O Ato Psicanalítico
Por: Taíssa Santos • 10/10/2019 • Relatório de pesquisa • 694 Palavras (3 Páginas) • 101 Visualizações
Rascunho:
O presente trabalho tem como objetivo abordar uma temática pouco comentada no meio acadêmico que é o suicídio na adolescência, tendo como referência a psicanálise. Para tal objetivo será necessário detalhar o conceito de adolescência para posteriormente entrar na discussão sobre o ato suicida.
A vida psíquica de um ser humano vai ser marcada por significantes que o “Outro”
É o recalcamento que dá início, no sujeito, já na tenra idade, à formação e desdobramento do aparelho psíquico.
Das ding é igual a primeira experiência de satisfação??
“”
A pulsão, de início era auto-erótica, ou seja, todas as suas energias eram voltadas para o EU, quando se inicia a puberdade, o sujeito irá a procura de um objeto sexual que só irá ocorrer quando sua pulsão sexual passa de auto-erótica para narcísica.
As perturbações a que está exposto o narcisismo original da criança (...). A sua parte mais significativa podemos destacar como “complexo de castração” (angústia relativa ao pênis, no garoto; inveja do pênis, na garota) e tratar em conexão com o efeito da intimidação sexual exercida sobre a criança. (FREUD,1914, pag. 37 e 38).
O complexo de castração segundo Freud (1905) começa com o grande Outro introduzindo o ser no campo de linguagem através do amor e de carinhos e principalmente através da fala. Para que esse ser seja um sujeito neurótico será necessário que um terceiro possa interromper a relação entre mãe e bebê, ou seja, o bebê quando nasce acha que sua mãe é toda e que não possui nenhuma falta, nem furo. Acredita que o grande Outro está ali apenas para satisfazê-lo e não se dá conta que todo sujeito possui uma falta. Portanto com a ajuda de um terceiro, o bebê irá reparar que sua mãe possui uma falta e que ela não é toda, fazendo com que o bebê enxergue que ele também possui uma falta. Se a mãe deseja algo para além dele, ele também irá desejar algo para além da mãe.
O complexo de castração na adolescência será revisitado para afirmação da escolha objetal. A adolescência é uma fase marcada por mudanças, uma fase de desenvolvimento humano passando da vida infantil para uma vida adulta. Embora que na psicanálise não se utilize o termo adolescência, Alberti (1999) evidencia que para a psicanálise, no entanto, não interessa apenas as mudanças físicas, mas como estas mudanças tornam relativo à questão do feminino e do masculino no nível psíquico.
Segundo Alberti (2004), na adolescência o que está em jogo é a separação dos pais ilusórios e idealizados, processo doloroso e crucial segundo Freud. Mas, este não é um processo que se dê sem idas e voltas. Pois, haverá momentos em que o sujeito precisará retornar à relação que mantinha com os pais em suas tentativas de suportar a separação. É preciso que os pais suportem este movimento dos filhos, e não abram mão da responsabilidade de acompanhá-los em sua trajetória. O efeito da desistência dos pais é desesperador: o adolescente se vê deixado cair, buscando saídas trágicas, como a tentativa de suicídio. No entanto, Alberti (2004), afirma que esta operação só se efetua quando há resultado na incorporação dos pais, a qual é processada durante o período de latência.
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