interage, brinca, imagina, fantasia, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura”. Sendo assim, o edicador, através da ludicidade e do afeto, deve diariamente, cultivar a esperança, a alegria e a perseverança em suas aulas, mostrando-se atencioso com os seus alunos, levando em consideração a sua história, sua cultura, suas conquistas e as suas dificuldades – para que, assim, possam construir sua aprendizagem e apropriar-se de novos conhecimentos – e reconhecendo cada um como ser ativo, histórico e social.
CONTEXTO HISTÓRICO DA LUDICIDADE
A palavra ludus é de origem latina, traduzida para o português significa lúdico, sendo sinônimo de brincadeira, diversão e jogo. O ensino lúdico tem passado por longa jornada e quebrado preconceitos e barreiras do tradicionalismo.
• No século XV, a escola se transformou em uma instituição de ensino com o objetivo de instruir e formar crianças e jovens, levando em consideração as descobertas.
• No século XVI, iniciaram-se as tentativas de relacionar jogos e brincadeiras com a criança, isso graças ao surgimento do sentimento da infância.
• Já no século XVII, o pensamento educativo se renova, os currículos são modernozados, as classes são organizadas por idade, e os programas e métodos são socializados.
• No século XVIII, foi consolidado a perspectiva do jogo para a educação da criança.
• No século XIX, com a influencia da organização da política econômica e social vinculada à Abolição da Escravatura, à Proclamação da República e à migração da população para a zona urbana, o Brasil começa a se preocupar com o cuidado e a educação da criança pequena.
• No inicio do século xx, a ludicidade gerou uma confusão, pois os professores achavam que o lúdico era apenas utilizar materiais concretos.
• A partir de 1930, no Brasil, os professores usavam os jogos dirigidos e articulados para transmitir os conceitos escolares, podando a ação lúdica.
• Na década de 1940, foi criada, para atender crianças carentes, a recreação em parques infantis, juntamente com o cuidado e a educação das crianças.
• Na década de 1970, acreditava-se que as crianças pobres tinham carência devido à privação cultural e que elas deveriam ser compensadas pela escola.
• Na década de 1980, as creches e pré-escolas ficaram com
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