AS BRINCADEIRAS ANTIGAS

Assunto:

O presente trabalho tem como objetivo promover uma reflexão a respeito das brincadeiras antigas com as brincadeiras atuais do universo infantil. O projeto em questão foi desenvolvido no dia 26 e 27 de Outubro no presente ano na Escola Estadual Jose Miguel do Nascimento situada em Belo Horizonte. Para respaldar o trabalho foi utilizado como procedimentos metodólogicos: revisão bibliográfica e observação do intervalo. Como referencial teórico utilizou-se as pesquisas e trabalhos de ARIES (2006), FRANCO (2010), SESNIK (2008) e SIMÕES (2006)

Justificativa

A importância da aplicação deste projeto deve-se pelo fato de que, ao acompanhar o recreio das crianças junto à pedagoga, observei que as crianças estavam muito tranqüilas para quem estava no intervalo das aulas, eram poucas que estavam correndo pelo pátio e brincando com totó e o escorregador. As maiorias das crianças estavam sentadas em grupos de amigos conversando.

Senti a necessidades de perguntar aquelas crianças que estavam em grupos porque não estavam brincando e correndo no recreio. Muitas riram e alegaram que não queriam suar e se cansar. Notei ainda que praticamente todas as crianças tinham Celulares, MP3 e Rádios. Perguntei ainda se elas tinham Orkut, Msn e etc. E como imaginei praticamente todos tinham, e ficaram assustados e perguntaram porque eu não tinha.

Ao dialogar com pedagoga ponderei que senti falta de correrias, gritarias, brincadeiras, em fim de agitação. Pois, os recreios era um momento que as criança tinham para extravasar sua energia por meio de brincadeiras. A pedagoga relatou que os recreios sempre foram tranquilos, e que teve poucos problemas com os alunos durante o intervalo. Relatou ainda, que muitas crianças agem como se já tivesse a idade de um adolescente. Um dos fatores alegado por ela é que muitos alunos ficam muito tempo sozinhos em casa, pois os pais saem para trabalhar cedo. E como não tem ninguém para determinar tempo, eles acabam ficando horas na frente da Tv e do Computador, quando não ficam na rua conversando com colegas. É que essas atitudes infelizmente acabam refletindo no desenvolvimento das crianças, tornando elas mais maduras.

Diante dessa realidade percebi a necessidade de estimular a prática do brincar nos alunos do 4°ano, bem como trabalhar com o resgate das brincadeiras antigas, apresentando a essa nova geração as brincadeiras do tempo da vovó e do vovô, a fim torná-las presentes nas brincadeiras deste universo infantil atual.

Dessa forma, a intenção dessa intervenção é trabalhar as canções, danças de rodas e brincadeiras antigas, identificando às brincadeiras atuais das crianças, permitindo aos alunos expressarem suas opiniões, visando que a partir do trabalho desenvolvido, que as crianças conheçam melhor a brincadeiras antigas e as explorem no seu brincar.

A relevância social dessa intervenção tem como intenção, sensibilizar e contribuir para que os alunos percebam a importância da prática do brincar. Destaca-se, que para este projeto alcançar os objetivos esperados é necessário a participação mutua dos professores.

1.1. Objetivos da Intervenção

Objetivo Geral: Resgatar as brincadeiras antigas e apresentá-las a essa nova geração, a fim torná-las presentes nas brincadeiras deste universo infantil atual.

Objetivos Específicos:

• Conhecer e identificar as brincadeiras atuais das crianças.

• Resgatar canções, danças de rodas e brincadeiras antigas.

• Sensibilizar os educadores que o lúdico promove uma aprendizagem mais atrativa e auxilia as crianças a pensar e construir novos conhecimentos.

Referencial Teórico

Na época do vovô e da vovó as crianças não tinham muito contato com brinquedos, por isso, que tinham que explorar suas criatividades para criá-los. Só foi no século XX que se descobriu o valor dos brinquedos e das crianças. Na idade média, as crianças eram vista como miniatura de adultos, a única diferença das classes sócias, era que as crianças da classe alta eram educadas para o futuro e das classes baixa o seu valor tinha inicio quando elas já podiam ser uteis no trabalho braçal. ARIES (2006).

Havia existência de brinquedos naquela época, porem, os brinquedos eram visto como recreação, momentos de distração. Só foi com os passar dos séculos que o brincar foi reconhecido, e se tornou um aspecto fundamental para o desenvolvimento da criança. Pois, o brincar potencializa a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima da criança. SESNIK (2008).

Após a descoberta do valor dos brinquedos e seus benefícios para o processo de ensino-aprendizagem os educadores enfrentam outro obstáculo, a tecnologia. Em plena era da informatização, as crianças passam cada dia mais tempo na frente de Computadores, Videogames e TVs, do que brincando, o que acarreta a perda do hábito saudável de brincar.

Partindo do pressuposto de Franco (2010)

As crianças de hoje se divertem com computadores e vídeo games, fazendo com que as brincadeiras de antigamente não chamem mais a atenção. A informação hoje em dia é em tempo real, o aprendizado das crianças é mais rápido, não existem barreiras de tempo ou de distância para que qualquer um saiba o que está acontecendo. Mas com todo esse aparato tecnológico, muitas coisas do passado ficam esquecidas, as brincadeiras ingênuas, e sem qualquer tipo de tecnologia, criada apenas para divertir os pequenos, seja com giz, madeira, ou objetos improvisados. (FRANCO, 2010, s/p)

Entende-se que com os avanços da tecnologia as crianças estão sendo atraídas por brinquedos informatizados que não exigem criatividade, pois já encontram tudo pronto. As tecnologias estão restringindo as brincadeiras das crianças, fazendo com que as crianças fiquem horas na frente de TVs, videogame e computadores. Ficando ocupadas em passar obstáculos e a vencer corridas. Tudo isso sem ter que sair do lugar.

Diante dessa realidade e sabendo que as brincadeiras lúdicas auxiliam no processo ensino-aprendizagem, os educadores devem se sensibilizar e incluir o brincar em suas praticas pedagógicas, já que o brincar faz com que as crianças fiquem mais flexíveis para aprendizagem. O brincar pode ser utilizado para potencializar o processo de aprendizagem, possibilitando novos métodos de ensino e conduzindo a criança a pensar