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A Ludicidade na educação infantil

Por:   •  26/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.305 Palavras (10 Páginas)  •  215 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

O texto vai abordar como era a infância das crianças, o que elas faziam, onde ficavam, como eram tratadas, sua ida a escola e como anda a educação nos dias atuais, a importância do aprendizado na educação infantil através de forma lúdica mostrando que é um método que permite uma melhor absorção de tudo o que é ensinado e a valorização das artes visuais, onde fica mais fácil quando as crianças participam, vê e manuseiam, dessa forma fica gravado em sua memória e elas desenvolvem seu raciocínio lógico em várias situações, emocionais, coordenação motora e muito mais.


  1. DESENVOLVIMENTO

Na Historia da humanidade, em algumas civilizações, as crianças viviam a margem da sociedade, como em Roma as crianças podiam ser abandonadas ou vendidas, por isso muitas acabavam morrendo. Na idade média a criança a partir dos sete anos de idade era considerada um adulto.  

“A criança era, portanto, diferente do homem, mas apenas no tamanho e na força, enquanto as outras características permaneciam iguais” (Áries 1981 p.14).

Os meninos pobres aprendiam o ofício do pai e as meninas aprendiam os afazeres domésticos, apenas os filhos de famílias ricas aprendiam a ler e escrever, pois não existiam escolas voltadas para as crianças.

Pela primeira vez, no século XVIII surge a preocupação com a educação de crianças pequenas, onde Campanela acreditava que elas poderiam adquirir conhecimentos através do brincar. No mesmo século surgiram as primeiras propostas de educação para as crianças de zero a seis anos de idade.

O maior educador dessa época foi Comênio, uma das suas contribuições para a educação foi o Plano da Escola Materna, foi de grande importância no desenvolvimento para a formação da criança.

Johann Heinrick Pestalozzi defendia a educação fundamentada na bondade e no amor.

Jean Jacques Russeau foi um teórico que acreditava na importância da ludicidade na aprendizagem. Também acreditava na infância como base do desenvolvimento humano por meio da educação.

Alem dos teóricos citados outros se destacaram com a visão voltada para a educação e um olhar especial para as crianças.

A revolução industrial foi à causa de grandes transformações na família, na sociedade e na economia em todo o mundo; Na Europa no século XVIII homens, mulheres e crianças acima de sete anos de idade tinham que trabalhar nas indústrias, muitas vezes abandonando as crianças menores, por esta razão sugiram no final do século XVIII e inicio do século XIX a necessidade de implantar instituições que cuidassem dessas crianças. Essas instituições não tinham a preocupação em educar os pequenos, fornecia apenas os cuidados básicos como saúde, segurança e alimentação.

Ao longo de nossos estudos vimos que no Brasil também não existia uma educação pensada para as crianças de zero a cinco anos de idade até o século XIX.

Devido as necessidades, as creches apareceram na Europa durante a Revolução Industrial e só durante o Império que chegou no Brasil.

Com o passar do tempo, no Rio de Janeiro, criaram o primeiro jardim de infância que só era frequentado por meninos, combinava o cuidar com o pedagógico, no colégio Menezes Vieira, no ano de 1895.

Também no Rio de Janeiro no ano de 1899 foram implantadas a creches da Companhia de Fiação e Tecido e o Instituto de Proteção e Assistência à Infância.

No ano de 1908, surgiu à primeira creche popular para os filhos de operários, e em 1919, criaram o Departamento da Criança do Brasil com a finalidade de atendimento à criança com a responsabilidade do estado, só que não teve muita ação porque vivia de doações.

Foi organizado o primeiro Congresso Brasileiro de Proteção à Infância em 1922. Nesse período os grupos de médicos e associações beneficentes passaram a orientar as mães e as mulheres que cuidavam das crianças sobre métodos de higiene devido ao alto índice de morte infantil, e essa assistência em prol da saúde infantil chamava-se de médico-higienista e vigorou até 1930.

Quando chega em 1932, apresenta no programa educacional como definição de escola maternal (de 2 até 4 anos) e jardim de infância (de 5 e 6 anos) através do manifesto dos pioneiros da Escola Nova.

Essas necessidades deram início devido às mulheres também deixarem seus lares e seus filhos para trabalharem na indústria, isso acontecia tanto no Brasil como na Europa com a urbanização e a industrialização aconteceram mudanças na estrutura familiar e social. E com isso tiveram a necessidade de urgência para atender os filhos das operárias da década de 30 até a 60, os jardins de infância atendiam a classes econômicas mais abastadas enquanto, as escolas maternais e parques infantis atendiam os filhos dos operários.

Com a regulamentação da CLT por Getúlio Vargas, em 1943, as empresas foram obrigadas a organizar creches e berçários para atender os filhos das operárias, esse atendimento se dava no sentido de cuidar dessas crianças, oferecendo-lhes alimentação, segurança física e higiene. Fora das indústrias, existiam outras creches, cuja responsabilidade estava por conta das entidades filantrópicas que, aos poucos, foram realizando convênios com o governo e, além dessa ajuda, recebiam também donativos (DORIGO; NASCIMENTO, 2007).

Só no ano de 1961 a educação pré-primária foi reconhecida com a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) n 4024/61.

A educação infantil também teve grande ajuda da Legislação através da Constituição Federal de 1988 onde teve a inclusão da creche e da pré-escola no sistema educativo, do Estatuto da Criança e do Adolescente onde colocaram critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças, também teve mudanças na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 que inseriu a educação infantil como primeira etapa da Educação Básica, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) que tem a visão da criança como sujeito histórico, um ser social que apresenta capacidades próprias e ocupa seu espaço exercendo diversas linguagens, e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil de 1999/2010 ele é um documento norteador das ações nessa modalidade de ensino que estabelece novos princípios para o atendimento infantil.

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