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Resenha de filosofia da educação, ética e competência

Por:   •  29/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.698 Palavras (7 Páginas)  •  380 Visualizações

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RIOS, Terezinha Azerêdo. Ética e competência. 1 ed. São Paulo: Cortez, 2013.

                                                                                    Ana Caroline Gomes Adelino

           Terezinha Azerêdo Rios, mineira de Belo Horizonte, formou-se em filosofia na UFMG. Vive em São Paulo desde 1968. É mestre em filosofia da educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e doutora em educação pela Universidade de São Paulo. Este livro é resultado de sua dissertação de mestrado. Sua tese de doutorado foi também publicada pela Cortez editora com o título, Compreender e ensinar: para uma docência da melhor qualidade. É membro do grupo de estudos e pesquisas sobre formação de educadores e da Sociedade de Filosofia da Educação dos Países de Língua Portuguesa (Sofelp). Tem trabalhado como assessora e consultora em projetos de formação continuada de profissionais da educação e de diversas outras áreas.

         Esta obra é fruto da tese de mestrado de Terezinha Azerêdo e se divide em cinco capítulos, o primeiro intitulado de A filosofia e a compreensão da realidade: ética –política - filosofia da educação, o segundo como Educação e sociedade: perspectiva política da prática educativa, o terceiro como As dimensões da competência do educador, o quarto capítulo como Ética e competência no contexto das organizações e o quinto como Competência e utopia: prática profissional e projeto.

          No primeiro capitulo a autora nos deixa claro que fará suas reflexões sobre a educação porem se baseando na filosofia, e nos convida a um passeio pela Grécia Antiga onde fará uma passagem rápida por esse período explicando conceitos básicos da época em que ocorreu a “passagem do mito à razão”. Naquela época os filósofos (e Terezinha designa os filósofos como “amantes da sabedoria”) buscavam o saber inteiro das coisas para que pudesse haver um saber total sobre tudo, não apenas um aspecto da sabedoria, mas sua totalidade, portanto a filosofia é caracterizada pela reflexão da realidade, do homem, da natureza x o homem e muito mais e isso nos demonstra a relação da filosofia com todos os campos do saber e como ela pode ser usada em praticamente todas as reflexões que forem feitas ao longo da vida e ao decorrer do livro Terezinha mostra que não será feita apenas uma reflexão sobre a filosofia de, mas sim sobre a filosofia da educação em si e sobre os problemas que se encontram em tal e a partir da prática pedagógica nos revelar o que se está fazendo na educação.

          No segundo capítulo faz-se a divisão do capítulo em cultura, sociedade, trabalho onde ela procura falar sobre a educação enquanto fenômeno social e histórico passando pela cultura ao afirmar que ocorre transmissão da cultura através da educação, cultura pode ser designado como um conceito chave para se estabelecer relações entre educação e sociedade, pois um de certa forma complementa o outro e vice e versa. Cada homem teu seu papel na construção de uma sociedade através do seu trabalho e na construção da cultura, por esse motivo a autora nos afirma que não pode haver homens cultos e não cultos para ela também não há a separação entre trabalho e sociedade na medida em que ele trabalha e cria a cultura.

           Em sociedade, educação, escola a autora retoma novamente a ideia da escola como espaço de transmissão de cultura e sobre o conceito de ideologia, em particular a ideologia liberal sendo muito transmitida nas escolas, ela afirma que a escola não apenas transmite a cultura, mas também a modifica em seu interior, a escola não é de todo autônoma, nem de todo subordinada, mas sim um constituinte da sociedade em seu sentido mais amplo.

           Em educação e política Terezinha faz relação da política, e esta não está submetida somente aqueles que governam, mas a esfera da educação, a esfera política serve também para guiar a ação do educador e ele deve conhecê-la bem para que exerça o seu papel na sociedade, o questionamento trazido de que a escola não tem sido eficaz como deveria isso mostra que a política na educação não está sendo utilizada.

           No terceiro capítulo ela define que competência é o ato de “fazer bem” e leva em consideração os papeis sociais na construção dos sujeitos, para explicar as competências do educador e para que tal explicação ocorra deve-se explicar o que é a competência de acordo com Terezinha e que além de se fazer bem se tem uma dimensão técnica e também entra a ética como forma de mediação, sem ética não há valoração somente a criação de profissionais medíocres e “bonzinhos”, sem vontade de inovar e sobressair aquilo que lhes foi imposto.

          No tópico a presença da ética como dimensão da competência se retoma a ideia da “não consciência política” no agir profissional e sobre o falso moralismo que se sobressai no agir de muitos profissionais, ética, política e técnica não devem ser separadas porem aliadas na construção dos seres para que também haja uma relação entre a teoria e a pratica, competência, uma articulação entre os saberes, não só aprender para sim mesmo, mas para beneficio de outrem.

           Prosseguindo, no quarto capitulo há uma busca em refletir sobre competências profissionais além do campo da educação, passando pelo campo empresarial e vemos que nesse campo especifico não se julga a filosofia como algo alheio a este mundo, a realidade a qual estão inseridos e o que é repassado pela filosofia não podem ser levados para as relações cotidianas, porém deve haver a busca da filosofia também no ambiente profissional, para nortear e auxiliar as relações a fim de que sejam organizadas

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