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AFETIVIDADE

Por:   •  30/4/2016  •  Monografia  •  1.774 Palavras (8 Páginas)  •  414 Visualizações

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Educação a Distância: Atributos para a comunicação afetiva

Raquel Farina Barragan¹

1Universidade Cruzeiro do Sul;

        

Resumo

Este artigo propõe um modelo de comunicação afetiva por parte dos tutores EaD. Para tanto, foram relacionados traços afetivos e a forma como se pode identificá-los dentro de um ambiente virtual. Crê-se que os moldes sugeridos sejam úteis, uma vez que apresentam um conjunto de aplicabilidades focadas no tutor, possibilitando assim um melhor atendimento aos alunos.

Palavras-chave: Ambiente Virtual, Comunicação, Tutores EaD

Abstract

This paper proposes an affective communication model by distance learning tutors. To do so, they were related affective traits and how they can identify them within a virtual environment. It is believed that the suggested lines are useful, as they present a set of applicability focused on the tutor, thus enabling a better service to students.

Keywords:  Virtual Environment, Communication, Tutors Training.

Introdução

Cursos oferecidos na modalidade da Educação a Distância (EaD) se fazem cada vez mais frequentes. Por isso, é necessária a atuação de docentes com atributos técnicos e relacionais, facilitando na orientação dos educandos no processo de ensino e aprendizagem. As ferramentas de interação devem ser utilizadas para que o professor se faça entender, apesar da distância e a aproximação entre professores e alunos deve estabelecer vínculos, visando a qualidade do processo.

As relações interpessoais devem ser priorizadas, já que o Ensino a Distância apresenta uma barreira física para os envolvidos. Torna-se   imprescindível a discussão sobre as propostas que sanem as dificuldades relacionais,  aprimorando assim as competências e habilidades afetivas.

Motivação

Os atuais ambientes virtuais de aprendizagem enfatizam sua metodologia de ensino tendo como foco o aluno. Todavia, os professores também são importantes, visto que podem influenciar nos resultados acadêmicos dos alunos, por meio de seus  conhecimentos técnicos e suas características afetivas. A arquitetura de Assistentes Inteligentes de Ensino proposta por Yacef (2002) reforça a importância do tutor (professor) e a urgência de se inserir um modelo para ele, embasado por aparatos controle e avaliação das informações.

O bom uso de recursos tecnológicos que apoiem as atividades de ensino e aprendizagem viabilizam experiências significativas. As novas tecnologias estão proporcionando aos educadores possibilidades de simular diversas situações que dificilmente seriam utilizadas com os recursos tradicionais. Os resultados obtidos nas diversas pesquisas dessa área comprovam que o uso da Informática na Educação é uma considerável área de investigação acadêmico/científica.

        Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) podem disponibilizar diversos tipos de materiais e atividades didáticas através de suas ferramentas. Existem muitos tipos de AVA, como o Moodle, o Claroline e o TelEduc. Geralmente, tais ambientes virtuais possuem ferramentas para gerenciamento dos participantes, do conteúdo, da comunicação do registro das interações e principalmente a verificação da aprendizagem.

Computação Afetiva

Conforme Hassin, Aziz & Norwawi, 2004, o surgimento da Computação Afetiva ocorreu a partir da necessidade de tornar os computadores aptos a interagirem o mais próximo possível da realidade de seus usuários. Isso inclui a forma de raciocinar e de como captar e transmitir as emoções.  Assim, esse novo ramo da computação está sendo desenvolvido para classificar, quantificar e responder às emoções humanas através de sistemas computacionais que vem sendo estudados pela computação afetiva. Bercht (2008) cita que a computação afetiva pode ser dividida em três áreas:

• Detecção das emoções: os computadores possuem a capacidade de identificar as emoções através de ações na interface e sensores, tais como, a percepção da escrita, gestos, olhos, mãos, postura, toque, etc.

• Simulação das emoções: os computadores possuem a capacidade de representação das emoções.

• Geração de emoções artificialmente: os computadores possuem a capacidade de sentir as emoções de verdade.

         Em consonância, Bercht, 2008; Jaques & Vicari, 2007 afirmam que as emoções tem uma relação direta com as atividades educacionais, pois o estado afetivo de um aprendiz interfere diretamente na motivação e aptidão em se aprender algo.

Atributos Afetivos

A área afetiva está relacionada aos interesses que envolvam as escolhas, as atitudes, os valores e as crenças, alinhados às condições sociais dos indivíduos. O perfil do professor capacitado e qualificado para desempenhar suas funções como docente ou até mesmo de tutor quando focado para as atividades de EaD, deverá ser adaptado, levando em conta o ambiente de trabalho, os conteúdos que devem ser elaborados e trabalhados, as ferramentas tecnológicas disponíveis, além das características dos envolvidos no processo educativo.  

Cunha, Silva e Bercht (2008), ao pesquisarem os atributos afetivos essenciais a um professor ou tutor para atuar em ambientes virtuais em EAD, elencaram seis atributos que se relacionam entre si e que se referem a como a afetividade é percebida no AVA:

  • Sociabilidade;
  • Comunicabilidade;
  • Pontualidade;
  • Comprometimento;
  • Meticulosidade;
  • Iniciativa.

Sociabilidade

A sociabilidade está relacionada à capacidade dos professores em estabelecer vínculos sociais com os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. No  AVA é possível identificar esse estado afetivo pela interação com os participantes por intermédio das ferramentas da comunicação, tais como os bate-papos, as mensagens instantâneas, os fóruns de discussão e o correio. A sociabilidade docente estará relacionada com a interação realizada por ele com os participantes. A troca de mensagens é medida por uma quantidade mínima de comunicações escritas qualificadas, ou seja, sempre que iniciar a utilização de uma ferramenta e a cada vez que elabora uma resposta, tanto para quem participa quanto para os que, por algum motivo, deixam de cumprir os prazos e tarefas acordados. Logo, o professor considerado sociável não é aquele que se comunica intensamente com poucos participantes, mas o que troca mensagens uniformemente com a maioria deles.

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