Fichamento: "Em defesa do meu direito de ser triste"
Por: Vanessa Riga • 9/1/2019 • Resenha • 763 Palavras (4 Páginas) • 911 Visualizações
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VANESSA RIGA
FICHAMENTO DO TEXTO:
DI LORETO D. O. “EM DEFESA DO MEU DIREITO DE SER TRISTE”
LONDRINA
2018[pic 3][pic 4]
“Num plano ainda mais geral quero, orgulhosamente dizer que não creio que o biológico ou bioquímico possa “criar” o mental, e condição alguma: nenhuma ação “biológica, quer pelo bioquímico, bioelétrico, bioeletrônico, biótico, biolaser, ou qualquer tipo de “bio”, jamais poderá cria qualquer contudo “psicológico, como tristeza, alegria, tranquilidade ou ansiedade.” (pg.37).
Osvaldo Di Loreto, em sua obra: “Em defesa do meu direito de ser triste”, discorre sobre seu ponto de vista, o qual compreende a tristeza como uma importante aliada ao ser humano. Inicia seu texto apontando a dificuldade da consolidação de uma psicologia única e evidencia a importância do papel do psicólogo. A princípio o autor expõe não acreditar que a tristeza é originada por uma disfunção bioquímica, e a partir disto indaga-se então, qual seria o papel do psicólogo hoje em dia, pois as disfunções emocionais são tratadas com fármacos ou melhor, escondida por eles.
A ciência psiquiátrica evidência a existência de duas diferentes tristezas: a tristeza reativa consiste naquela ligada a vida, e a tristeza endógena seria ligada ao biológico, esta considerada pelo autor como absurda. A partir desta linha de pensamento Di Loreto afirma que a questão não se atém ao biológico ou ao psicológico, mas sim ao epistemológico, ou seja, a maneira como cada um irá produzir seu conhecimento. A contraposição do autor com a ideia da tristeza originada pelo biológico é apoiada no fato de que os neurônios não seriam capazes de produzir este sentimento, mas apenas de traduzir as reações bioquímicas e biofísicas da tristeza no organismo. Entretanto ao admitir que a tristeza advém do psicológico, da mente, não exclui a importância da biologia e bioquímica do corpo.
“A tristeza é seu sofrimento, mas também é seu benefício. É ela que lhe avisa que há algo na sua vida real e mental que está desarrumado, não entendido, ou pelo qual você “passou batido”. Tirando apenas a tristeza, o que vai lhe avisar que sua vida está desarrumada? Vá rever sua vida. Se não conseguir sozinho, peça ajuda a algum “esperto” em ajudar a revê-la.” (pg.42). O autor evidencia a importância da tristeza, assim como os outros sentimentos os quais “não nos permitem sermos absurdos”, além de serem imprescindíveis para não sermos inconsequentes. Defende que apesar da dor propiciada pela tristeza, trata-se de uma capacidade humana necessária e permite-nos adaptarmos as situações, afim de que não sintamos mais essa dor. Desta forma, acredito na tristeza como um mecanismo de autopreservação de nosso organismo.
Outra discussão abordada no artigo é o uso dos fármacos como solução para as dores causadas pelas emoções humanas. Para muitos psiquiatras as “pílulas da alegria” tornaram-se uma saída fácil para o tratamento dos pacientes, mas estes, no fundo, sabem que suas necessidades não estão realmente sendo supridas. Os fármacos não inibem a produção bioquímica da tristeza, se é que a tristeza realmente advém do biológico e não do psicológico. Os medicamentos são capazes apenas de interferir na transmissão de informações neurológicas, desta forma a tristeza não é cessada, apenas será “menos” triste. Portanto é absurdo concluir que corrigida a química será corrigida a vida.
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