Afetividade
Por: Alexandra Monfredinho • 15/11/2016 • Trabalho acadêmico • 9.250 Palavras (37 Páginas) • 304 Visualizações
CAPÍTULO I MARCO INTRODUTÓRIO
1.1 INTRODUÇÃO
A Afetividade vem sendo alvo de inúmeras pesquisas e estudos, devido ao crescente reconhecimento de sua importância, a afetividade implica diretamente no desenvolvimento emocional, na socialização, relação social e, sobretudo no processo de ensino aprendizagem. Sendo muito discutida por pais e educadores, que percebem a suma importância da afetividade no processo de ensino e aprendizagem. Na busca dos autores que evidenciaram a importância dessa relação nos deparamos com os mais conceituados autores; Piaget, que tem como objetivos de seus estudos esclarecer as relações entre afetividade e inteligência, Wallon um autor de suma importância na discussão sobre a afetividade em relação ao ensino aprendizagem e Vigotsky que apesar de não ter aprofundados seus estudos sobre o termo afetividade reconhece a importância das conexões entre as dimensões cognitivas e afetivas do funcionamento psicológico humano, propondo uma abordagem unificadora das referidas dimensões. Entretanto muitos outros autores também perpetuam seus estudos acerca do tema afetividade.
Neste estudo a afetividade é abordada na perspectiva pedagógica voltada a demonstrar; Qual o papel da afetividade na relação professor aluno no processo de ensino- aprendizagem? A pesquisa de caráter qualitativo se dá em duas salas de aulas do maternal da educação infantil, de uma E.M.E.I da cidade de Rolim de Moura-RO e tendo como objetivo explicitar a importância do relacionamento afetivo entre professor e aluno, apontando o quanto é importante manter uma boa relação entre professor e aluno dentro das escolas, a pesquisa também analisa a afetividade e suas influências no processo de ensino e aprendizagem expondo como esta relação pode melhorar processo de ensino-aprendizagem e por fim evidencia que a relação professor e aluno que não aborde a emoção sócio-afetiva trazem prejuízo para a ação pedagógica.
A pesquisa consistir em observar o comportamento e atitudes referentes às dimensões afetivas dos professores e alunos durante o período que permanecem na instituição de ensino. Sendo realizado entrevistas com as professoras contendo perguntas voltadas a coletar os seus conhecimentos acerca dos benefícios dos processos afetivos em relação à aprendizagem.
O trabalho foi desenvolvido com a utilização de dois instrumentos de pesquisa, o primeiro se deu ao ato de observar, tendo a autora como agente participativa, nesta posição a observadora pode ter uma gama de informações, observando intimamente as dimensões afetivas dos professores e alunos. O segundo instrumento utilizado foi uma entrevista semiestrutura, havendo a necessidade de realizar perguntas fora do contexto pré-determinado, pudesse ser efetuada.
As analises das informações fundamenta-se nos autores citados e outros autores contemporâneos. Na discussão das análises dos dados temos como temas indicativos: Contribuições da relação afetiva entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem e As manifestações das relações afetivas entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem:
Na análise dos dados sobre as manifestações das relações afetivas entre professor e aluno pode-se observar a necessidade de estar agrupando os dados de acordo com as formas de manifestações, desta forma foram criados dois grupos: as manifestações verbais, ou seja, que continham dados sobre as falas da professora e das crianças como elogios, instruções, incentivo, apoio, cooperação e correção; e de manifestações não-verbais, como as expressão facial, aproximação, contato físico, atenção e receptividade.
Espera-se que esta pesquisa possa apresentar dados que ampliem a curiosidade e necessidade de estar estudando os benefícios que as dimensões afetivas trazem ao processo de ensino-aprendizagem, bem como estar mudando o comportamento dos professores a acerca das práticas pedagógicas.
1.2 PROBLEMA
Vários são os conceitos atribuídos a afetividade, definida diferentemente nas perspectivas fisiológicas, psicológicas e pedagógicas, entretanto neste estudo a afetividade é abordada na perspectiva pedagógica voltada a demonstrar;
- Qual o papel da afetividade na relação professor aluno no processo de ensino- aprendizagem?
1.3 Delimitação
A pesquisa será realizada nas turmas da Educação Infantil “maternal II, da E.M.E.I Benta Idavina Ferreira Pepinelli Peres localizada na Avenida Goiania 54 55- Centro, Rolim de Moura-RO
1.4 Justificativa
Outrora podemos citar como “recurso pedagógico” a palmatória, artefato utilizado pelos professores para oprimir e mostrar a autoridade sobre seus alunos, corroborando com a “pedagogia da dor”. No Brasil a palmatória já era utilizada para castigar os escravos do período colonial. No século XVI eram utilizadas pelos padres jesuítas como complemento pedagógico para o aprendizado nas escolas. Tanto para os professores e estudantes a palmatória representava autoridade e submissão, acreditando que o sacrifício e a dor eram elementos positivos para o aprendizado. Com o surgimento de novas tendências pedagógicas, novos valores sociais e novos métodos educacionais o uso da mesma fora extinta.
Com o surgimento das novas tendências pedagógicas houve uma subversão, dentro das salas de aulas os alunos passam a serem o centro do processo pedagógico e os professores deixam de serem vistos como autoridades supremas dentro de sala. Quando estes passam a serem vistos seres sociais movidos a razões e emoções e dependentes de afeto.
O afeto dentro da sala de aula é uma questão que vem desencadeando muitas discussões por parte de pais e educadores, quando estes percebem a importância da relação afetiva dentro das salas de aula. Visto que a afetividade implica diretamente no: desenvolvimento emocional e afetivo, na socialização, relação social, sobretudo na aprendizagem.
Ao negligenciar a afetividade em sala, o professor estará cortando laços emocionais que possibilitem o melhor aprendizado dos seus alunos. Como não existe e nunca existira um padrão de aluno os professores devem estar aptos para lidar com educando procedente de diferentes classes sociais. Assim sendo é cada vez maior o número de problemas emocional concentrado dentro de sala. Pois as transformações sociais trouxeram para a sociedade novos formatos familiares; são filhos de casais separados, pais e mães solteiros, filhos de relações extraconjugais, casais de homossexuais, entre outros casos inusitados.
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